segunda-feira, 30 de abril de 2007

Coincidences

Coincidences are what we make of them. Admiting their existence, as well as their importance, depends on how much we wanted them, or not, to take place. Ergo, coincidences are created, at least partially, by ourselves. That's why the co is there.

domingo, 29 de abril de 2007

Bom qualquer coisa

Vai-se a ver e é meio-dia. E o metaleiro ainda não chegou, cabrão. Verdade seja dita, abrir-lhe a porta é um desafio do caraças, ainda que seja apenas uma noite por semana. Cada um aguenta o que consegue.

Foram 24 horas muy buenas, com direito a de tudo um pouco, e algo mais. Que, infelizmente, hoje significam poucas horas de sono, já que daqui a algumas horas sobem ao relvado da Luz 11 homens, comandados por Simão e pelo Maestro, dispostos a lançar as bases de algo que se adivinha um quase-milagre. Eu aguardá-lo-ei, na esperança que Fernando Santos, por uma vez que seja, ultrapasse os habituais enguiços pelos quais as suas equipas passam nas alturas decisivas, recorrendo para tal a algo superior a arte e ao engenho, algo que dá pelo nome de amor a camisola, e que faltou nos seus outros flops.

A equipa é boa, consegue jogar bem, por isso não há porque não acreditar que uma vitória hoje significa o relançamento da candidatura ao título. E que assim seja.

Até já. Bom qualquer coisa.

sábado, 28 de abril de 2007

Bobby McFerrin, Ave Maria


Arrepiante. A prova que música é muito mais do que a voz que sai de uma garganta ou de um instrumento, e que um público também faz um concerto.

Shower musics II

Adenda: Tem que ter feito parte da playlist de um casamento nos últimos 5 anos.

O que me cria a dúvida, será o More than words, dos Extreme, uma shower music? Decisão difícil...

Vamo lá ver

"Alto e pára o baile", costumava dizer o meu pai. Mais precisamente, "alto e páró baile".

Agora digo-o eu. Meus caros, caras, queridos e queridas, este blog é meu, não é feito para voces, é feito para mim. Considerem-no um exercício dictatorial do meu ego(ísmo), se quiserem. Basicamente, eu ponho aqui o que me apetece, e quem já le isto há mais tempo sabe o que a casa gasta.

Mais ainda, desde há 3 meses atrás, quase nada mudou. Talvez a hora dos posts. Talvez Barcelona me tenha feito abrir alguns horizontes. No entanto, a cabeça funciona, carbura, exactamente da mesma maneira, e isso posso garantir-vos eu, porque a conheço melhor que ninguém, melhor do que se calhar alguém alguma vez a conhecerá, porque ninguém vive mais tempo comigo do que eu.

Dito isto, evitem, cada vez que não percebem alguma coisa, partir para a piada fácil e comentário repetitivo. Não sou um gajo genial, mas consigo escrever uma coisa que faça sentido apenas para mim e quanto muito para uma ou duas pessoas mais, não por se tratarem de seres com um Q.I. fora do comum, mas porque houve um gajo qualquer que um dia resolveu inventar o conceito de private joke. Outras coisas há que escrevo e só fazem sentido para mim, mas isso é outra história, considerem-nos desabafos.

Peço-vos, como tal, encarecidamente, que se abstenham de dizer merda. Quer dizer, podem dizer merda, mas digam merda interessante sff. Vale?

n.d.r.: os acentos graves e circunflexos, bem como alguns agudos, meteram baixa acho eu, se não fizer sentido a frase metam-lhe um dos 3

sexta-feira, 27 de abril de 2007

Sombra del Viento I

"Salga de su cabeza y tome la fresca. La espera es el óxido del alma".

Uma de muitas partes do livro, geniais, que porei aqui.

quinta-feira, 26 de abril de 2007

Piropo Panini


Fofa, tu se quisesses eras o brilhante na minha caderneta de gajas

Veio-me à cabeça o piropo, do nada. A sua eficácia parece-me letal. Romântico q.b., com uma pitada de badalhoquice, indispensável em qualquer piropo, presente no "fofa" e "caderneta de gajas", a que se junta um irresistível toque infantil e querido, graças à associação com a Panini, hobbie de quase todos nós, rapazes e raparigas.

