sábado, 31 de outubro de 2009

Inside and outside



sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Estranha-a-Velha

Gostava de saber qual é o fenómeno que leva a que todas as terras com nomes estranhos estejam situadas no Norte. Aposto que houve um movimento migratório qualquer que me escapou nas aulas de Geografia.

Zombie lover

Cara Revista Maria,

O meu nome é Rosé Mari, tenho 23 anos, e sou de Lisboa. Sou um rapaz jovial, chistoso, de bem com a vida, e de um modo geral vivaço. É, por isso, com um misto de curiosidade e de preocupação que te escrevo. De há uns tempos para cá, dei por mim a gostar, mais do que seria normal, de filmes de zombies. E o pior, Revista Maria, é que no dia seguinte, é frequente andar com vontade de cometer um ou outro suicídio. Não te arrelies, que eu por enquanto continuo com uns pulsos espectaculares e um pescocinho imaculado, mas não sei se algum dia isto não descamba. Terá alguma coisa a ver com o facto de ver os filmes à noite? É que eu dormir, Revista Maria, até durmo bem, o problema é mesmo o dia seguinte. Será isto normal? É normal sentir-me atraído por zombies? Deveria procurar apoio psicológico?

Mas nem tudo são perguntas e inquietações. Não te disse no princípio da carta, mas escrevo-te também com boas notícias. Lembras-te daquela minha fobia de tubarões, de que te falei há um mês? Pois bem, julgo que vais gostar de saber que já consigo ver o Jaws, do Spielberg. Tenho é de pôr os diálogos em espanhol. Estarei a fazer batota?

Despeço-me com um abraço, esperançoso que as vendas por aí estejam a ir de vento em popa.

O teu leitor incondicional,

Rosé Mari

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Més que un cotxe

Depois de um arranjo na oficina me ter custado umas centenas de euros, sugere a minha mãe que tente vender o carro. Sim, o Veloso. 5.000 euros, talvez dêem por ele, diz.

Não sei, mas desconfio que vai ser difícil explicar-lhe que, por esse preço, talvez aceite, se estiver bem disposto, vender um dos encostos de cabeça do banco de trás. Sem estofos.

Cool guys don't look at explosions

terça-feira, 27 de outubro de 2009

She kissed a girl and she liked it?











A actriz sul-africana Charlize Theron beijou outra mulher a troco de uma doação de 93 mil euros para a Organização Não Governamental OneXOne.

Nunca pensei que o lesbianismo e a beneficência pudessem ser duas realidades compatíveis.

estado de Graça

«Queres a melhor vista de lá? Não, não é aí. Tens de descer as escadas, virar à direita e encostares-te à parede. That's where you'll get the best view of the city.»


Deve ser a isto que chamam o estado de Graça. But then again, não acredito que saibam do que estão a falar.

Repeat after me

BENFICA
GOOOOOLO de Cardozo
Lançamento de Aimar para a esquerda, onde Coentrão aparece a cruzar rasteiro para a entrada do dianteiro paraguaio que, sem dificuldade, faz o 1-0.

BENFICA
GOOOOOLO de Saviola
Na sequência de um pontapé de canto, Coentrão cruza do lado esquerdo e o argentino, na pequena área (sem marcação), marca de cabeça.


No futebol é 11 para 11, a bola é redonda e centro de Coentrão é...

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

O escritório onde trabalho conseguiu cometer a rara proeza de receber um estagiário que consegue reunir no seu nome o de dois laterais não titulares do Benfica: Patrick Schaffer, chama-se. Por este andar, e se tudo correr bem, no Inverno chega o Sidney Roderick e para o ano vêm o Urreta Coentrão e o Weldon Gomes.

domingo, 25 de outubro de 2009

"Fuerte"

Assim muito de repente, digamos que há, vá, como é que eu hei-de pôr isto, já sei, coisas, é isso, coisas, que marcam a alma e a vida da gente.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

His father was just into Rubens

Rui Mâncio: «Ruben Micael é caso de polícia»

Rui, está bem que o nome é feio, mas também não é caso para tanto.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

I've got a feeling



que são todos alunos do Técnico. Em Erasmus. No Quebec.

