domingo, 31 de maio de 2009

- Boa tarde amigo.
- Boa tarde.
- Então o que é que vai ser?
- Era mais uma noite destas, faxavôr.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Hell yeah


Talvez alguém me consiga explicar isto, mas porque é que as pretas, quando estão a refilar, parece sempre que estão a tentar entrar na passada com a cabeça, e apenas com a cabeça - que é o que torna a coisa realmente estranha - naquelas máquinas dos oftalmologistas, ao mesmo tempo que, de dedo em riste, pedem a palavra?

Quanto a vocês, não sei, mas para mim, querer ao mesmo tempo levar um exame aos olhos e ainda dizer de sua justiça no meio de uma sala com mais pessoas (senão não fazia sentido levantar o dedo), parece-me um bocado pretensioso.

Ainda era capaz de dar um jogo giro, com uma máquina em movimento e o caraças. Shotgun à ideia.

He who disdains

Assim de repente, e tirando a palavra "porque-é-que-tu-tás-a-fazer-a-cláudia-borges,-sim,-a-apresentadora,-não,-não-é-a-do-telejornal,-é-a-do-fama,-e-eu-não?", não me lembro de nenhuma palavra na língua portuguesa que, ao ser dita, contenha uma dose maior de ressábia do que a palavra "beto".



Sem a loucura que é o homem
Mais que a besta sadia,
Cadáver adiado que procria?

Fernando Pessoa


Pára. Agora grita. Mais alto. Não, ainda não chega, não te oiço bem. Não o faças com a voz, fá-lo com as entranhas, liberta-te das amarras que as sufocam, deixa-te de merdas. Grita, porque a continuares assim, nada ou pouco te restará para além de um arrependimento latejante composto pelo puzzle de "ses" e "ifs" que terá sido a tua vida; mais, alto. Agora corre. Desaparece desenfreadamente, perde-te compulsivamente, de ti e dos outros, e grita, grita até à catarse da rouquidão. Ganha asas e voa, nada até à tona à procura daquela inspiração de ar que te espera de cada vez que vens à superfície, e que é diferente e melhor do que todas as outras, para logo de seguida voltares a mergulhar sem outro rumo que não o teu. Faz o que quiseres, mas fá-lo impulsivamente, e mesmo quando for para abraçar a quietude, peço-te que esse abraço seja sempre por opção, que não seja um abraço medroso e comodista, e que em caso algum dure mais do que dois ou três fogachos. Faças o que fizeres, grita, corre, voa e nada todos os dias, ainda que por um momento apenas. E promete-me que nunca dançarás com a monotonia, nem ao som da sua voz monocórdica. Prometes-me isso?


(já agora, grande Doctor Wilson)

quarta-feira, 27 de maio de 2009

See you later Jay

Visca el Barça



Hoje, e em boa verdade, sempre, menos quando é contra o Benfica, somos todos Barcelona.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Trouble is fun



Não percebo como é que esta música ainda não tinha sido emoldurada aqui.

By the way, é esta.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Assim não



78(Esxrta menssssagemnk ++pode twer alkguns erros, porqwue esdtiveeeeee o0 tempoi todo comnb aS maosd nna cabeçla ee rtttive dde escvreve..-la comn ops coiiitovelos)999999

Olé



Não sou contra as touradas, acho inclusivamente que a sua proibição contribuirá para a standardização e monocromatização cultural que cada vez mais se verifica nos dias de hoje, que descaracteriza um país, lhe retira alma e identidade cultural.

Diga-se, aliás, que os animais não têm direitos, quem os tem são os seus proprietários ou, no caso de violação da Lei 92/95, as associações zoófilas - isto porque, em bom rigor, e por mais crua e chocante que esta afirmação possa parecer numa primeira leitura, os animais, à luz do nosso direito, são coisas e não pessoas, não podendo ser centros de imputação de direitos e deveres. This goes both ways: da mesma maneira que um touro não pode ir para a prisão ou ser condenado a pagar uma indemnização por abalroar um espectador, também não tem o direito de fazer Erasmus em Sevilha para crescer como toiro. Um preciosismo, é verdade, mas que importa esclarecer.