De nada, de nada.

quarta-feira, 25 de abril de 2007

Shower musics





Não tinha o hábito de ouvir música mientras me duchava em Lisboa, tendo-o adquirido só em Barcelona, porque temos um rádio na casa de banho. Foi amor à primeira vista.

Foi, no entanto, apenas depois de uma série de banhos que me comecei a dar conta que nascia em mim um novo género musical, as shower musics. Chego a perder, porque a antena não é grande espingarda, uns dois minutos a sintonizar o rádio na estação (estação, ou posto?) que tem as ditas, e que é de uma qualidade e precisão quase infalíveis.

E o que são shower musics, perguntam vocês? Conceito bastante passível de discussão doutrinal, aviso já. Avanço, por isso, com uma série de características da música que almeja um dia -porque nem todas conseguem alcançar esse patamar, mais que género, musical- chegar a shower music, de forma a que fique mais claro:

- Ter no mínimo 10 anos, com raríssimas excepções. É preciso sentir que se está a ouvir algo de antigo;
- Ter, pelo menos, um refrão que esteja no nosso ouvido e que se possa, se não cantar, fingir que se sabe na perfeição. E de preferência, um refrão que seja antecedido por aqueles quase-silêncios de um segundo que se instalam antes dos refrões de algumas músicas, e nos deixam llenos de ganas de os cantar;
- Não precisar de ser uma boa música. Quando digo boa música, digo no sentido técnico, seja a nível vocal, seja instrumental. Isso é completamente irrelevante. Se o for, melhor ainda, claro.

Ou seja, a shower music não é necessariamente uma música má, nem boa, e a conotação está longe de ser negativa. Pode não se gostar, seja porque não se toma banho, ou porque não se gosta de cantar, pero que las hay, las hay.

Sant Jordi II

Auto-regalei-me isto anteontem:





Prometi a mim mesmo que não saía de Barcelona sem me iniciar em Garcia Marquéz. Quanto ao terceiro livro, estou especialmente curioso. A ver.

terça-feira, 24 de abril de 2007

Sant Jordi I


(una rosa en el sant jordi)


Ontem, dia 23 de Abril, comemorou-se na Catalunha o Dia de Sant Jordi, também conhecido pelo dia da rosa e do livro. Eles oferecem uma rosa a Elas, que respondem regalando-lhes um livro. É basicamente o dia dos namorados para esta malta. As ruas enchem-se de gente, seja casais apaixonados, seja vendedores de rosas e de livros, seja de turistas impressionados com a romaria.

A explicação do dia não é lá muito clara, mas também ninguém se preocupa muito com isso. Cutting things short, existe este costume porque desde o século XV que supostamente tinha lugar na Catalunha, durante este dia, a Feira da Rosa ou dos Apaixonados, em que os homens ofereciam uma rosa às mulheres. Quanto aos livros, surgiu há alguns anos atrás, não sei se ditado pela astúcia da associação de livreiros da Catalunha, já que morreram neste dia Cervantes e Shakespeare, se por um movimento feminista que deve ter achado "injusto" os homens oferecerem a rosa e elas não terem nenhum direito, adquirido por tradição, em responder-lhes. De qualquer das maneiras, a UNESCO deve ter achado graça porque em 95 declarou o dia 23 de Abril como o Dia Internacional do Livro.

Consequência disto tudo? Barcelona transforma-se numa feira gigante, a cidade cheira a cultura e a romance, e há qualquer coisa no ar que leva as pessoas a entregarem-se a dois dos melhores prazeres da vida. Eu fiz o mesmo, e depois de 4 horas de sono, e de um dia de aulas, onde levei uma rosa para a minha clase de españo, composta por 90% de mulheres, de forma a desculpar-me perante a professora da minha ausência na semana anterior, mas não só, gesto esse que resultou na perfeição, e que me garantiu mais um balão de oxigénio, atirei-me para a Rambla da Catalunha, e fui a voar, devagarinho, até à Rambla, aterrando no fim da Rambla do Raval, sem rumo durante 1h30 por mares de gente, rosas e livros, mas com a perfeita noção que estava a ser levado por caminhos certos.

