quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

O seu a sua dona

Às vezes enganamo-nos. Acontece. Mais frequentemente aos piores, é certo, mas também os ditos melhores não estão isentos do erro ocasional que os torna mais humanos. Como tal, é quase tão importante estar certo como saber reconhecer o erro, antes que seja tarde de mais. É tanto uma questão de nobreza como de damage control.

Pois bem, afinal o melhor bolo de bolacha do mundo não está na cafetaria da Cruz Vermelha. Não me interpretem mal: continua a ser um digníssimo representante dessa instituição nacional que é o bolo de bolacha, sem dúvida um dos mais egrégios. Agora, não é o melhor; esse mora para os lados de uma Cozinha que, ao contrário do que seria de esperar na confecção de um doce deste calibre, é assaz Económica. Ou talvez seja o mesmo, you never know.

Não obstante, e conforme mandam as regras, Palmatória, quem quer que sejas, toma a minha mão, e faz dela o que quiseres. Mas com jeitinho, faxavôre.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Children see, children do

Campanha da NAPCAN (National Association for Prevention of Child Abuse and Neglect), associação australiana. Bem sei que não somos só as nossas circunstâncias, mas não me parece haver dúvida que também as somos, e de que maneira. Não chego ao extremo de pensar que as crianças são um recipiente vazio que os pais e outros enchem; para mim, esse recipiente já lá tem qualquer coisa: tang, chocolate ou café em pó, groselha ou sunquick, you name it, que por sua vez se vai misturar com o que o mundo decidir despejar lá para dentro.

Uma ideia brutal. E a curiosidade também é isto.

Beach House - Used to be*


Podem já ir contando com esta música num anúncio qualquer nos próximos tempos. É um bom som, atenção; mas cheira a música de anúncio.


* ouvido num blog que vai dar que ouvir.

Psychological pandemic

Dr Wolfgang Wodarg, medical expert specialising in epidemiology and former Chair of the PACE Sub-committee on Health:

We were told this was a ‘flu which would threaten humanity, and millions would fall ill. This is why millions of dollars of medications were bought. The WHO basically held the trigger for the pandemic preparedness plans, they had a key role to play in deciding on the pandemic. Around 18 billion dollars was spent on this pandemic worldwide.

The definition of a pandemic was changed by the WHO last May. It was only this change of definition which made it possible to transform a run-of-the-mill ‘flu into a worldwide pandemic – and made it possible for the pharmaceutical industry to transform this opportunity into cash, under contracts which were mainly secret.

Millions were vaccinated for no good reason. It is not even clear that the vaccine had a positive effect, because it was not clinically tested.

In my view, the WHO undertook an incomprehensible action, which cannot be justified by the scientific evidence. The Council of Europe should investigate this to see how WHO can undertake this kind of dangerous nonsense.


Não tivesse eu visto com estes olhos que a terra há-de comer, e diria que coisas como a gripe A, o quarto canal e o Ricky Martin no quarto de uma fã zoófila não passavam de mitos urbanos.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Obrigado Ricardo

Ricardo, esta é para ti:


Já te estou a ver a sair de casa (onde moras? não interessa, vou assumir que é ali pelas bandas de Alcântara, porque a corrida matinal com uma névoa ribeirinha confere à cena todo um lado épico que me dá jeito), zangado com o mundo, o sol ainda a dormir e o frio nos ossos. Corres com o Rio Tejo - o único que te percebe verdadeiramente - ao teu lado por alguns momentos, até que, a dada altura, ouves a voz da névoa dizer-te "Vai, Ricardo". E tu vais; vais por ali fora, mas escolhes subir pela rua do Alecrim, porque entendes que mereces sofrer nos gémeos as consequências da tua irascibilidade. Passas pela Igreja do Loreto, para a qual olhas de esguelha, em busca de aprovação da tua expiação, e segues rumo à Rua do Ouro, que te faz lembrar os teus tempos áureos de pugilato contra homens de farto bigode.

