Já sei que vou chegar atrasado ao jogo, but to hell, well, not to hell, to purgatory with it, let it linger without exactly burning since I still wanna play. Isto tem de sair agora, exactamente agora, porquê não sei, mas tem de ser agora:
Às vezes fecho os olhos e vejo-te. Não sei muito bem quem és, vejo-te de perfil, com os braços semi-erguidos e com um dos cotovelos, o esquerdo, a esconder-te a cara, mas não os cabelos, lisos e ao vento, cujo cheiro me inebria; danças, danças sobre o teu próprio mistério, indiferente a tudo o que não seja a música que te faz dançar. E danças ao som, não de uma música qualquer, mas de Kids, dos MGMT, exactamente, a música que hei-de mostrar aos meus nossos putos quando começarem a ser gente, por todas e mais algumas razões, mas principalmente para que eles percebam que a vida é deles e de mais ninguém. Continua a dançar, depois continuamos a conversa.
sexta-feira, 3 de abril de 2009
Publicada por rosé mari às 21:17
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8 comentários:
E se já encontraste essa pessoa mas não deste conta? E se nunca a encontrares? É essa a verdadeira tragédia das relações, o que é misterioso deixa inevitavelmente de o ser e a maioria das pessoas acaba sempre por dançar ao som de outra música que não a sua, sooner or later. Mas também é aí que está toda a graça, sempre na esperança que seja desta. É por isso que tento sempre. Não me dou ao luxo de não o fazer (optimismo com reservas).
amanhã respondo-te em condições, tudo o que disser hoje mais não será que um emaranhado de palavras etílicas.
Respondes?
respondo sim.
pois eis a adiada resposta:
sou de crer que desencontros como os que referiste, a acontecerem, terão lugar na adolescência, quando ainda somos um work in progress - bem sei que o somos sempre, mas eu pelo menos acho que já assentei sobre aquilo que procuro numa mulher, enquanto que há 4 ou 5 anos não tinha a mínima noção; aliás, nem sequer pensava nisso.
Por isso é que acho que se ela aparecer, percebê-lo-ei, espero. Contudo, isso não significa que as coisas resultem obrigatoriamente, porque não nos podemos esquecer que eu posso muito bem não ser o ideal de homem para ela: é o chamado melão.
Quanto à possibilidade de nunca a encontrar, pode muito bem acontecer. Por alguma razão tantos casamentos falham. Deixas-te levar numa relação, dás por ti, estás em idade para casar, juntas trapos e passado algum tempo percebes - ou confirmas - que não vais conseguir viver a vida toda com essa pessoa.
O problema está em assumir isso, em ter a coragem para aceitar que nem todas as relações têm necessariamente de resultar, ou pelo menos não têm de resultar para sempre - em aceitar a efemeridade de algumas coisas, sem associar esse "falhanço", que o não é, a um fracasso pessoal.
E como dizes, bem, if you never try it, then you'll never know it...
Não concordo. Não tenho um protótipo de pessoa ideal. Acho redutor. Isto porque há pessoas que surpreendem e outras que desiludem... E como não podes conhecer toda a multiplicidade de personalidades que existem (aliás, acho que é difícil conhecermo-nos a nós - muitas vezes só postos perante as situações é que vemos até onde vamos -, quanto mais aos outros), como é que sabes que essa pessoa tem de ser de uma determinada maneira? Eu não sei.
Claro que não sabes, por isso é que arriscas, conheces a pessoa, e logo vês.
O que estava a querer dizer é que há muita gente - a maioria - que se deixa acomodar, em vez de assumir que it takes a few wrongs to make a right, e com essa atitude lassa acaba por viver uma vida sem qualquer tipo de chama.
E o facto de ter o meu ideal de mulher não me impede de...o ir confirmando, até porque se não atravessares a barreira física nunca saberás verdadeiramente se ela é Ela.
sexta feira 3 de abril de 2009
and now do you know who i am?
acho que deixamos qq coisa a meio...nao?
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