Ah, ia-me esquecendo, estava um dia perfeito de Primavera. Como se tudo o resto não fosse suficiente.

segunda-feira, 23 de abril de 2007

Acçao inata


Couto marca no triunfo (4-3) em Palermo

Dizque, depois do tento e do costumeiro mortal, foi directo, inocentemente, à cal da linha de fundo. Para estar mais perto dos tiffosi, claro.

As saudades que tenho daquela voz imponente nas conferencias de imprensa da selecçao. Gosto de pensar que o Ricardo está lá por isso, qual Fernando Couto enluvado do Montijo.

This is good marketing


Andava há 3 anos a falar disto, desde um Sao Martinho longínquo, no fim dum habitual jantar fora no Largo(?), fruto duma memorável estadia no Amável. Curioso ser confrontado com isto por intermédio do Barbas, também conhecido por meu pai.

Com um self-marketing destes, confesso que fico tentado a ligar-te, quanto mais nao (o til nao funciona lo siento) seja para te dar os parabéns, Sheila. Mereces um muita bem.

sábado, 21 de abril de 2007

Reality check

1, 2, 3, reality.
Check.

Re-a-li-ty.
Hey, don't make fun of it.
Sorry.

Reality.
Check.


Noite diferente. Talvez mais do mesmo, se observada desinteressadamente, mas desta vez de um mesmo diferente. Noite feita de descobertas, de revelações que talvez não devessem ter saído do sítio onde estavam escondidas, mas que ao mesmo tempo iam pedindo para sair. Talvez sim, talvez não. Noite feita de conversas francas, frontais, daquelas que só se têm com amigos que, quando nos olham, vêem mais do que os outros, em que certas palavras levam com elas uma agressividade, brutalmente honesta, que só um certo grau de amizade permite.

Um wake-up call que se deixou dormir, num acto de lucidez surpreendente.

Noite diferente. Mas gira. Sem talvezes. Já os dias, têm sido passados em meditação. Profunda. Trascendental, vá, pela graçola.

quinta-feira, 19 de abril de 2007

mojo-Jojo

19:45, em minha casa, eu e Lacerda no quarto.

"Epah por acaso o teu Ipocket é que me dava jeito, perdi o cabo do meu Ipod e não o posso carregar, deixas-me levar sff?"

"Claro, na boa."

"Gracias"

Sensivelmente 45 min mais tarde, já no ginásio.

Estou tranquilamente a ouvir música, a meio de uma série, quando entra o mais recente hit de Jojo, Too Little Too Late. Na MTV Espanhola, pensariam vocês? Antes fosse. No leitor de mp3 de Pedro Lacerda.

O choque tomou conta de mim, percorreu-me a espinha e bloqueou qualquer capacidade de raciocínio e de movimento, levando a que os pesos da máquina descessem a uma velocidade alucinante, chocando com os que estavam a descansar e não tinham nada a ver com o gosto musical no mínimo dúbio do meu amigo, chamando a atenção duns quantos health freaks que se pavoneavam por lá.

Vá lá que a seguir veio José Cid com Favas com Chouriço para me tranquilizar. Acho que soltei um "ufa". Ou talvez fosse um "livra".

Tinha de contar isto. Before it was too little, too late.

quarta-feira, 18 de abril de 2007

A Qviquie

18:30, em casa, estou eu e o francês, Joseph

"Rosé, tienes papeles?"

"Si tío."

"No, para escribir."

Silêncio. Cara de espanto.

"Ah, vale, creo que si Joseph, tiengo".

(Com direito a título para fans de Rounders)

What is beauty?


A luz de Barcelona num dia feio, fotografia minha

What is beauty? Is it a measurable fact (Gottfried Leibniz), or merely an opinion (David Hume), or is it a little of each, colored by the immediate state of mind of the observer (Immanuel Kant)?

Gene Weingarten


O que vos vou mostrar agora, que não sei se já foi falado nas notícias em Portugal, é algo de, no mínimo, assombroso. Não tenho presente como é o metro em Lisboa hoje em dia, mas suponho que não haja muitos músicos, como há em Barcelona, a fazer da vida na rua parte do seu ganha-pão, tocando para um palco cujas dimensões se encontram delimitadas pela fronteira criada pelo som que o seu instrumento produz, visitado por multidões passageiras que raramente se interessam pelo que estão a ouvir.