Marathoning



«O painel de especialistas propositadamente convocado para o efeito é unânime em considerar: «Se o percurso é extenso e sinuoso, com curvas que escondem subidas acentuadas mas também descidas propícias ao descontrolo, também não é menos verdade que Rosé Mari se apresenta numa forma soberba. Conhece o trajecto, está fortíssimo do ponto de vista físico e psicológico, e isso revela-se na sua aparência, que está mais laroca do que nunca (este último comentário foi proferido apenas pela mulher do painel, Rosa Mota, cujo coração não resistiu ao apelo lançado por Rosé Mari e abraçou a sua causa com unhas, dentes e uma quantidade abundante de body hair)».

Quando instado a comentar o que espera desta maratona, Rosé Mari prefere remeter-se ao silêncio, mas é vê-lo todos os dias, em pleno Estádio Nacional, a treinar às 7 da manhã com um sorriso de orelha a orelha (exactamente, o mesmo Rosé Mari que revelou, em tempos, partilhar da opinião de Marco Fortes, segundo a qual, relembre-se, "de manhã está-se bem é na caminha"). E sempre, sempre, sob o olhar vigilante e os preciosos conselhos de Rosa Mota. «É impressionante, parece estar mais determinado a cada dia que passa. E mesmo nas raras alturas em que há o risco de desanimar, diz-me apenas "Rosa, aperta comigo", e é isso que eu faço, aperto com ele. Desportivamente falando, é claro, se bem que se não houvesse esta relação treinadora-atleta até era campeã olímpica para lhe dar uma ou outra trinca.

Fontes próximas de Rosé Mari transmitiram-nos que o atleta está ciente das dificuldades da prova, mas que quando lhe perguntam se tem medo, a reacção é invariavelmente a mesma: primeiro, responde que quem deixa de ser feliz pelo medo de sofrer mais vale dedicar-se aos 1500 m, "essa corrida de meninos, com todo o respeito que tenho pelo Caster Semenya", diz; em seguida, começa a cantarolar uma música, há quem diga que é de Death Cab for Cutie, pode ser de Massive Attack, os especialistas desconfiam de Discovery e há quem diga inclusivamente que já o ouviu a entoar Zero 7 e Dave Matthews; e depois, logo a seguir, saem disparados a correr, ele e a música. Por apurar continuam ainda as razões pelas quais Rosé Mari insiste em treinar com uma máscara que lhe tapa apenas os olhos e com a mão direita a segurar, umas vezes Rosa Mota, outras um saco de batatas.

As suspeitas de doping não se fizeram esperar, fruto de imagens recentes que revelam o atleta a ingerir comprimidos durante os treinos e mesmo no decurso da corrida. No entanto, o clima de suspeição foi prontamente afastado, não só pela respectiva Federação, que garantiu realizar um controlo anti-doping mais apertado que o normal ao atleta, mas também por Rosa Mota, que veio a público, na sequência da divulgação do referido conteúdo audiovisual, afirmar peremptoriamente que "o meu menino não precisa disso do dópin,
o que ele toma é tudo natural"».

O que é certo, no meio de tudo isto, é que o km 20 já lá vai e, apesar de faltarem mais 22,195, Rosé Mari ainda não precisou de recorrer ao "seca suor" extremamente vintage e sensual que ostenta no seu pulso esquerdo. E, diga-se ainda, que bem que lhe fica a fita que usa na cabeça.


No dia 25, são mais 10 Km. Obrigado, Paulo Catarro.

domingo, 18 de outubro de 2009

And Carradine works in the kitchen

Serei o único a pensar, cada vez que vou à Brasserie, que vai ser desta que aquela empregada que parece ter acabado de sair das filmagens do Kill Bill vai sacar da catana que tem escondida nas costas e vazar-me uma vista logo a seguir a servir-me um entrecôte mal passado?

sábado, 17 de outubro de 2009

Louder. Louder. Fuck, louder.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Say that again and I'll


Well I most certainly hope so. Didn't know Gmail could have this effect on a Friday afternoon. Thank you, Mr. Page and Mr. Brin.

É só mau





Encontrem a semelhança. Hint: enormous amounts of hair gel.

Melhor frase de sempre

Come vinagre durante o estágio, que depois tudo te saberá a mel.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009



Parte de uma viagem inesquecível a um lugar que, quando eu era mais novo, ficava na Suiça. I suppose what they say is true: you really can't reach paradise without closing your eyes first. I'll

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Tu queres ver, não pensaram os 5

Juntaram-se os 5. Podia dizer-se com toda a certeza que eram grandes amigos. Afinal, já se conheciam há uns anos: 23, se não me falha a memória. Tinham todos uma novidade para contar, diziam animados. «Nem vão acreditar», pensavam os cinco, sem saber, em uníssono. Não digo que não tenham chegado a estranhar que a combinação tivesse sido sugerida por todos em datas bastante próximas, mas não fizeram disso caso. Compreensível, se pensarmos que achavam convictamente que a sua novidade era deles e só deles, porque tamanha sorte não poderia nunca bafejar 5 de uma vez só.

