"Hoje escrevi uma carta ao meu anjo da guarda..."
"E o tio pode saber o que é que escreveu?"
"Pode."
"O que é que dizia então?"
"Gosto muito de ti..."
"Tão querida. Sabe que a Tátá não consegue ver o seu anjo da guarda, mas ele tá sempre ao seu lado..."
"Eu sei tio, é porque ele é estamparente."
Foi mais um dia de despedidas, malas, o saco que não fecha, etc. Tenho a sensação que me ando a despedir das pessoas há 1 semana, parece que domingo é sempre amanhã. Curiosamente, de toda a gente a quem disse adeus, as que me mais me custaram foram as pessoas que provavelmente menos sentirão a minha falta, as filhas da minha irmã Filipa, porque o que querem é brincar e nem sequer ligam ao passar do tempo (a mais velha tem 4 anos). Apesar disso, o pensar que a próxima vez que as vou ver é em Julho, fez com que me apercebesse que vou estar 5 meses afastado desta realidade de Lisboa, de todas as rotinas, sítios, pessoas. E a despedida, que era suposta ser longa, encurtou-se rapidamente. "O tio vai aonde?", diziam elas.
sábado, 3 de fevereiro de 2007
Estamparente
Publicada por rosé mari às 21:57
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1 comentário:
Gostei disto.
ainda para mais, tenho uma prima pequenina que é a Tátá e por quem tenho o mesmo carinho
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