quarta-feira, 29 de abril de 2009

It gets better by the word

"For the comfort and well-being of all customers aboard United flights, we have aligned with other major airlines' seating policies relating to passengers who:
- are unable to fit into a single seat in the ticketed cabin;
- are unable to properly buckle the seatbelt using a single seatbelt extender; and/or
- are unable to put the seat's armrests down when seated.

If no unused seats are available on the ticketed flight, then the customer must either purchase an upgrade to a cabin with available seats that address the above-listed scenarios, or change his or her ticket to the next available flight and purchase a second seat in addition to the one already purchased. If a customer meeting any of the above-listed criteria cannot be accommodated next to an empty seat and chooses not to upgrade or change flights and purchase a ticket for an additional seat, he or she will not be permitted to board the flight."


Curto e grosso, isto é um resumo da política da United Airlines em relação aos gordos, which in turn can easily be summed up to "you might as well grow thinner, 'cause our seats sure ain't getting any larger". A fixação dos critérios é hílare, quase que imagino uma hospedeira a discutir com um obeso enquanto este tenta desesperadamente demonstrar que, sim senhora, consegue fechar o cinto.

Miyagi wouldn't have said it better



"But he also said something else...
Ah, I was afraid of that!
Carlo ignored the interruption, and his face glowed with sudden ardour.
...That there's only one corner of the universe you can be certain of improving and that's your own self. Your own self, he repeated. So you have to begin there, not outside, not on other people. That comes afterwards, when you've worked on your own corner. You've got to be good, before you can do good - or at any rate do good without doing harm at the same time. Helping with one hand and hurting with the other - that's what the ordinary reformer does.
Whereas the truly wise man, said Eustace, refrains from doing anything with either hand.
No, no, the other protested with unsmiling earnestness. The wise man begins by transforming himself, so that he can help other people without running the risk of being corrupted in the process."


Aldous Huxley - Time Must Have a Stop

terça-feira, 28 de abril de 2009

Fool me twice, shame on me; fool me thrice...

Serei eu o único a achar que, entre o mesmo vírus que viaja, num ano nas asas de uma ave, no outro entranhado na banha de um porco, ao que se junta a história das vacas loucas, se há alguém louco e / ou doente no meio de tudo isto, não serão certamente os animais, os irracionais, os não-homens (é cada vez mais difícil separar uns de outros)?

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Bienvenue chez les ch'tis

No Porto é tudo Optimus...

In vino veritas, fim-de-semana épico!

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Here comes the sun

FESTIVAL SUDOESTE
Zambujeira do Mar, de 5 a 9 de Agosto

6 de Agosto: (...); The National; Marcelo Camelo; Mallu Magalhães.

7 de Agosto: (...); Madcon.

9 de Agosto: (...); Amadou and Mariam; Basement Jaxx.

É bom ver que este ano não é o gajo das pipocas a fazer o cartaz do Sudoeste.

E já agora, isto:

FESTIVAL MÚSICAS DO MUNDO
Castelo de Sines, Julho



25 de Julho: Lee Scratch Perry.

Por este andar, vai ser um Verão a conjugar o verbo carregar.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Modern piracy


Hint: Take a look at his hand.

"Sim senhor, sou pirata, até sou rapaz para mandar uma ou outra golada de rum, estuprar umas quantas sílfides e inclusivamente saquear para lá da meia dúzia de embarcações numa semana, mas às 8:30 da noite tenho de estar em casa que a patroa não espera e hoje ela fez um matapá de abóbora que é de ir ao céu em menos tempo que um rocket. É uma cozinheira de mão cheia." (confessou-me, com um ar lambuzado)

This just in

A Autoridade da Concorrência acha que o lance do Pepe não foi penalty.

Um gajo que aos 87 minutos, com 2-2 no Barnabéu, faz isto...



e diz isto: "Pensé que tirando así lo metería. Creí que el portero se tiraría antes y quería estar más frío que él. Lo he ensayado muchas veces y pensé que era la forma más segura de meterlo.",

merece isto.



No mínimo. Onde é que será que o nosso amigo Képler Laveran Lima Ferreira, português de gema, aprendeu semelhantes talentos?

a) Nas aulas de capoeira em Maceió, Brasil
b) No jantar de Natal de 2002 dos condutores de carros de cestos - é festa rija, diz que chegam inclusivamente a largar umas quantas bichas de rabear - do Funchal
c) Nos treinos matinais de quarta-feira do Porto, ministrados alternativamente pelo Paulinho Santos e pelo Fernando Couto

terça-feira, 21 de abril de 2009

Rubrica "Quem são estes gajos que vão ao Optimus Alive?"