Chegado aos Restauradores, começam-se a juntar os primeiros, que simpatizam com a tua causa. São sobretudo benfiquistas, que te querem agradecer não só pelo bilhete que mandaste no Artur Jorge, mas também pela mais recente picardia com aquele brasileiro sub-nutrido de que ninguém gosta. Sobes a Avenida da Liberdade, indiferente à multidão que te empurra sem mãos e, ao entrares no Marquês, dás duas voltas, simulando a conquista de um título de campeão nacional enquanto apelas, ao mesmo tempo, à compreensão do leão da estátua para os teus actos irreflectidos. Estimulado pelo efeito que a luz do sol, acabado de nascer, tem na folhagem e no farto relvado do Parque Eduardo VII, galgas a Fontes Pereira de Melo (cá estou eu, à janela, a incentivar-te; que se lixe, visto à pressa o equipamento que trouxe para ir ao ginásio e junto-me a ti), passas o Saldanha, e atravessas (atravessamos!) os Campos: primeiro o Pequeno, onde te recordas das inúmeras touradas a que assististe em Espanha enquanto estavas suspenso; depois o Grande, com cada vez mais pessoas a juntarem-se à tua corrida, a partilharem do teu sofrimento, e também tu sentiste a passagem, também tu te sentes maior, quase Grande.


Já em extâse, ao atravessares (ao atravessarmos!) a estação de metro do Campo Grande, não resistes a esmurrar um par de transeuntes que ousaram seguir a sua trajectória rotineira rumo ao metro sem te abrir passagem. Chegado (chegados!) a Alvalade, qual filho pródigo, sobes as escadas do Alvaláxia, degrau a degrau, aproveitando cada momento daquela escalada, para depois chegares lá acima, ao cume da tua montaha, e te virares para o Campo Grande, braços no ar, todo tu catarse, sangue suor e lágrimas (e uma ou outra bolha), com a multidão - na qual eu, já arfante, orgulhosamente me incluo - em total apoteose. Nesse momento, e nesse momento apenas, percebeste que não és tu que estás errado, o resto do mundo é que não parte para a porrada só porque as batatas a murro, de que tu, ironicamente, tanto gostas, não ficaram bem assadas, ou porque o Rui Patrício é fraquinho.

Apito de Latão

Isto (escutas de conversas do pinto da costa, antónio araújo, família loureiro, entre outros) é nojento:

Vídeo 1

Vídeo 2

Vídeo 3

Vídeo 4

Vídeo 5

Vídeo 6

Vídeo 7

Vídeo 8

Bem sei que o princípio da legalidade e seus corolários, aliada à dimensão garantística das normas penais - sejam elas de natureza substantiva ou adjectiva - podem levar a decisões destas, asquerosas. É o preço a pagar por vivermos numa sociedade onde a intervenção do direito penal é subsidiária e sujeita a um elevado controlo de legalidade, o que se explica pelas consequências nefastas que a discricionariedade ampla na investigação e acusação de um crime teria para a paz social (e não só).

No entanto, não deixa de ser chocante e, inexistindo condenação jurídica, que exista condenação moral. Da minha parte, deixo já bem claro que, a partir de hoje, me recuso a falar de futebol com qualquer adepto desses clubes nojentos que são o porto e o boavista.

E o pior é o próprio comportamento dos intervenientes, revelador, não só, de que sabiam que podiam estar a ser escutados, mas também de que tinham plena consciência da censurabilidade da sua conduta. Caso contrário, nunca teriam de recorrer a artifícios absolutamente ridículos como os da "fruta", o "café com leite", "ir ver a obra", "o engenheiro máximo", e por aí fora.

Repare-se, aliás, que o fundamento para a absolvição dos arguidos acusados não foi a sua inocência material, mas sim o recurso a um expediente processual, o da inadmissibiliade de utilização das escutas. Não se diz que aqueles vermes não eram corruptos, tão somente que aquelas escutas não podiam ser utilizadas para provar a prática dos crimes de que eram acusados no processo.