Não tiveram de se deslocar muito, uma vez que se encontraram a meio caminho de todos menos um. Por sinal, até era a casa de um deles, o mais comunicativo, e que ao ver chegar os 3 amigos - o quarto amigo chegou atrasado, porque vivia mais longe -, desde logo começou numa descrição imensa de um sabor e textura únicos que a todos deixou curiosos.

Já empolgado com o que ouvia, um dos três ouvintes não deixou que a primeira história chegasse ao fim e começou a contar a sua. Parecia louco, tal era a forma como falava. Anunciava, de forma irrequieta, a descoberta de um cheiro doce e inebriante, que fazia com que o sentisse e como tal o procurasse, mal dele se afastava, em todos os cantos e recantos. Chegou inclusivamente a afirmar estar a ser alvo de uma perseguição, como se se tratasse de um opositor de fundamentalistas bascos. Dois dos amigos continuavam contemplativos, cada vez mais interessados, mas sem nunca, porém, nem sequer por um segundo, desconfiarem daquilo que se tornará óbvio no fim desta história.

Nisto, eis que chega o quinto amigo. Qual? Mais atenção, o que estava atrasado, porque morava mais longe. Tinha vindo às apalpadelas, por não se lembrar muito bem do caminho; e esbracejava, pois tinha uma novidade para contar. «Todos temos», responderam em coro, dois deles mais alto. «Mas a minha é que é», e acto contínuo, começa a descrever uma textura estranhamente semelhante à do primeiro amigo. «Só pode ser coincidência, isto é só meu», pensou o primeiro amigo, inicialmente chateado, depois a rir-se de si mesmo, por lhe ter passado pela cabeça que aquela sensação poderia ter escolhido mais alguém que não ele. «Impossível», concluiu. Estava, portanto, já distraído e imerso nos seus pensamentos, e pouco ouvia a descrição animada e cheia de curvas do quarto amigo, que mais parecia estar a descrever um acidente natural de uma beleza imensa e, diz quem conhece, indescritível. Devia ser por isso - ou talvez fosse por uma razão bastante mais óbvia - que se socorria constantemente de gestos para completar a sua história. Perdia-se na descrição que fazia, por sucumbir repetidamente ao irresistível desejo de nela passear, ainda que com a sua mente apenas. E à medida que avançava no que tinha para contar, voltavam a ouvir-se, cada vez mais alto, as vozes dos dois amigos que já tinham falado.

A dada altura, tomando consciência de que monopolizavam o diálogo, viraram-se os três para os dois amigos que os observavam, atentos a cada pormenor da conversa, um mais focado nos sons que ecoavam pela sala, outro nas expressões faciais e corporais de quem contava a história. Por breves momentos, e pela primeira vez desde que tinham chegado, fez-se silêncio, tendo os dois amigos interpretado, e bem, que o mesmo significava uma concessão tácita da palavra. Um dos amigos olhou para o outro, como que fazendo-lhe sinal para avançar. E assim fez: meio absorto, quase que hipnotizado, entrou num relato de sons, suspiros, palavras, histórias, músicas e, inclusivamente, silêncios, que se entrelaçavam e o envolviam numa teia, sim, uma teia, que o sacudia de si mesmo e o levava a viajar por sítios que até então desconhecia. Nesta parte final, identificaram-se todos, mas não disseram nada. Parecia estar ligeiramente anestesiado, e falava ao som de uma música inaudível para os demais.

Cansado de falar, coisa que não fazia muito, virou-se, com cara de bons ouvidos, para o amigo que faltava e que o observava fixamente. «E tu?», perguntou-lhe. Fixo agora noutro ponto, este imaginário para os demais mas real para ele, começou a descrever, com um brilho nos olhos, uma paisagem surpreendentemente parecida com a do amigo que tinha chegado atrasado. Contou formas, cores, contornos e paraísos de uma riqueza visual que faria baça a maior das pedras preciosas, e as parecenças com algumas das descrições iam-se adensando cada vez mais, sem que ninguém percebesse ou quisesse perceber.

