segunda-feira, 2 de abril de 2007

Dogma social II

Sempre que vamos para a noite a achar que nos vamos safar, nunca nos safamos


Decidi promover este também, como o outro das gajas que gostam de "gatinhos". Ambos são cientificamente inquestionáveis.

"Mas, Rosé, porquê o achar assim a puxar para o escurinho?" Simples, caro single-serving blog friend, porque o mesmo não se aplica àquelas noites em que se vai sair com o engate já feito, em que só falta dizer uma ou outra coisa certa, ou esperar que o álcool faça de íman e junte dois corpos. Nesses casos, não achamos que nos vamos safar, sabemos que nos vamos safar, logo o dogma não se aplica.

A linha que separa os dois estados de espírito é ténue, mas altamente identificável. Não é uma questão de confiança, mas sim de atitude inconsciente. Achamos que nos vamos safar quando vamos para a noite com isso em mente, quando nos falaram duma amiga duma amiga que também vai e tem 35 gatinhos em casa. Nessas situações, por estranho que pareça, as probabilidades de safanço passam a 0.

Agora, se não soubermos quem é a amiga da amiga, nem a sua paixão por felinos, e formos com o único objectivo de beber uns copos e desbravar uma grande noite, aí, meus amigos, uma coisa é certa: vai haver escândalo.

posted @ 04:15

2 comentários:

El-Gee disse...

Nao estou muito de acordo com isto. Ia dizer que nao estou NADA de acordo, mas ha que esclarecer.

De facto, quando um gajo ACHA que se vai safar, raramente se safa. Ja quando um gajo nem pensa em safar-se, ha possibilidade de tal acontecer.

Agora, estás a esquecer a hipotese mais confiante que é: ir sair à noite PARA se safar.

Devo dizer que este ultimo posicionamento estratégico é o que permite maior taxa de sucesso, pelo que a probabilidade de um gajo se safar corresponde ao seguinte padrao de estados de espirito:

quando um gajo sai para se safar > quando um gajo so quer ir beber copos > quando um gajo acha que se vai safar

(este simbolo ">" é o simbolo matemático para "maior que")

Quando um gajo sai para se safar, em primeiro lugar tem um objectivo que quer cumprir e em segundo lugar vai confiante. (Em terceiro lugar, baixa a exigencia, caindo facilmente no "vou fazer tudo o que mexe!")

Enfim.

rosé mari disse...

não cheguei a abordar o sair para se safar, porque aí a situação é completamente diferente, porque ao baixarmos os padrões de exigência as possibilidades de sucesso sobem, se bem que não ao mesmo nível que a nossa vontade de nos safarmos.

isto estava mesmo relacionado com aquelas noites em que vamos à espera de nos safar, ou porque nos falaram de uma gaja qualquer, ou porque estamos especialmente para aí virados, mas sem entrar na atitude de cão esfomeado, porque aí claro que pinga sempre qualquer coisa, por maior/mais feia que seja.

e aí, acredita, não nos safamos, e porquê?Porque quer se queira quer não, playing hard to get é provavelmente a melhor arma de sedução que se pode ter.