É o chamado reverso da moeda fodido da presunção de inocência.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Taken by Trees

Quaisquer parecenças com Lykke Li, é perguntar a esta senhora se foi de propósito. O projecto, de nome Taken By Trees, integra apenas a vocalista Victoria Bergsman, que esteve durante uma série de anos nos "The (volto a perguntar se é so a mim que esta repetição de artigos definidos faz uma certa comichão?) Concretes" - note-se o ar eloquente com que acabei de transmitir uma informação que acabei de ler na diagonal na wikipedia.

Re-edition/Cover de My Girls, dos Animal Collective.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Mogli, you better get used to it

Parabéns.

Desta vez sem acrósticos, and it feels so good. Que venham mais...quantos? Diz-me tu.

O tal canal

Dizem os mais afamados especialistas dentários, consultados por este blog propositadamente para o efeito, que a mulher perfeita tem a TVI nos dentes. E eu confirmo.

Os bastidores dos presentes

Para mim, o importante não são os presentes. Valorizo muito mais o discurso que vem com ele. Mais do que o presente propriamente dito, o que gosto mesmo é do que se esconde atrás do presente. Chamemos a isso os bastidores do presente: saber por que carga de água é que a pessoa que mo oferece achou que eu ia gostar e / ou precisar dele; as atitudes em mim que denunciaram esse gosto e / ou necessidade; as aventuras e desventuras do processo de compra / preparação.

E prefiro os bastidores ao próprio presente, por uma simples razão: se os bastidores forem bons, o presente está condenado ao sucesso, quanto mais não seja ao sucesso da menção honrosa, que sempre é qualquer coisa. Quem achar que o presente é tanto melhor quanto mais utilidade proporcionar ao presenteado, certamente discordará de mim; já eu, prefiro pensar que o presente é tanto melhor quanto mais pensado for para essa pessoa. Apetecia-me completar a última frase com um "e quanto mais trabalho der a preparar / comprar". Ficaria assim: "prefiro pensar que o presente é tanto melhor quanto mais pensado for para essa pessoa e quanto mais trabalho der a preparar / comprar". Não que concorde com a última premissa, simplesmente abria espaço para uma piada extremamente interessante e divertida, que envolveria a minha preferência por uma sanduíche de leitão comprada na zona envolvente ao muro das lamentações relativamente a um Aston Martin comprado num stand em plena Lisboa.

Cutting things short, o que eu quero tu sabes (é para ser lido da mesma maneira javarda que a sua frase-prima, «o que tu queres sei eu»).

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Just because she's blue doesn't mean you can be racist

A grande questão que se coloca, depois de ver o Avatar, é a seguinte:



Fazias?

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

I See You



Uma história de amor num planeta marado: assim se resumiria, de forma injusta, o Avatar. É um filme incrível, assombroso, onde as mais de duas horas e meia passam a correr. Deve ser visto em 3D e com companhia, não só porque se aproveita o filme de outra maneira, mas também porque é um desperdício de pagode não fazer pouco de alguém com os óculos que se têm de usar.

Jaime Camarão, estás de parabéns. Um agradecimento especial também à pessoa do Zeinal Bava, sem o qual o planeta Pandora nunca teria sido possível, e um "muito menos" para todos os que estão a ficar deprimidos depois de terem visto o Avatar. A menos que seja por saudades, aí já percebo. Dos óculos.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Informação privilegiada (para o pagode)

Antes, uma pequena introdução explicativa. Nos termos do artigo 248.º, n.º 1 do Código dos Valores Mobiliários, que mais não é do que o diploma específico de maior relevância para as sociedades cotadas em bolsa, os emitentes que tenham valores mobiliários admitidos à negociação em mercado regulamentado, como é o caso do Sporting, devem divulgar imediatamente toda a informação privilegiada, entendida como a informação que não tenha sido tornada pública e que, se lhe fosse dada publicidade, seria idónea para influenciar de maneira sensível o preço das acções desse mesmo emitente, ou seja, do Sporting. E agora, isto:

Leões anunciam revogação do contrato de Caicedo em comunicado enviado à CMVM.