Pois bem, e se em vez de um John Doe com uma guitarra, artista preso das opções apaixonadas tomadas na juventude, seduzido pelo ócio, traído pela vida, estivesse um músico consagrado, um dos melhores violinistas do mundo, com um violino avaliado em 3,5 milhões de euros, um Stradivarius, a tocar obras épicas de compositores como Bach ou Schubert? De certeza que as pessoas, mesmo as que não conhecessem música clássica, abdicariam de 5 minutos que fosse do seu tempo, formando-se uma multidão, rendida às qualidades do artista de rua. Ou não?

O Washington Post resolveu fazer a experiência, pondo Joshua Bell, um dos melhores violinistas da actualidade, com o seu Stradivarius de 3,5 milhões USD, numa paragem de metro de Washington, durante a hora de ponta matinal. O resultado? Das 1097 que passaram nesses 40 minutos, apenas 7 pararam para assistir -por alguns minutos- ao concerto, 27 deram dinheiro, e somente uma pessoa reconheceu o artista como sendo Joshua Bell, pese embora o músico se encontrar com um boné, jeans e t-shirt. E quanto é que facturou? 32 dolares e uns trocos (20 deles foram deixados pela única pessoa que percebeu a sorte que teve em presenciar aquele momento).

A notícia, com vídeos, está aqui. É algo longa, mas percam 15 minutos a lê-la e a ver os vídeos.

Será a beleza, a arte, relativa? Precisará de estar enquadrada num contexto próprio para que se dê conta dela, ou será que estamos tão enfiados na nossa rotina, no nosso quotidiano cinzento, que vamos deixando de lhe dar importância, vamos perdendo a capacidade de a ver? Ou, por outro lado, talvez vivamos num mundo em que as aparências nos viciam as opiniões, os gostos, e a mera improbabilidade de encontrar um músico genial no metro leva-nos a ignorá-lo, ou, pelo menos, a desconsiderá-lo a priori?Teria de estar com um fato impecável, num Teatro ainda mais impecável, em que as pessoas soubessem ao que iam, para que se pudesse constatar que realmente era fora-de-série?

Já agora, diz o artigo que "He's single and straight". Com esta cara de florzinha, a tocar violino, é roto de certeza. A única coisa relativa, neste caso, é se gosta muito ou pouco de levar no pacote.

terça-feira, 17 de abril de 2007

Barcelonices

"Então Verão, tás porreiro?"
"Epah, por acaso não Rosé, tou cheio de calor."

Chegou o Verão a Barcelona. Que me fez desde já descobrir que há uma ou outra Erasmus que gosta de manter uma horta recém-plantada na sua axila (palavra genial, muito mais gira que sovaco, e que apetece repetir até que deixe de fazer sentido: áquessila, áquessila, áquessila). Mas não é uma horta qualquer. Não se trata daquela farfalhuda, já crescida, mas da que raspa ao toque, arranha. Acompanhada, em alguns casos, por um buço de fazer inveja a muito adolescente acabado de conhecer a puberdade.

Hoje acordei às 10 da manhã, fui às aulas todas até às 5, depois ao ginásio, e não fui sair. Amanhã levanto-me de ressaca, seguro.

VisualDNA



Estava a achar giro, até que vi as conclusões resultantes dumas quantas escolhas que fiz. Basicamente o conceito passa por associar um conceito a uma imagem, imagem essa que corresponde à nossa ideia de algo, seja o amor, amizade, férias, you name it, e no fim é traçado o perfil da pessoa em questão. Espectacular.

Claro que o nosso VisualDNA fica um bocado condicionadas pelo nosso estado de espírito na altura - teremos apenas um, ou vários?- e há sempre a tentação de escolher, não tanto aquilo que gostamos, mas o que gostaríamos de gostar (todos mudariam qualquer coisa em si mesmos se lhes fosse dada a hipótese de se editarem). De qualquer maneira, experimentem, e digam qualquer coisa.

sábado, 14 de abril de 2007

Work of a genius


Ricky Gervais, o melhor comediante dos últimos anos. Ele, e Stephen Merchant, o seu shadow partner, igualmente genial. Kinda like Batman and Robin of British humour.

