quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

Garden state



Ele não está muito para ali virado. Até que ela lhe arranca o primeiro sorriso, e ele interessa-se.

A música, sempre a música, vem à conversa, traz-lhe ritmo. You gotta hear this one song - it'll change your life. Ele olha como quem gosta, ela ri-se como quem não está habituada a fazê-lo. Ri-se com um sorriso que tem medo de sorrir, que está escondido e sai aos poucos por não estar habituado a sair, por não estar confortável em ser chamado para se juntar aos olhos - que eles também se riem e é o sorriso mais genuíno que existe - acostumado que está a rir para disfarçar a tristeza.

Ela percebe que ele gosta, e então o sorriso esconde-se, nervoso que estava por não ser o do costume, por ser um sorriso penetra, mas não desaparece, vai para dentro continuar a rir-se, e pela primeira vez ela percebe o que é estar feliz por dentro. Quanto a ele, já ouviu tudo o que tinha a ouvir, tudo o que precisava de ouvir, sem que no entanto o soubesse, para que a sua vida nunca mais fosse a mesma. E o gajo nem chegou a ouvir o refrão.


and if you'd 'a took to me like
a gull takes to the wind
well, i'd 'a jumped from my trees
and i'd a danced like the king of the eyesores
and the rest of our lives would 'a fared well

Poderão coisas pequenas mudar de uma forma tão grande a nossa vida? Um filme espectacular, com uma banda sonora ainda melhor.

(Mind the stupid, albeit funny, subtitles)

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

Bossa N' Marley



Bossa Nova com Bob Marley, uma voz apaixonante, uma batida hipnotizante, letras espectaculares. CD incrível, música que cria ambiente até no sítio mais inóspito, download obrigatório.

Momentos

Tinha este site no histórico do meu firefox, não sei quem viu, como descobriu, mas é algo de ridículo, daquele ridículo muito fraquinho.

sábado, 24 de fevereiro de 2007

Conclusões de uma tarde de Erasmus em casa

O tubarão-martelo é o caixa de óculos dos tubarões, de certeza que quando era puto era enxovalhado pelos outros tubarõezinhos.

Libera Geraldo

Geraldo: «Mourinho gostava muito de mim...»

"Dizia que queria jogadores com o nosso perfil e formados no clube para recuperar a mística"

"Há um capítulo em que ele se refere a nós como sendo os ‘Irmãos Metralha’, o que prova bem o carinho que tinha por todos."

"Foi inesquecível. Meteu-me nos últimos minutos quando tinha jogadores mais experientes no banco"


Aposto que o Geraldo, depois da sua saída semanal ao domingo para o W, quando se rende aos prazeres do álcool, manda mensagens ao Mourinho a dizer que está com saudades dele e que lhe apetecia treinar com ele. E que quando vê o Mourinho com outros jogadores diz que entende que ele faça isso porque sempre tiveram metas diferentes.

Mais ainda, sempre que o Mourinho corrige o Terry ele fica ciumento porque sente que ele só está a ser mau para o Terry porque não está lá o Geraldo, que tinha um futuro brilhante à sua frente mas que como não ia à bola com o Fado acabou no Paços de Ferreira, "estou num sítio onde sou bem tratado e pagam-me a tempo e horas", diria um frustrado Geraldo como que para esconder uma pretensão oculta, rídicula talvez para a maioria mas não para ele, protegido de Mourinho em pensamentos, de estar nesta altura a jogar pelo Chelsea.

Pobre Geraldo...

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

Sem título

Sempre que alguém me pergunta "quem és?", tenho uma vontade incrível de responder cantarolando "sou um ser que odeias, mas que gostas de amar".

Não tenho a música, atenção, mas lembrei-me disso agora. Ia ser giro, sempre se podia dar alguma utilidade a essa música ridícula.

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

A moeda ao ar


"Tenho esta moeda desde a República Checa, deve ser um prenúncio, tenho de confiar no destino e fazer moeda ao ar."

"Vais decidir isso assim?"

"Claro, assim tenho alguém para culpar."

"O tempo é sim, o fogo é não."

"Ao contrário, o fogo é sim, o tempo é que é não, porque tempo tens muito."

"Tens razão."


Os dois segundos e uns quantos centésimos que se juntam à contagem sem serem convidados e que preenchem aquele instante, que parecem demorar um ano, a moeda que gira vezes sem conta no ar. Tempo. Fogo. Tempo. Fogo. A moeda que muda de ideias constantemente, despreocupada e desinteressada com o resultado final, como se estivesse a fazer uma coisa de que não gosta, para a qual não foi originalmente concebida, e que como tal não o faz com interesse e empenho, aproveitando sim para utilizar cada volta que dá para provocar quem lança, para que da próxima vez se lembre que ela não está ali para isso, mas sim para pagar um ovezi que ficou por comer, ou um tequilla gold que ainda está à espera no bar para ser pago. Tempo. Fogo.

"Tempo."

Espertalhão este destino, sabe muito, anda cá há muito tempo. Bem jogado.