Eis como uma notícia aparentemente (?) insignificante, sem deixar de o ser, ganha um potencial de pagode que, à primeira vista, não se adivinharia.

Orçamento Participativo

O que é o Orçamento Participativo?

O Orçamento Participativo (OP) é uma das formas de participação dos cidadãos na gestão da Câmara Municipal de Lisboa. Através do OP, os cidadãos podem apresentar propostas concretas e votar em projectos, num valor máximo de 5 milhões de euros, para o orçamento do próximo ano. Os projectos mais votados, até ao valor acima referido, serão integrados na proposta de orçamento e plano de actividades municipal.


Para quem vive em Lisboa, dar uma vista de olhos nas propostas apresentadas e votar é quase obrigatório. Quanto mais não seja, e se só tiverem olhos para o vosso umbigo, votem naquelas que ficam mais próximas da casa de cada um. Podem fazê-lo aqui, até ao dia 15 de Janeiro de 2010.

A frase que se segue não é suposta ter qualquer tipo de carácter persuasivo ou influenciador da vossa conduta relativamente a este assunto, mas ter oportunidade de votar num projecto que, a ser dos mais votados, terá de ser implementado pela CML, e não o fazer é...como é que eu haverei de dizer isto sem ser rude...já sei, é inacreditavelmente imbecil (mas dito à espanhola, que fica ainda melhor: imbécil).

Partindo do princípio que, por esta altura, já estão no site, registados, e prontos para votar, peço-vos que se dirijam à minha proposta, intitulada "Proposta Verdadeiramente Espectacular de Rosé Mari", na secção das "Propostas-que-estão-aqui-por-mero-formalismo-porque-vão-ser-aprovadas-mesmo-que-não-sejam-as-mais-votadas-uma-vez-que-já-recebemos-avultadas-ajudas-de-custo-nesse-sentido" e que prevê, entre outras coisas, a recolocação da Botica algures no meio de Chelas, a demolição de toda a àrea envolvente à minha casa para instalação de um enorme espaço verde, uma piscina com um mini parque-aquático incorporado, um campo de futebol de 8, outro de 5 (este, coberto), um campo de ténis (este, também), outro de paintball, uma Brasserie que utiliza exclusivamente bife do lombo, um supermercado aberto 24 horas por dia, uma sala de cinema melhor do que qualquer uma que já tenha passado pelo Cribs e mais uma verba, chamemos-lhe fundo de maneio, para eu fazer o que bem me apetecer (nesse referido espaço verde, é claro); e um jardim enorme, cheio de rosas perfumadas, para tu poderes dar à tua Flor e não me chateares mais o juízo, piqueno Kadosh.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

O chão no paraíso

O chão nem sempre é firme. Mas o paraíso é evidente; e sendo-o, não há como não andar. Solução possível seria ficar parado, observando, sob o mesmo eixo, tudo o que o olhar alcançasse; possível, mas no fundo impossível, porque meramente teórica. E teórica por uma razão: o que o olhar alcança permite concluir que muito mais se esconde para além desse horizonte óptico, conclusão que torna impossível a solução que, em teoria, seria possível. Se o paraíso fosse finito e lhe conhecessemos as paredes, os cantos e os recantos, a história era outra. Mas não, este paraíso é grande pa burro; tem curvas e contracurvas, planícies e relevos, céu e subsolo. E se houver muros, colinas, montes ou montanhas, conquistam-se - o prazer não está só na subida; está na subida, na vista que se tem do cume e na descida vertiginosa que se lhe segue.

O chão nem sempre é firme, e correr a olhar para o chão é um desperdício de tudo (para além de que faz mal à coluna). Mas para isso é que servem as mãos. E lá vou eu a correr, desenfreado por aí fora, com o medo nas costas, um olho no paraíso e outro em ti (os dois olhos em ti).