Não está sujeito a discussão.

Tão queridos



"Por acaso não tens aí uma mantinha?"

Bernardo Cordeiro


Chegaram aqui cheios de vontade. Disto, e daquilo.

Prontos para o que desse, diziam eles. E para o que viesse, também.

A querer mundos. E fundos.

Começam a arroxar em todos os cantos, tal é a bezana, a partir da uma da manhã. Literalmente.

A minha vontade de tratar bem os meus amigos que me visitam encontrou nestes dois pares de pestanas - blindadas por uma garotice fora de série - um obstáculo intransponível. Mas ficam tão queridos a dormir, os pequenotes.

sexta-feira, 13 de abril de 2007

Diálogo I


Donnie aims the crosshairs on Smurfette's head. He pulls the
trigger. Smurfette falls over.

RONALD: Wicked.
SEAN: No more fuckin' for her.
RONALD: Smurfette doesn't fuck.
SEAN: Bullshit. Smurfette fucks all the other smurfs. That's why Papa Smurf made her, 'cause the other smurfs were getting too horny.
RONALD: Not Vanity. He's a homo.
SEAN: Then she fucks 'em all while Vanity watches. And Papa Smurf films it.

DONNIE: First of all... Papa Smurf didn't create Smurfette. Gargamel did. She was sent in as Gargemel's evil spy, with the intention of destroying the smurf village. But the overwhelming Goodness of the Smurf Way of Life transformed her into the Smurfette we all know and love. And as for the whole gang-bang scenario... it just couldn't happen. Smurfs are asexual. They probably don't even have reproductive organs down there under those little white pants. The only reason they exist is because of magic spells and witchcraft... which is all a bunch of bullshit if you ask me. That's what's so illogical about the smurfs... what's the point of living if you don't have a dick?


Vi o Donnie Darko há uns dias. O que dizer de um filme que, marcando a estreia de um realizador (Richard Kelly) aos 26 anos, foi alvo de um director's cut, apenas 3 anos depois? A história é genial, agarra-nos do primeiro ao último minuto, faz-nos pensar do princípio ao fim, sem que no entanto nos desliguemos do filme. O que seria uma pena. É que há detalhes muito bons, como os que se passam durante as aulas, entre muitos, muitos outros. E há diálogos ainda melhores. E há Jake Gyllenhal, o próprio do Donnie, papel monstruoso. E também há Jena Malone, que cativa de uma maneira estranha. Se o seu primeiro filme conseguiu atingir este nível...que venham mais, e rápido. Por acaso já veio mais um, Southland Tales, está a sacar. Dolce far niente de Erasmus.

Dizque o director's cut está bastante melhor. Estou curioso.

quinta-feira, 12 de abril de 2007

A piece of advice


Para todos os que só há pouco tempo começaram a ver Heroes, um conselho: aproveitem bem cada episódio e tentem, por mais que vos custe, só ver um por semana ou algo do género.

É que, para os que como eu que já paparam e repaparam os 18, esta espera de mais de um mês pelo episódio novo, que só sai no dia 23 de Abril, está-se a tornar num martírio.

E já agora, muito obrigado à Nikki Sanders, e à morena que aparece nos últimos episódios. Vêem-se bem.

Rapidinha musindiecal


Metric é realmente bom. A voz dela é inacreditável (ela também é girita), e o ritmo falso rápido das músicas também. Outra coisa boa, que acreditem ou não faz diferença no long-run, é que não é preciso editar as músicas deles no ITunes, vêm com o nome impecável. Vantagens de serem do Canadá. As músicas brasileiras, por exemplo, vêm sempre com algum nome mal escrito ou por escrever. Diferenças culturais, curioso.

Arcade Fire também é bom, mas talvez seja mais difícil de se gostar. É daqueles grupos que não se pode pôr a música a meio para ver se se gosta. Não sei se isso é bom, se é mau, é assim. Tem de se ouvir a música do princípio ao fim, e há ali qualquer coisa que faz sentido. E o último CD deles, Neon Bible, esta muy bien.

E para las chicas, não só, mas sobretudo, Cansei de Ser Sexy. Quanto mais não seja, vale pelo nome.