O que disse não implica, no entanto, que condene ou não reconheça a espectacularidade desta manifestação, pelo impacto visual que causa e pela dor silenciosa que exalta. Genial.

Arena



Vencedor da Palma de Ouro para melhor curta-metragem. Orgulho para Portugal. Este gajo, o Carloto, foi meu vizinho e companheiro de estroinice até aos meus 8 anos, amizade essa cimentada à revelia da minha mãe, que não a aprovava. Desde então, nunca mais o tinha visto, e não deixa de ser curioso vir a saber, 15 anos mais tarde, que na minha infância brinquei com um gajo que, não só partilhava um dos meus apelidos (Cotta) sem que eu nunca o tivesse sabido, como viria a estar envolvido numa curta vencedora de um dos galardões mais prestigiados do cinema. Espectacular.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

As awesome as it gets

Quase tão bom como o CDUL Ladies contra as Agronomia Dolls.

It's a comical and a slutty Hallelujah

Ana Malhoa convidada a posar nua para a Playboy

Finalmente, porra. E o porra nada tem a ver com qualquer espécie de contentamento. Quer dizer, tem um bocado, mas é pouco, residual. Digo "finalmente, porra", porque era tão óbvio, que não ter a Mamalhoa nas primeiras cinco edições da revista é simultaneamente um atestado de burrice do respectivo director e um atentado à fêmea portuguesa que pugna pela badalhoquice, espécie rara nos dias que correm. Já começava a ficar preocupado.

Obrigado, Dona Malhoa.

(Quando penso dá nisto, há três anos e meio a alertar consciências e a transmitir informação verdadeiramente importante)

quinta-feira, 21 de maio de 2009

08-07 New Orleans, LA New Orleans Arena
Tickets now available
Support: Kaiser Chiefs

08-08 Houston, TX Toyota Center
Tickets available May 16th
Support: Franz Ferdinand


Os Green Day bem tentaram, mas os Kussondulola estavam ocupados nesses dois dias.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

's Chambers


Free - is all that she could bleed
That's why'll she'll never stay
White - bare naked in the night
Just lookin' for some play
Just another girl that wants to rule the world
Any time or place
And when she gets into your head
You know she's there to stay
You want it
She's got it
Molly's Chambers gonna change your mind
She's got your
Your pistol
Molly's chambers gonna change your mind

terça-feira, 19 de maio de 2009

Xina-man

Ao que parece, este escândalo anda a abalar as já de si frágeis fundações da educação nacional.

Acho que há razão para castigar esta senhora forte e feio, afinal de contas é inadmissível a estratégia de atemorização a que recorre. Deve ter rebentado o he-man, a tua mãe. A seguir vais dizer o quê, que és filha do Skeletor?



Sinceramente.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

The Pomegranate

Straight from Facebook


Como promover uma região costeira do Canadá nos dias de hoje? Simples, fazer um anúncio sobre um telemóvel inovador que obrigue as pessoas a ir ver a release date. Rebuscado, mas genial nonetheless.


Eu, pelo menos, nunca teria perdido 5 minutos do meu tempo, como perdi, a ver onde fica e o que se passa em Nova Scotia, Canada.

On art and entertainment

Há uma grande diferença entre arte e entretenimento. Este distrai, diverte, descansa; aquela, distrai também, mas mais do que isso, ao criar algo de novo, permite uma infinitude de interpretações, e através desse processo criativo obriga-nos também a crescer, a pensar, estimula-nos, chega por vezes a perturbar-nos e a acompanhar por dias o nosso pensamento, enquanto procuramos e batalhamos pela interpretação daquilo que os nossos sentidos presenciaram.