O nome é auto-explicativo.
Já as bandas, não.
Quer dizer, mais ou menos.
Eu ajudo. Ou tento, on a when I feel like it basis.

Os primeiros são os Gaslight Anthem, ou os The Gaslight Anthem, caso padeçam da síndrome El Corte Inglés. Americanos, com algo de Interpol e Killers, ou The Killers, sobem ao palco no dia 10 de Julho. As horas? Sei lá, vão ver.

Gossip





A liposuction away from stardome.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Megawati Sukarnuputri, por que esperas?

Boutros Boutros-Ghali
Kofi Annan
Ban Ki-moon

The UN is currently looking for a new secretary-general. All candidates wishing to apply for the post must meet the following criteria:

- Fluency in a minimum of four languages, including English;
- Either an unpronounceable or riddiculous name (having both automatically grants you access to the second stage);
- Average experience handling diplomatic affairs (optional).

Truly yours,

The UN

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Menina Júlia


Gostaria de assistir a tudo e pôr tudo de pernas para o ar para ver o que se encontra no fundo. Penso que somos tão intrincados, tão profundamente dominados que não nos poderemos libertar sem antes incendiar e mandar tudo pelos ares, começando a partir do zero.

August Strindberg


Estreou ontem, no Teatro Nacional D. Maria II, Menina Júlia, de August Strindberg. Mais uma vez me assumo como um leigo, quanto a tudo em geral e no teatro em particular, pelo que o conselho que vos dou de irem imediatamente ver esta peça pode revelar-se um rotundo, por mais improvável que esse cenário me pareça, tiro nos pés.

Uma noite, entendida no sentido de um dia prolongado até à manhã seguinte, é a duração temporal da peça, onde Beatriz Batarda, a menina Júlia, se agiganta e se diminui constantemente de forma esquizofrénica. À excepção do princípio bucólico, o ritmo da acção é frenético, quase avassalador.

Brilhante. Uma tragédia disfarçada de comédia, num confronto contínuo e cru de classes e sexos, com diálogos geniais, interpretações ainda melhores, luz a condizer e aquela sensação irresistível que a percepção do abismo e pouco mais coisas na vida provocam a qualquer pessoa. Bem vistas as coisas, a fórmula é bastante simples: é a vida no seu estado mais cru, sem capas nem subterfúgios, com uma história de amor - o que é o amor? - que não o é, condenada ao fracasso. E no fim, como manda a vida, vem a redenção, venha ela de que forma vier. De puta madre.

E Strindberg tinha razão, os estados de alma e a comunicação não precisam de gestos, movimentos ou palavras, basta uma expressão no rosto. Ou duas, que se vão encontrando casualmente.

Ode ao gillet

Meus caros, mais uma vez dei um passo em frente: adoptei o cardigan, vulgo gillet, para companheiro do meu descanso nocturno. Transmito-vos a boa nova, aliás, já na horizontal, com a plena convicção de que a mesma vos proporcionará um substancial incremento na vossa qualidade de vida.

Sim, também eu acharia esta novidade algo sensaborona, se para mim o gillet mais não fosse que um mero instrumento de credibilização intelectual em noites de lazer; semelhante visão seria, porém, no mínimo injusta, certamente redutora e não menos ofensiva da tranquilidade onírica oferecida por este amigo acasacado repleto de botões - desde que o comecei a usar que passei a sonhar com sotaque britânico, tendo contratado recentemente um butler de nome Albert. Meus amigos, melhor que isto, é difícil, sobretudo quando tamanha felicidade é despoletada por acto tão cândido.

E acordar de gillet?, perguntam vocês atabalhoadamente - espero que por esta hora já se tenham apressado até ao armário e retirado um dos vossos vários gillets; tudo o mais é tempo perdido - enquanto tentam contornar o indispensável e respeitoso ritual de abotoar o vosso soon to become best friend, tal é a pressa de se renderem aos seus encantos. Pois a resposta, fiquem sabendo, tem tanto de genuína como de óbvia e fantástica, características comuns às melhores coisas da vida: quem adormece de gillet, nunca mais acorda verdadeiramente. Isn't that right, Albert? Yes, Master. Oh Albert, enough with that Master jibberish, old sport.

domingo, 12 de abril de 2009

Amigdalitis

- Então meu caro, que é que fizeste hoje?