Amanhã tenho um concerto de duas meninas não muito conhecidas, e que estou bastante curioso. A ver.

Indie is gooood. E Metric, joder, es de puta madre!

quarta-feira, 11 de abril de 2007

No habemus caracolis


Gone with the scissors.

terça-feira, 10 de abril de 2007

Carta aberta



Cara Sarah,

Primeiro que tudo, muito obrigado por enveredares pelo lesbianismo. Não digo que deviam ser todas como tu, porque senão o panorama ficava escasso, mas acho salutar que umas quantas decidam abraçar esse caminho, para bem das fantasias de grande parte dos homens deste mundo, nos quais eu, com muito gosto, me incluo.

Tens uma boa voz, não haja dúvida. Parece que cantas da garganta, não percebo se a voz é rouca e/ou esganiçada, mas ouve-se bastante bem. Um bocado música de gaja, é verdade, mas acho que qualquer gajo se pode dar ao luxo de uma ou outra lamechice de vez em quando. Homem que é homem pode ouvir uma ou outra música de gaja, eventualmente verter uma lágrima -fora as que tem direito quando o seu clube de futebol (soccer) perde- porque lhe aconteceu alguma coisa triste, isso não me choca. Mas sem exagerar, senão não é homem, é fanchonas. Já agora, por curiosidade, o homem da vossa relação, como é que faz? É mulher, tem de agir com um homem, mas no fundo é bicha. Deve ser complicado.

A razão pela qual te escrevo é simples: gosto de uma música tua, Stay, sobretudo do refrão, e como a saquei da net, achei que o mínimo que podia fazer era agradecer-te. Se fosse a ti ficava contente, que eu não sou muito destas músicas, e desta até te posso confessar que gosto muito, talvez por ter chocado com ela num texto increíble que reli agora, onde a música fazia todo o sentido.

Bem, está-se a fazer tarde e amanhã "volto" às aulas, um pincel.

Beijinhos,
Zé Maria Júdice


P.S.- Se quiseres um threesome, tou nessa.

(scroll down for the english version)

Open letter to Sarah Bettens

Dear Sarah,

Before I get started, let me thank you for going lesbian. I'm not gonna say every women should do the same because that way things would be kinda scarce for my team, but it's always nice to have women like you who are willing to follow that road, thus allowing the most widespread fantasy among men to keep on living. For that, Sarah, I'm thankful.

Your voice is good, no doubt about that. It seems like you sing from your throat, and despite being unable to tell if your voice is either husky or something else, it's really enjoyable to listen to. It's somewhat girlish your music, although to be honest I am of the opinion that every man is allowed to hear a girly song every now and then, even shed a tear - and I'm not talking about the ones he's entitled to whenever his soccer(it's pretty big in Portugal) team loses an important game - while he's at it, as long as the reason is valid. However, do that often and you're not a man, you're a queer. Out of curiosity, how does the man of your relationship handles this? I mean, she's a woman that acts like a man but in the end she's gay. It must be tough.

The reason I'm writing you this letter is simple: I like one of your songs, Stay, specially the chorus. Bearing in mind that I didn't have to pay for it since I downloaded the song, I thought the least I could do was thank you for it. Don't get mad at me, if I were you I would be glad, you know I'm not that big a fan of this type of music, the thing is I actually like this song quite a lot. Maybe it was because I crashed into it while reading an increíble text, which I just finished re-reading a few minutes ago, where the music fitted like a glove.

Well I gotta run, tomorrow's my first day after spring break, need to get some sleep.

Kisses,
Zé Maria Júdice


P.S.- If you happen to be a threesome fan, I'm in.

(A pedido de mis compañeros de piso)

segunda-feira, 9 de abril de 2007

Uma frase genial...

"És tão doce que até me engordas!"

ou a vantagem de ter uns quantos bimbos no msn. Que eu espero que não frequentem este blog. De qualquer maneira, é o chamado risco controlado. Agradecido pela gargalhada.

Much more than a music




É daquelas músicas que transpiram sex appeal. Boa para entrar depois de qualquer uma de Bossa n'Marley. A definite mood setter.

sábado, 7 de abril de 2007

Lynched


Mind if I join you tonight Mr Lynch?