No fundo, o entretenimento distrai os sentidos, enquanto que a arte fá-lo também mas estimula ainda a razão. Não quer isto dizer, acho eu, que aquele seja mau e esta boa; são, isso sim, diferentes, e muitas vezes confundidos e injustamente menosprezados: o entretenimento é tido como fútil e superficial, ao passo que a arte é não raramente considerada pretensiosa, exageradamente intelectual e consequentemente incompreensível.

Nada mais errado. O problema é a tendência que existe para o esquecimento do seu congénere: quer pelo descanso e sensação de languidez que o entretenimento provoca, quer pela adrenalina intelectual causada pela arte, pelo desafio constante em que se traduz, há quem se esqueça que ambos coexistem, e mais, devem coexistir. Um precisa do outro, ou melhor, nós precisamos dos dois, sob pena de nos tornarmos totalmente vazios ou irremediavelmente incompreensíveis.

domingo, 17 de maio de 2009

O cardeal D. José Saraiva Martins, representante do Vaticano nas comemorações do cinquentenário do Cristo Rei, afirmou este domingo que o monumento representa uma das maiores exigências da actualidade, a paz, que deve ser construída pelo amor e não «pelos canhões».

TSF

Senhor D. Cardeal, olhe que não é bem assim...

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Late of the Pier

É sempre bom quando se ouve algo imprevisível, quase caótico, que nos surpreende a cada batida, com um fio condutor - ainda que sinuoso - ao longo das músicas. Algo que não nos lembra automaticamente outro grupo, que parece ser novo - apesar do novo, em bom rigor, ser sempre relativo, quanto mais não seja porque nunca conseguimos fazer com que as nossas circunstâncias deixem de fazer parte de nós. Late of the Pier é tudo isso, e parte disso só pode estar relacionado com o facto de o CD ter sido produzido por Erol Alkan, DJ de créditos firmados.

Mas o bolo de bolacha depois da mariscada, é que vão estar no Optimus Alive.





Esta, para mim, será a grande surpresa do festival. Tenho dito.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

It's a nervous tic motion of the head to the left

Overprescribed
Under the mister
We had survived to
Turn on the History Channel
And ask our esteemed panel
Why are we alive?
And here's how they replied
You're what happens when two substances collide
And by all accounts you really should have died
It's a nervous tic motion of the head to the left

Andrew Bird, 24 e 25 de Maio no Cinema São Jorge. Já comprei para 24, que dia 25 já esgotou. Pelo que tenho ouvido, e que tem sido muito nestes últimos dias (obrigado imeem), he's pure genious. Gracias Mendieta.


terça-feira, 12 de maio de 2009

PPR Musical

Não sou grande entendido em folk, mas deslumbro-me sempre que oiço música folk cantada por uma voz feminina e acompanhada, de preferência, por um violino: há uma profundidade indecifrável na folk, algo de etéreo e transcendente. É como se o violino e a voz, invariavelmente celestiais, me tranquilizassem sobre todos os problemas do mundo. Durante alguns minutos, pelo menos, a vida é pacífica, e isso não encontro em mais nenhum género musical. Quem ouviu ontem o Viriato 25 algures entre as onze e a meia-noite, sabe do que eu estou a falar - e o Octávio Machado acho que também sabe.

Pensando bem, prefiro guardar a folk - celta e americana - para a velhice, qual PPR Musical, para as tardes contemplativas de um Alentejo marasmático, embalado por uma cadeira preguiçosa e pela soothing sensation característica - e arrisco dizer, única - da folk. E uma mini na mão direita, se não for pedir muito.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Rainy tears stream down her face and I...


in Público
Debaixo de um aguaceiro, esta habitante do estado nordestino do Piauí seca a cara com as mãos enquanto, à sua volta,o nível das águas do rio Longá continua a subir...

A tristeza também é bela, não sei se em si mesma, se por um qualquer fenómeno subjectivo de pena e compaixão que despoleta, ou talvez o seja pelas duas razões.

