segunda-feira, 24 de abril de 2006

Carta aberta a Deus (a propósito do post anterior)

Deus,

Quando eu era puto tinha cabelo liso. Uma vez a minha empregada disse-me que quando eu era mais novo gozava com os meninos pretos que via na rua, apontava-lhes o dedo e dizia que eles eram pretos a rir-me.

Foi por isso que, com o passar dos anos, transformaste o meu belíssimo cabelo liso numa não menos atraente carapinha? É que se foi, avisa-me sff, não me apetece muito daqui a uns anos começar a cheirar a caril; ou ter uma vontade incontrolável de abrir uma loja para vender todo o tipo de bugigangas que não servem para nada.

Faças o que fizeres, peço-Te é que nunca me despertes o desejo de ir para o pé dos sinais da Castilho de balde e limpa-vidros na mão, tal como Te peço que nunca me faças desenhar corações num dos vidros do carro quando o condutor não me der nada.

Obrigado.

3 comentários:

Francisco disse...

Não tens hipotese. o gajo do post anterior és tu daqui a 15 anos!

Anónimo disse...

Caro Zé Maria,
não percebo o enfado. Fica-lhe tão bem o ar das ilhas...
cumps.

El Pibe disse...

mto bom