Sure thing Rosé, but be warned, you may not like it in the end, surrealism can get pretty fucked up.

Don't worry, I think I can handle it. To be honest, I think I need to handle it, at least right now.

Let's see if you're up to the challenge. Have fun, just so you know there's no button you can press if you don't like it though, you'll just have to find your own way out.

Thanks Mr. Lynch.

Don't mention it.

sexta-feira, 6 de abril de 2007

Despensamento

"Tudo o que a subcomissária tem dito são inverdades"

Luís Filipe Vieira


A subcomissária veio a público responder que acha Luís Filipe Vieira um redesmentiroso.

O facto da palavra inverdades existir no dicionário não lhe retira o rótulo de ridícula.

quinta-feira, 5 de abril de 2007

You're not gonna understand it



But this is happiness. And it makes sense.

(promovido cá para cima porque a imagem não aparecia antes)

Música para os olhos


Gosto de pensar que esta malta existe, entre outras coisas, para nos lembrar da utilidade do mute, e para possibilitar aquelas discussões- ao som de cervejas e ao sabor da música- em que ambas as partes entram com a certeza que não vão ser convencidas nem vão convencer a outra parte, as chamadas discussões surdas, intermináveis por opção, neste caso sobre qual dos rabos se abana melhor.

quarta-feira, 4 de abril de 2007

Hide and seek


"Onde é que tá o homem das obras atrasado mental?Oh, não tá cá... Ah, tá aquiiii!"


Desmoronamento de túnel no metro de Pequim faz quatro mortos
(...)
10 funcionários da empresa pública responsável pela obra foram detidos por tentarem encobrir o acidente


Quando confrontados com a polícia, dizque os 10 funcionários taparam a cara com as mãos, para se tornarem invísiveis; espantados com o facto de continuarem a ser vistos pelos senhores lei, que se encontravam já de pistola em punho, decidiram ligar o espelho invencível enquanto sacavam da sua mega-bazooka de raios laser, gritando a plenos pulmões "infinitos mais um tiro em vocês todos". Foi então que os polícias decidiram dizer "rebenta a bolha", porque não valia mega-bazookas, para tristeza dos pequenotes.

terça-feira, 3 de abril de 2007

Random thought

Leio isto. É frequente ver pessoas a apoiarem-se na miséria alheia para darem graças da sorte que têm, uma atitude no mínimo hipócrita mas inevitável quando não conseguimos perceber isso por nós próprios. Basicamente 100% das pessoas que vão ler este post têm uma vida do caraças.

Agora, o que eu nunca tinha visto era alguém a usar a miséria alheia para verificar que a sua existência talvez não esteja assim tão "cheia"- à falta de melhor palavra- como isso, que a vida é muito mais que viagens, livros, desgostos amorosos, é muito mais do que eu talvez possa imaginar. E a minha imaginação é fértil. Muito bom.

A única coisa que me deixa triste é que o mais provável é ela ter pedido ao taxista para dar a volta ao quarteirão e voltou para o caminho que a vida a forçou a tomar, mas de certeza que, se tiver feito isso, o que romanticamente espero que não, quando chegou a casa deu um abraço mais forte do que é costume à filha.

Bilhética

"Quem gere a bilhética e os lugares é o clube"

Fonte próxima da PSP, a propósito dos problemas que houve no Benfica-Porto


Acabei de aprender uma palavra nova: bilhética, do grego billetus, filha de Philotes e de Baco.

s.m.
Da ética dos bilhetes, da moral dos bilhetes;
Da ética da bilha (vaso, geralmente de barro, bojudo e de gargalo estreito)

Deve querer dizer isso. Eram imorais, os bilhetes. Sacanas.

segunda-feira, 2 de abril de 2007

Start your engines

Vão-se seguir, num intervalo temporal curto - a modos que de uma hora, consoante o tempo que demore a escrevê-los - uma série de posts que o mais provável é não terem nada a ver uns com os outros, e que eu próprio nem sei muito bem o que é que vão ser.