Seja pelo que for, não consigo parar de olhar para esta fotografia. E quanto mais olho, mais me sinto abafado e sufocado pela chuva que me cola a pele à camisa; perturba-me o pensamento de que, enquanto vou escrevendo isto, ela vai tentando parar de chorar, mas o céu não deixa. São de chuva, as lágrimas que lhe enchem a cara, são lágrimas melancólicas, de antecipação, de quem sabe que o pior ainda está para vir. Já não sinto só a chuva; agora, junta-se a ela um cheiro intenso a floresta, a madeira húmida, que me invade as narinas, e todo este cenário fica cada vez mais belo, perturbadoramente belo.

Quem são estes gajos que vão ao Optimus Alive?



Los Campesinos!? Não conhecem Los Campesinos!? Então vão badamerda, estou aqui a perder o meu tempo com vocês.

Vêm de Gales, e não marcar presença no concerto da banda no Optimus Alive é uma verdadeira estupidez. Às vozes de Garreth e Aleksandra Campesinos! - a dele, desconcertante; a dela, daquelas vozes a que apetece fazer festinhas -, juntam-se as letras que vou descobrindo e que são verdadeiramente geniais, como é o caso desta, que dá vontade de ir ao songmeanings.com para ver a forma como outras pessoas interpretam uma história cantada em alguns minutos. Não são perfeitos, mas são do cacete.

domingo, 10 de maio de 2009

Acho que sou um dos piores gajos da Península Ibérica e arquipélagos a apaixonar-me.

Is this real life?



Acabadinho de sair do Europa este menino.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Allentejo

Polis Litoral Alentejano arranca em 2010

O Ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Desenvolvimento Regional, Nunes Correia, anunciou que o Sudoeste Alentejano e a Costa Vicentina irão ter um Polis Litoral, que deverá arrancar em 2010. Incidindo em três concelhos, Vila do Bispo, Aljezur e Odemira, as obras têm previsto um investimento de 40 milhões de euros. «O Polis para esta zona vai intervir numa área extensa – em Vila do Bispo, Aljezur e Odemira – e fará claramente a diferença, sendo um projecto de excepcional significado», disse o ministro.
As obras terão um prazo de conclusão de três anos e prometem deixar «uma marca de mudança, sem negar os valores naturais, mas conciliando o desenvolvimento económico e social». O Polis Litoral irá passar por valorizar as áreas balneares, proteger as arribas, criar percursos de visitação, ecovias e ciclovias e ainda melhorar os núcleos populacionais.
«Esta é uma oportunidade única para potenciar um estudo deste território, que tem estado abandonado. Esta intervenção do Governo é importantíssima e é de saudar. Vai permitir-nos ter uma visão global do território», afirmou Manuel Marreiros, presidente da Câmara de Aljezur em declarações à Lusa. O autarca
diz ainda que vai permitir «impulsionar a economia local».


in www.vidaimobiliaria.com


Meus caros, it's the end of the costa alentejana as we know it. Aproveitem enquanto é tempo, tarda nada é Allentejo.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Eh cárálho

(UPDATE: Esqueci-me que dos três gatos pingados e da Alessandra Ambrósio que todos os dias passam por este blog, nem todos estudaram Direito. O que segue abaixo é a decisão do Tribunal na fase de inquérito de um processo-crime, onde o Ministério Público estava a investigar a história de um gajo que insultou o polícia que o estava a multar)

I - Não incorre em prática de qualquer crime, designadamente o de injúrias ou de ameaças, aquele que, perante o agente de autoridade, em exercício de funções, no acto em que está a ser autuado (por eventual violação de regras de trânsito), a título de desabafo e sem que lhe dirija as palavras, se limita a expressar “Caralho! Já ando com problemas que cheguem… e o sr. ainda vai ouvir falar de mim” (sic). II – Com efeito, nem o vocábulo “caralho” encerra qualquer epíteto dirigido à autoridade nem o alerta de que “ainda vai ouvir falar de mim”, no contexto em que foi proferido, não contém a anunciação de um “mal futuro”, apto a causar “inquietação, medo ou prejudicar a liberdade”