Cada vez mais entusiasmados com a conversa, foi com enorme surpresa que um deles, o que falou em segundo lugar, começou a sentir um cheiro - primeiro distante, depois mais próximo - a cigarro. Não era só a cigarro, tinha mais qualquer coisa. Cheirava a fumo. Pouco tempo depois, estavam os cinco à procura, em vão, da sua origem. Digo em vão porque só o encontrariam se ele quisesse. Vindo de um canto a baixa-luz que todos juraram, no dia seguinte, já ter procurado, apareceu a fumadoura figura, limitando-se a dizer: «Ainda não perceberam que falam todos do mesmo?», desaparecendo logo de seguida e deixando cinco atónitos amigos, na casa de um deles (o comunicativo), que ficava a meio caminho da casa dos restantes (menos da de um), a juntar as peças das histórias de todos.

E foi então que o primeiro se reviu na textura do terceiro, que por sua vez se encontrou nas curvas e formas do quinto, quinto esse que percebeu que aqueles movimentos só podiam dar origem ao som descrito pelo quarto. Só o próprio quarto e o segundo, então, teimavam em não acreditar na figura misteriosa, mas não demoraram muito a ser convencidos, pelos demais, que aquilo que descreviam mais não eram que efeitos diferentes de uma mesma realidade que até há pouco tempo julgavam ser só deles. E assim, com efeito, como bons amigos que eram, aceitaram partilhar a origem, mas como bons amigos que eram, não aceitaram fazer o mesmo com os efeitos. Esses, continuariam a pertencer e a enlevar exclusivamente a cada um, de forma pessoal e intransmissível.

(isto continua)


Bem me parecia que tinha isto ligado. Estes gajos da Apple inventam com cada coisa, realmente.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Não senhor, o outro é que é maluco

"O Cristiano Ronaldo não tem magia negra nenhuma. Teve o azar de se lesionar e de o médico da selecção portuguesa de futebol ter dito que ele podia jogar contra a Hungria, agravando ainda mais a lesão", disse o bruxo.

Em Espanha, Pepe, insiste que fez magia negra ao jogador português e que nada o fará voltar atrás.

"O máximo que o tal homem que diz que é bruxo pode ter feito, foi uma feitiçaria psicológica para atormentar o Cristiano e a família", frisa Fernando Nogueira.

Pepe enviou uma carta ao Real Madrid a informar o clube do objectivo dos actos que terá realizado: acabar com a carreira de Cristiano Ronaldo. Em comunicado, o gabinete de imprensa do clube madrileno desvalorizou o caso, revelando mesmo que já não era a primeira vez que recebiam cartas com ameaças de feitiçarias.

"O Cristiano Ronaldo não tem que ter medo de nada, tem é que fazer a fisioterapia para ficar bom e não se deixar intimidar pelo efeito psicológico que este caso lhe provoca", salientou a mesma fonte.


Aqui. É bom ver que:

(1) ainda há bruxos sensatos;
(2) a bruxaria lusa, aqui muitíssimo bem representada pelo bruxo de Fafe, é uma bruxaria realista, de matriz anglo-saxónica, com os pés - e vassoura - bem assentes na terra e ajustada aos tempos modernos, ao contrário da sua anacrónica congénere espanhola, ainda bastante influenciada pela doutrina germânica de bruxedo, muito em voga na Idade Média mas claramente ultrapassada nos dias de hoje;
(3) o bruxedo nacional não se deixa influenciar por essas coisas do além...espera aí, o que é isto?

Se amanhã, quarta-feira, Cristiano estiver no Estádio D. Afonso Henriques a assistir ao jogo Portugal-Malta, Fernando Nogueira vai-lhe entregar "um amuleto contra o mau-olhado".

"Se não estiver presente, o amuleto vai pelo correio até Madrid para proteger o nosso jogador de alguns loucos que há em Espanha", finalizou o bruxo de Fafe.

Fernando Nogueira, o Bruxo de Fafe, também garante que Ronaldo não está sob nenhum feitiço negativo: 'Nenhum bruxo pode revelar publicamente as suas magias porque senão corre risco de vida. Além disso ele disse que o seu vudu já surtiu efeito, o que é mentira, porque a magia negra só dá resultado ao fim de 90 dias.


