sexta-feira, 21 de abril de 2006

Movimento anti-manifestações?

Detesto manifestações. Desculpem, detestar é um eufemismo, eu abomino manifestações, sejam elas de sindicatos, de universitários, ou de vilas que querem ser promovidas a concelho.

Razões não me faltam. Primeiro, porque 9 em cada 10 manifestações têm lugar ao lado de minha casa (moro ao pé da Assembleia para quem não sabe). O trânsito torna-se a modos que caótico, ruas são cortadas, mas o pior de tudo é mesmo ter de ouvir em casa durante horas a fio alguém (em regra um velho semi-careca de bigode farto e camisa aberta até ao peito, preso nos anos 70) a gritar a um megafone frases de índole comuna, do género "Professores unidos, jamais serão vencidos". Note-se que existem cerca de 5 frases, que suponho que devem constar de um qualquer manual de manifestações, passíveis de serem utilizadas em todas as manifestações, bastando para tal preencher o vazio com o grupo social/cidade/curso afectado;

Continuando, não suporto manifestações porque transpiram comunismo, são a meu ver uma das representações mais fiéis e precisas dessa ideologia, e de tudo o que daí resultou. Sindicatos, proletariado, protecção laboral, you name it. Sobretudo sindicatos.

Por fim, com o país numa situação económica deficiente, o que menos precisamos é de centenas de trabalhadores parados durante um dia inteiro(às vezes mais) sem produzir; e falando em dinheiro, é impressionante como todos os que participam na manifestação têm uma t-shirt, bandeirinhas sem fim, bonés, crachás, isqueiro, etc., com inscrições directamente relacionadas com o movimento, que, digo eu, custam dinheiro. Para não falar que, ao fim do dia, metade dessas bandeirinhas de merda acabam a voar pelo passeio da minha rua.

Bem sei que o direito à manifestação foi uma das conquistas mais importantes do 25 de Abril, que antigamente esta situação era impensável, pois as pessoas não podiam exprimir livremente a sua opinião quando esta intentasse contra a acção do Estado. Boa, parabéns, mas então que criassem um recinto próprio para manifestações, com uma acústica apropriada e caixotes de lixo para as bandeirinhas, acessos em condições, e tudo a que os manifestantes tinham direito. O problema é que o mais provável era que esses parasitas se viessem manifestar contra esse recinto. E onde?Adivinhem!

O que faço eu contra esta praga? Pouco, se bem que é complicado fazer mais. Sempre que vejo uma manifestação, abro a janela do carro e vocifero "VÃO MAS É TRABALHAR!", recebendo de volta vários olhares desaprovadores, misturados com uns quantos insultos. É preciso fazer mais! Proponho, como tal, a criação de um movimento anti-manifestações, para pôr cobro, de uma vez por todas, a esta séria ameaça.

ANTI-MANIFESTANTES, UNIDOS, JAMAIS SERÃO VENCIDOS!

3 comentários:

tiago disse...

Há uns tempos propus qualquer coisa do género também, era uma espécie de milicia anti-comunista, que provavelmente seria tambem anti-mitra, ainda ouvi uns "sim" mas o medo, creio eu, de se fazer algo pelo país foi mais forte. Concordo plenamente em formar esse grupo, essa firma, de modo a tornar Portugal num país mais forte, e sem merdas à mistura.
grd abraço

Francisco disse...

Fds tou mais q dentro. Sempre que o MAM (movimento anti-manifestações) souber de alguma manifestação, mobilizamo-nos tds para uma zona onde a manif passe e vamos lá mandá-los trabalhar e destabilizar aquela merda toda!!

Os dias das manifs pacíficas onde eles fazem o q querem, vão por onde querem e não têm ng a chateá-los os cornos, têm os dias contados...

Galiano disse...

Podes contar cmg! N ha merda mais de esquerda e menos democratica k fazer manifestaçoes. Pelo menos a 1ª manif de estudantes k apanharmos temos de entrar em acção