Llegado de Sitges

VIAJAR ES MARCHARSE DE CASA
ES DEJAR LOS AMIGOS
ES INTENTAR VOLAR
VOLAR CONOCIENDO OTRAS RAMAS
RECORRIENDO CAMINOS
ES INTENTAR CAMBIAR

VIAJAR ES VESTIRSE DE LOCO
ES DECIR "NO ME IMPORTA"
ES QUERER REGRESAR
REGRESAR VALORANDO LO POCO
SABOREANDO UNA COPA
ES DESEAR EMPEZAR.

VIAJAR ES SENTIRSE POETA
ESCRIBIR UNA CARTA
ES QUERER ABRAZAR
ABRAZAR AL LLEGAR A UNA PUERTA
ANORANDO LA CALMA
ES DEJARSE BESAR

VIAJAR ES VOLVERSE MUNDANO
ES CONOCER OTRA GENTE
ES VOLVER A EMPEZAR
EMPEZAR EXTENDIENDO LA MANO
APRENDIENDO DEL FUERTE
ES SENTIR SOLEDAD.

VIAJAR ES MARCHARSE DE CASA
ES VESTIRSE DE LOCO
DICIENDO TODO Y NADA CON UNA POSTAL.
ES DORMIR EN OTRA CAMA
SENTIR QUE EL TIEMPO ES CORTO
VIAJAR ES REGRESAR.

Gabriel Garcia Marquez


Acabei de chegar do Carnaval de Sitges. Espectacular...ambiente de Erasmus all around, acompanhado da notícia que recebi enquanto esperava pelo comboio, que finalmente tenho habitación definitiva, transformou a noite em algo de increíble. Digamos que o calibre das máscaras que vi chutava as da minha festa para canto, com todo o respeito, agradecimento e admiração que tenho por elas.

terça-feira, 20 de fevereiro de 2007

As últimas 48 horas

Ou a descoberta do sentimento três pontinhos. Giro o gajo. Mas tramado. Grande amigo do arrepio, dizque é uma pândega sempre que os dois se juntam.

Barcelona: Memórias de la primera noche

I dance. I need space. I move. I stop. I enter. I close. I stand. I curve my head while standing. I don't wanna knee. I think. I can't think. I knee, with my head curved. Door is knocked. I leave. I climb the stairs. I leave again. I walk. I stop. My head is still curved. I hear sounds. I recognize. I join. I enter. (And) I start telling all these unavoidable steps of a person under the influence of alchool.

domingo, 11 de fevereiro de 2007

Valeu



Este é, provavelmente, o olhar querido mais sexy do mundo. Obrigado Fernanda Tavares!

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

Fw: Deco's Replacement

Para quem esteja interessado, comecei um blog da minha estadia em Barcelona durante os próximos 5 meses. Prometo actualizá-lo quando me apetecer.

Deco's replacement

Quanto a este, continuará em funcionamento claro.

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

Just in

Só amanhã é que me instalo em minha casa, por isso é que ainda não tiveram novidades da minha pessoa. Estou, neste momento, deitado no sofá de casa de uns amigos que cá estão em fim de Erasmus, a escrever isto com o computador em cima da barriga.

Sinto que ainda não estou em Erasmus, parece que tou de férias. Bem, já acabou o loading do That 70's Show, hasta luego.

domingo, 4 de fevereiro de 2007

sábado, 3 de fevereiro de 2007

Estamparente

"Hoje escrevi uma carta ao meu anjo da guarda..."

"E o tio pode saber o que é que escreveu?"

"Pode."

"O que é que dizia então?"

"Gosto muito de ti..."

"Tão querida. Sabe que a Tátá não consegue ver o seu anjo da guarda, mas ele tá sempre ao seu lado..."

"Eu sei tio, é porque ele é estamparente."


Foi mais um dia de despedidas, malas, o saco que não fecha, etc. Tenho a sensação que me ando a despedir das pessoas há 1 semana, parece que domingo é sempre amanhã. Curiosamente, de toda a gente a quem disse adeus, as que me mais me custaram foram as pessoas que provavelmente menos sentirão a minha falta, as filhas da minha irmã Filipa, porque o que querem é brincar e nem sequer ligam ao passar do tempo (a mais velha tem 4 anos). Apesar disso, o pensar que a próxima vez que as vou ver é em Julho, fez com que me apercebesse que vou estar 5 meses afastado desta realidade de Lisboa, de todas as rotinas, sítios, pessoas. E a despedida, que era suposta ser longa, encurtou-se rapidamente. "O tio vai aonde?", diziam elas.

A lei das desculpas por SMS

Quanto maior a mensagem, pior é a desculpa.

Fewer words are better words. Consequências de ter crescido na década do minimalismo...

O João (Costes) Dias

The way I see it, o João Dias tem duas opções: ou opta por querer ser o João Costes, porque João Dias já há muitos e João Costes é um nome que fica no ouvido; ou decide que ele é que é o João Dias, the João Dias, e que quer ficar conhecido como tal. Quer que o nome passe a ser, dali em diante, automaticamente associado à sua pessoa.

Post a propósito da ambição, da vontade de marcar a diferença, de escolher o caminho fácil ou aceitar o desafio.

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007

Há quem cante...


Tava a tomar banho e lembrei-me do Popeye. Vai daí, cheguei a duas conclusões:

- Nunca vi espinafres enlatados;
- Se a ideia é promover a importância de uma vida saudável para as crianças, dos vegetais e essas merdas, porque é que o Popeye tá sempre agarrado ao cachimbo?