- Convidei uns amigos para virem jogar andebol na minha garganta, e tu?

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Mankind is no island



Vencedor do Tropfest NY 2008 (festival de curtas metragens, de origem australiana, que todos os anos tem um símbolo que deve estar nos filmes - que têm de ser inéditos -, para garantir que foram feitos propositadamente para o festival); o símbolo era o girassol.

On and on and on and on and on and on

No dia em que me fartar de Postal Service - que esse dia nunca veja a sua própria luz - serei certamente um gajo bastante mais nebuloso.

And I want life in every word
To the extent that it's absurd.

domingo, 5 de abril de 2009

primeiros a escrever num blog duma casa de banho do lux.

sábado, 4 de abril de 2009

Talk nerdy to me



Se a vida fosse um MMORPG, acho que agora era daqueles momentos em que subia de nível e ganhava sensivelmente +7 de Style, +2 de Agility e um Skill qualquer macabro.

Resta saber quanto tempo é que vou demorar a partir ou a perder o Valdemar, fenómeno cósmico que acontece sempre que decido comprar qualquer coisa ligeiramente mais dispendiosa. É verdade, chama-se Valdemar. -1 de Style, eu sei, mas o senhor da loja é que me disse que se chamava Valdemar - o telefone, não o senhor da loja. Espera lá, se calhar era o senhor da loja...naaa.

A venda é um plus



Agora já percebem?

sexta-feira, 3 de abril de 2009



Já sei que vou chegar atrasado ao jogo, but to hell, well, not to hell, to purgatory with it, let it linger without exactly burning since I still wanna play. Isto tem de sair agora, exactamente agora, porquê não sei, mas tem de ser agora:

Às vezes fecho os olhos e vejo-te. Não sei muito bem quem és, vejo-te de perfil, com os braços semi-erguidos e com um dos cotovelos, o esquerdo, a esconder-te a cara, mas não os cabelos, lisos e ao vento, cujo cheiro me inebria; danças, danças sobre o teu próprio mistério, indiferente a tudo o que não seja a música que te faz dançar. E danças ao som, não de uma música qualquer, mas de Kids, dos MGMT, exactamente, a música que hei-de mostrar aos meus nossos putos quando começarem a ser gente, por todas e mais algumas razões, mas principalmente para que eles percebam que a vida é deles e de mais ninguém. Continua a dançar, depois continuamos a conversa.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

A mão à palmatória

Esta Playboy é o paradigma do potencial da gestão de expectativas: até ter visto a capa, estavam altíssimas, sky high, para imediatamente serem abalroadas pelo torcicolo da Mónica Sofia e o fundo escolhido (que fundo é aquele?), vindo por aí abaixo desenfreadas. Encostaram lado a lado com a expectativa que precede uma ida para a Costa a um domingo às 2 da tarde no meio de Junho, com direito a suor nas costas e tudo.

Foi neste estado de espírito - alentado apenas por uma referência fugaz e alheia a miúdas praticantes de horseball - que se viu assaltado, aquando da chegada ao quiosque, por uma repentina timidez, comparável apenas às primeiras compras de preservativos - who am I kidding, a todas -*, que comprei a Playboy. Na altura, fi-lo quase por obrigação: diga-se o que se disser, a primeira Playboy portuguesa é um acontecimento na nossa púdica e conservadora história social. Se a isto somarmos umas quantas gajas descascadas, a aquisição da mesma ganha contornos de imperativo categórico para qualquer gajo que por aí ande. Adiante.

Pois bem, é meu parecer que a revista não está nada mal, muito pelo contrário. Superou as minhas expectativas, e quando assim é, é sempre bom, mesmo que seja uma merda; o que, reitere-se, não é o caso. Aprovadíssima(s), ergo, retiro o que disse em post anterior, oferecendo desde já a minha mão à palmatória.


* Estava lá tudo: a voz tremida e os três olhares três, sequenciais: o que se segue ao pedido, perdido no vazio horizontal; o olhar seguinte, aquele que se dirige à senhora de meia-idade que consegue estar SEMPRE ao nosso lado nestas alturas, só para vermos se ouviu ou não o que acabámos de dizer, como se isso fizesse imensa diferença no seu dia; e o terceiro, aquele que espera uma reacção, qualquer reacção, da vendedora, porque também é sempre uma vendedora.

Domani



Il passato è una terra straniera