Ah, estávamos a ir tão bem, Fernando. Mas não deixa de ser digna de registo a forma lúcida e preocupada como te referes a esses "loucos" que existem em Espanha. Realmente, é por causa de badamecos como esse tal de Pepe que a reputação do bruxedo ibérico anda pelas ruas da amargura.

E gosto sobretudo da constatação da eficácia diferida da magia negra. Tenho a certeza que essa frase foi dita com a arrogância característica de quem transmite uma verdade evidente. Aliás, algo me diz que a frase original era qualquer coisa do género: "porque a magia negra só dá resultado ao fim de 90 dias, por amor de [um qualquer ser abominável superior que habita numa floresta bastante escura]".

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Noah &...The Whale

Sou facílimo, preocupantemente fácil, com bandas de que gosto. Noah & The Whale é uma delas. Rendo-me instantaneamente. E nem é pela graça do nome da banda, que a tem, acreditem que a tem. Também não é pela sonoridade das músicas, pela mistura instrumental, pela voz de Charlie Fink, nem pelo simples facto de me fazerem lembrar os Coldplay em versão indie.

Gosto de Noah & The Whale, sobretudo porque as suas músicas são completamente instrumentalizadas pelo vocalista, que as usa para sair - ou para se afundar ainda mais - da fossa para onde o fim da relação com uma ex-membro da banda, Laura Marling (que também não canta nada mal, mesmo), o atirou. Por isso é que o Público descreve o seu último álbum como um dos melhores sobre dor de corno que já foi feito, porque apesar de ser sobre a dor de corno e a incapacidade de Charlie Fink para amar, a melodia não é triste. Talvez seja, por vezes, melancólica, mas as mais das vezes não o é, pelo contrário. E ainda, com jeitinho e no primeiro álbum, apanham-se músicas da altura em que estava todo apaixonadão, que são igualmente boas. Por isso, if your spirits are high, focus on the instruments; if they're not, melo-indulge yourself with the lyrics.

Lisbonska

E à medida que o tempo passa, mais vou percebendo que não estou em Lisboa; estou algures na Escandinávia, em pleno Verão, onde os dias são interminavelmente longos e as noites irremediavelmente curtas. O que, convenhamos, pode vir a ser bastante chato: primeiro, porque não vou conseguir votar nas autárquicas; depois, porque sou capaz de apanhar um resfriado, e não sei se estou preparado para os rigores de um eventual frio nórdico. Talvez seja melhor começar a pensar numa ida para a Índia - não só é mais quente, como diz que pelas bandas de Agra há um palácio à indiana com uma história gira por trás.


Há malta com MUITO tempo livre. E ainda bem. Especial atenção ao volte-face final, que me levou às lágrimas.

Nobel da Paz

Barack Obama wins Nobel Peace Prize.

Boa. Não, a sério. Boa. Não te chega seres Presidente dos E.U.A. e jogares ao mesmo tempo no Benfica e no Porto, ainda que em posições não muito diferentes para não dar muito nas vistas?Guloso do caraças. Também queres as taças e as medalhas que tenho no quarto? E o meu diploma de curso, também?

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

The Dodos - Visiter



Ritmo frenético da guitarra, contrastante com a voz. It's fucking guay.

Gostava, muito rapidamente e porque tenho de ir continuar a trabalhar no idioma de Napoleão, de dar os parabéns a Serge Gainsbourg, uma vez que concluí tratar-se do único homem que consegue não ficar completamente homossexual a falar francês. Moi, je suis proche aussi. Félicitations, cher ami.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Wrong and wrong


Kate Beckinsale Is the Sexiest Woman Alive.

Antes de mais, não é a primeira, é a segunda. Para a próxima, perguntem-me antes de se porem aí todos lampeiros a disparar prémios de sensualidade, só porque são uma revista.

E boa, façam a notícia e nem sequer mencionem o meu nome, que ando a defender a causa desta senhora faz anos, qual paladino de fanfa. Nem um "Credits for this award go to Rosé Mari" ou coisa do género.

A Selecção é de todos

Jovem, estás à deriva? Sentes-te perdido e sem rumo, em Portugal ou no estrangeiro, a vaguear por um clube de meio da tabela, ou até pior? Não desesperes mais, há um lugar para ti na Selecção Nacional. Alista-te e junta-te a ilustres medíocres como Nuno Assis, Edinho, César Peixoto e Pedro Mendes.

O quê? Continuas cabisbaixo por não seres de nacionalidade portuguesa? Deixa-te disso, pois a equipa de todos nós não olha a cores, credos, raças, talento nem nacionalidades.

