sexta-feira, 3 de abril de 2009



Já sei que vou chegar atrasado ao jogo, but to hell, well, not to hell, to purgatory with it, let it linger without exactly burning since I still wanna play. Isto tem de sair agora, exactamente agora, porquê não sei, mas tem de ser agora:

Às vezes fecho os olhos e vejo-te. Não sei muito bem quem és, vejo-te de perfil, com os braços semi-erguidos e com um dos cotovelos, o esquerdo, a esconder-te a cara, mas não os cabelos, lisos e ao vento, cujo cheiro me inebria; danças, danças sobre o teu próprio mistério, indiferente a tudo o que não seja a música que te faz dançar. E danças ao som, não de uma música qualquer, mas de Kids, dos MGMT, exactamente, a música que hei-de mostrar aos meus nossos putos quando começarem a ser gente, por todas e mais algumas razões, mas principalmente para que eles percebam que a vida é deles e de mais ninguém. Continua a dançar, depois continuamos a conversa.

8 comentários:

Anónimo disse...

E se já encontraste essa pessoa mas não deste conta? E se nunca a encontrares? É essa a verdadeira tragédia das relações, o que é misterioso deixa inevitavelmente de o ser e a maioria das pessoas acaba sempre por dançar ao som de outra música que não a sua, sooner or later. Mas também é aí que está toda a graça, sempre na esperança que seja desta. É por isso que tento sempre. Não me dou ao luxo de não o fazer (optimismo com reservas).

rosé mari disse...

amanhã respondo-te em condições, tudo o que disser hoje mais não será que um emaranhado de palavras etílicas.

Anónimo disse...

Respondes?

rosé mari disse...

respondo sim.

rosé mari disse...

pois eis a adiada resposta:

sou de crer que desencontros como os que referiste, a acontecerem, terão lugar na adolescência, quando ainda somos um work in progress - bem sei que o somos sempre, mas eu pelo menos acho que já assentei sobre aquilo que procuro numa mulher, enquanto que há 4 ou 5 anos não tinha a mínima noção; aliás, nem sequer pensava nisso.

Por isso é que acho que se ela aparecer, percebê-lo-ei, espero. Contudo, isso não significa que as coisas resultem obrigatoriamente, porque não nos podemos esquecer que eu posso muito bem não ser o ideal de homem para ela: é o chamado melão.

Quanto à possibilidade de nunca a encontrar, pode muito bem acontecer. Por alguma razão tantos casamentos falham. Deixas-te levar numa relação, dás por ti, estás em idade para casar, juntas trapos e passado algum tempo percebes - ou confirmas - que não vais conseguir viver a vida toda com essa pessoa.

O problema está em assumir isso, em ter a coragem para aceitar que nem todas as relações têm necessariamente de resultar, ou pelo menos não têm de resultar para sempre - em aceitar a efemeridade de algumas coisas, sem associar esse "falhanço", que o não é, a um fracasso pessoal.

E como dizes, bem, if you never try it, then you'll never know it...

Anónimo disse...

Não concordo. Não tenho um protótipo de pessoa ideal. Acho redutor. Isto porque há pessoas que surpreendem e outras que desiludem... E como não podes conhecer toda a multiplicidade de personalidades que existem (aliás, acho que é difícil conhecermo-nos a nós - muitas vezes só postos perante as situações é que vemos até onde vamos -, quanto mais aos outros), como é que sabes que essa pessoa tem de ser de uma determinada maneira? Eu não sei.

rosé mari disse...

Claro que não sabes, por isso é que arriscas, conheces a pessoa, e logo vês.

O que estava a querer dizer é que há muita gente - a maioria - que se deixa acomodar, em vez de assumir que it takes a few wrongs to make a right, e com essa atitude lassa acaba por viver uma vida sem qualquer tipo de chama.

E o facto de ter o meu ideal de mulher não me impede de...o ir confirmando, até porque se não atravessares a barreira física nunca saberás verdadeiramente se ela é Ela.

Anónimo disse...

sexta feira 3 de abril de 2009

and now do you know who i am?

acho que deixamos qq coisa a meio...nao?