Isto já de si é bom, mas fica muito melhor quando se atira para a fogueira o seguinte:

- o senhor era procurador adjunto do Ministério Público;
- a frase, que no sumário aparece cortada, era: “Eu não pago nada, apreenda-me tudo… Caralho, estou a divorciar-me, já tenho problemas que cheguem… Não gosto nada de identificar-me com este cartão, mas sou procurador…Não pago e não assino… Ai você quer vingança, então o agente Frederico ainda vai ouvir falar de mim. Quero a sua identificação e o seu local de trabalho”.
- e o tribunal disserta sobre "caralho" da seguinte maneira: Por outro lado, o vocábulo “caralho” utilizado, não obstante integrar um termo português de calão grosseiro, como se apreciou, foi proferido como desabafo e não como injúria dirigida ao OPC autuante. Ou seja, o autor da expressão “desabafou” sem que se tenha dirigido ao autuante o epíteto, chamando-o ou sequer tratando-o por “Caralho”. Na gíria popular, considerado o contexto e as circunstâncias (pendendo divórcio e tendo já problemas, fica aceite uma fase de perturbação do autuado), tal expressão equivale a dizer-se, desabafando “caralho, estou lixado”.

Caso queiram ler a decisão toda, podem fazê-lo aqui.

Reminder

Gostava tanto de não estar atolado em trabalho para poder contar-vos os dois últimos episódios surreais que se passaram na minha vida. Três palavras apenas, para descrever os dois episódios? I guess I have to go with medicina holística e cadete. Make it four: medicina holística e jorge cadete.

A seu tempo.

terça-feira, 5 de maio de 2009

They're all a bunch of rockets, man.

E isto, que é genial, por sua vez, leva-me automaticamente a isto:



Family Guy é a melhor série que já vi, quanto mais não seja porque à medida que vou ganhando mundo, mais reconheço a genialidade de Seth MacFarlance, a facilidade com que num episódio apenas consegue sacar do baú uma catrefada de flashbacks geniais. Tinhas toda a razão Brinho. Nisto, e nisto apenas.

Mourinho is the new Chuck Norris



FALLO? FALLO O CRL QUE TA F$DA QUE É FALLO!

Tchica tchica

Hoje fui a uma médica otorrinolaringologista. Nada de extraordinário, não fossem os conselhos dela sobre como aplicar o spray nasal acompanhados de um som que era qualquer coisa do género
"Baixas a cabeça, e tchica tchica"
e não tivesse eu, com algumas dúvidas sobre o modo de aplicação, perguntado
"Baixo a cabeça, e tuca tuca?"
para ela voltar a repetir a explicação e dizer
"tchica, tchica".
Acho que era menino para ter lá ficado o dia inteiro. Nunca o combate ao muco foi tão divertido.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Um jantar para quem perceber à primeira o nome do guerreiro Moçambicano

Maputo troca nomes de ruas com referências a Portugal


Então, ma puto?

Sesimbra

Um fim-de-semana como mandam as regras: sem regras, ditado apenas pela intensidade do sol, da fome, da sede e do frio.
O programa? Praia de dia, lareira à noite, mariscadas crepusculares, pagode à mesa e gargalhadas constantes. E em jeito de ceia, uma viola - um plus do caraças, que facit dites animo, mollia corda dat - e um trauteio conjunto, onde no meio de tanta desafinação uma voz sobressaía - a voz silenciosa de quem mais não conseguia fazer do que imitar em pensamento um Danny Crane ébrio, anfitrião como há poucos (o cantor silencioso, não o Danny Crane).
No domingo, já a acusar uma ou outra mazela, um almoço tardio e sonhador, que a idade está para isso, e a constatação de que, em boa verdade, a felicidade faz-se com duas ou três coisas apenas.

Obrigado ao Sol, ao Peralta, ao anfitrião, ao artista da viola, à disponibilidade das meninas para alinharem nas nossas infantilidades e ainda uma menção honrosa ao Chewbacca de Sesimbra.