Simplesmente, tenho alturas em que o meu cérebro resolve ligar o turbo, apara as patilhas, mete um bocado de gel na parte superior do couro cabeludo (tem cabelo liso o meu cérebro; porquê? porque não há nenhum gajo que se meta no tunning com cabelos encaracolados, porque senão não podia usar o boné por cima do cabelo espetado com gel) e atira-se para o street racing na Vasco da Gama do meu pensamento.

Por azar, ou talvez não, esta é uma dessas alturas, e estou com o portátil à minha frente, num sofá de 150x70cm, sem sono, sem querer estar com sono, num flashback incrível dos meus primeiros dias de Erasmus.

É verdade, antes que venha aquela malta muita engraçada dizer "epah larga a UHU", gostava de deixar registado em acta que a minha quantidade de álcool no sangue neste momento é inferior em 1,5g/l em relação à que o meu querido amigo António Galiano apresentou numa recente operação stop. Sóbrio que nem um cacho, portanto.

Os posts vão aparecer como se tivessem sido escritos antes deste, para que se leia este post primeiro. Por uma questão de coerência.

Dúvida existencial


Comecei a pensar que não percebia o porquê da expressão sóbrio que nem um cacho. Uma pesquisa no Google fez-me perceber porquê: a expressão não existe com sóbrio, apenas com bêbado.

"Ahhh"

Continuo sem perceber. Nunca vi um cacho bêbado, ou se vi, não reparei, devia ser discreto.

posted @ 03:55

Dogma social II

Sempre que vamos para a noite a achar que nos vamos safar, nunca nos safamos


Decidi promover este também, como o outro das gajas que gostam de "gatinhos". Ambos são cientificamente inquestionáveis.

"Mas, Rosé, porquê o achar assim a puxar para o escurinho?" Simples, caro single-serving blog friend, porque o mesmo não se aplica àquelas noites em que se vai sair com o engate já feito, em que só falta dizer uma ou outra coisa certa, ou esperar que o álcool faça de íman e junte dois corpos. Nesses casos, não achamos que nos vamos safar, sabemos que nos vamos safar, logo o dogma não se aplica.

A linha que separa os dois estados de espírito é ténue, mas altamente identificável. Não é uma questão de confiança, mas sim de atitude inconsciente. Achamos que nos vamos safar quando vamos para a noite com isso em mente, quando nos falaram duma amiga duma amiga que também vai e tem 35 gatinhos em casa. Nessas situações, por estranho que pareça, as probabilidades de safanço passam a 0.

Agora, se não soubermos quem é a amiga da amiga, nem a sua paixão por felinos, e formos com o único objectivo de beber uns copos e desbravar uma grande noite, aí, meus amigos, uma coisa é certa: vai haver escândalo.

posted @ 04:15

Discussões


"Lembras-te a que propósito é que a viabilidade dos carros híbridos tem a ver com a necessidade que sentimos de ter regras e viver em sociedade?"
"Sinceramente não, tou completamente perdido, como é que fomos lá dar?"
"Não faço a mínima ideia."
"Bora começar de novo?"
"Bora."

O giro das discussões é ficar de fora a vê-las.

Aliás, poucas coisas me deram tanto gozo nos últimos tempos como assistir aos infindáveis debates de amigos sobre o aborto, mais concretamente aos saltos de raciocínio que invariavelmente aconteciam, e que levavam a conversa a entrar por assuntos completamente diferentes e em que na maioria dos casos nenhum dos participantes está completamente à vontade. Daí até à especulação -de valores, datas ou acontecimentos- para fazer valer uma posição, é um passo curtíssimo e dado quase sempre de forma rápida.

Gosto sobretudo daquelas pessoas que não discutem, baralham a outra pessoa com argumentos completamente desconexos, e que conseguem saltar do aborto para a necessidade que um país tem de ter fronteiras como se nada fosse, estabelecendo uma ligação mágica que lhes dá toda a razão, até que chega uma altura em que ninguém sabe a quantas anda.

Em quase todas as discussões que temos, se a meio da mesma tivéssemos a coragem e a humildade para parar e dizer "e se começássemos outra vez mas this time sticking to the subject", ia ser muito mais rentável. Contudo, muito menos divertido para pessoas como eu, que gostam é de estar caladas e ir absorvendo aquilo que se aproveita, enquanto se riem para dentro.

posted @ 5:20 (fui comer que tinha fome)