Não percas mais tempo, junta-te a nós e vem fazer de Portugal uma equipa espectacularmente fraquinha.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

BBC Radio 1 Live Lounge



Vale a pena explorar esta senhora, vocalista dos The Noisettes. E com um gajo assim na bateria, vale sempre a pena. Assim de repente gostava de ser bife, só para poder ouvir este programa da BBC Radio 1 a caminho do escritório.

Neca and necast

O vocalista destes gajos tem um picanço com o dos We were promised jetpacks a ver quem consegue ficar com mais cara de neca em videoclips. Desde que continue a cantar assim, fine by me. Gosto sobretudo a partir dos 2'36''.

E talvez a música até nem seja nada do outro mundo. Mas já deviam todos saber que uma música é muito mais do que um simples conjunto de notas e / ou uma voz cantada. A música não entra só pelos ouvidos, entra também pelos outros sentidos, que a "ouvem" da maneira que sabem e conseguem. E, por isso, para mim esta música é das melhores coisas que tenho ouvido nos últimos tempos. Não seria, mas passou a ser: cheira a mar numa tarde de Outouno fria q.b., entre outras coisas.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

I'm not responsible for this post

:)

1.401 dias, 5 horas e 56 minutos - ou 916 posts - sem esta coisa ridícula que dá pelo nome de smiles. Isto é claramente carregueira a mais, só pode. Ou a menos.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Duck season was not until March

À procura de filmes no Cinecartaz, deparei-me com este: Caçadores de Vampiras Lésbicas. Imagino dois amigos à conversa, já com um nível de substâncias psicotrópicas na marmita bastante acima da média:

«- Vamos fazer um filme?
- Eish, isso era brutal...
- Pois era!E vamos fazer um filme de quê?
- Hum...já sei!Um filme de vampiros, como aquela série que deu na RTP2 quando éramos putos, a Vamp.
- A Vamp? Epah isso é só a melhor série de sempre! Quando era puto, depois de ver os episódios, fingia que mandava uns raios das mãos iguais aos deles.
- Era a Vamp e o Carrossel!
- Pois era...
- Mas falta aí qualquer coisa. 'Bora fazer um filme com caçadores de vampiros, mas os gajos têm de andar armados até ao tutano, com bazookas às costas, pistolas nos pés e uma coisa qualquer que os faça voar.
- Voar?Porquê?
- Então os vampiros não voam? Como é que queres que eles os apanhem?
- Bem visto, realmente.
- E uns óculos com infra-vermelhos para verem à noite.
- Isso.
- E conhecimentos de kung-fu superiores aos do Chuck Norris.
- Isso não só é impossível, como é estúpido.
- Tens razão.»
(algumas substâncias psicotrópicas depois)
«- Mas assim continua igual à Buffy...
- (...)
- E se em vez de vampiros forem só vampiras?
- De que é que estás a falar?
- Do filme.
- Ah!Foda-se, óbvio que sim.
- Mas e depois as vampiras safam-se com quem? Com os caçadores? Tem de haver cambalacho.
- Isso não pode ser.
- Pois não, porque assim ias acabar por ter vampiros, e só podem haver vampiras.
- Já sei...as vampiras são todas lésbicas.
- Exacto!E óptimas!
- Claro. Elisha Cuthbert, Jennifer Connely, Demi Moore, Megan Fox...E pode haver uma que não seja tão óptima mas que seja uma raçuda do caraças.
- Sim, aquela que dá origem a discussões intermináveis entre nós, primeiro sobre ela, e depois sobre outras miúdas parecidas e igualmente polémicas, usadas como termo de comparação para justificar a opinião dada. E o nome do filme?
- Os Caçadores de Vampiras Lésbicas!
- Impecável, é catchy pa' caraças. Agora só falta arranjarmos uma equipa de filmagem, realização e produção que esteja tão janada como nós estamos agora.»

Pelos vistos encontraram.

Bueno dias



UNESCO declara o tango Património Imaterial da Humanidade.

Piazzola, Gardel e Gotan Project agradecem. Não ir, acho que chega a ser falta de respeito.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

And counting

Quantos Tejos tem o Tejo?

Let them be merry

Continuo na minha, Falcao é fortíssimo de cabeça, mas não é bom - não pode ser bom - com a bola nos pés. O que não implica, como se viu ontem, que não possa ser bom de calcanhar. São coisas diferentes, or so I hope.