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Comunicado

O Conselho Directivo deste blog decidiu, em sede de reunião extraordinária - foi, realmente uma reunião extraordinária, a todos os níveis - realizada há momentos e validamente convocada para o efeito, deliberar a divulgação da seguinte mensagem:

"À pobre alma que insiste em comentar, sem se identificar, algumas das coisas que têm sido aqui escritas, a resposta, após demorada e ponderada reflexão, é a seguinte:















(keep waiting)"

Fim do Comunicado.

No Corte Inglés, aparentemente, e como diz o ditado, não há pão para malucos. Só nas Amoreiras.

On gay marriage and "gay" adoption

Philosophers agreed long ago that it is fruitless for believers and atheists to argue with each other. This is because they interpret everything differently. In order to argue, there must be some common ground, so that one of the participants can say, "Aha! If you concede x, then you must also concede y!" Atheists and believers never find an x they can agree upon. The argument can never begin, because each sees everything from his own point of view.

Thomas Cathcart & Daniel Klein, Plato and a (...)


É aplicar, com as devidas adaptações, à polémica do casamento homossexual. Daí, em minha opinião, o debate ser inútil, tal como no aborto, porque a negociação e possibilidade de convencer o lado oposto da trincheira são ambos altamente improváveis, se não mesmo impossíveis; um referendo fará muito mais sentido, à semelhança do que aconteceu no aborto, acompanhado de uma adequada campanha de esclarecimento.

Quanto a mim, se, por um lado, percebo que, do ponto de vista social, a situação vigente possa ser injusta para os homossexuais, já do ponto de vista jurídico, tenho as maiores dúvidas relativamente à legalidade desta alteração. Melhor solução talvez passasse pela criação de um novo instituto jurídico, apelidado de união civil ou coisa que o valha, mantendo o casamento como o contrato entre pessoas de sexos diferentes. E não se diga, como já me disseram, que isso implicaria a criação de um novo estado civil; parece-me questão claramente acessória, face à importância do problema principal. Percebo perfeitamente que os homossexuais lutem por uma equiparação dos seus direitos aos direitos dos heterossexuais (expressão que se repugna mas que aqui se utiliza por facilidade de exposição), mas não podem querer designar, pelo mesmo nome, realidades diferentes, sobretudo quando se trata de um dos institutos jurídicos mais antigos da história da Humanidade, que atravessou séculos e sucessivos regimes políticos até chegar, sem grandes mudanças, na sua essência (exceptuada, claro está, a questão do divórcio), aos dias de hoje.

Já quanto à adopção, e ao contrário do que se possa pensar, a questão não me parece tão difícil. A meu ver, com base num levantamento exaustivo das condições actualmente existentes nos lares de adopção e um ou outro estudo, bem fundamentado - e que já existirá certamente - sobre as consequências, se é que existem, de ser educado por um casal de homossexuais, será possível tomar uma decisão. Agora, não se confundam as coisas: aqui, a luta não é pelos direitos dos homossexuais, mas sim pelo interesse da criança. Dito de outra maneira, a adopção entre homossexuais deverá ter lugar apenas e só se implicar, na generalidade dos casos, uma melhoria das condições de vida da criança e a possibilidade de aquela ser educada num ambiente mais estável e propício ao seu crescimento e pleno desenvolvimento das suas capacidades.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Margarida Rebelo Pinto, hoje, no i:

«Tenho um macho alfa cá dentro.»

Acredito que sim, mas nós não temos nada a ver com isso, Margarida.

(E eis como, desta singela maneira, este blog deixa de ser o único do Mundo que ainda não tinha tecido considerações jocosas/depreciativas em relação a esta senhora - que está para os livros, diga-se, como o Miguel Ângelo dos Delfins, o que não é artista, está para a música.)

The XX

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Resolutions for 2010 I

Dou-te um chuto no cu que morres de fome no ar.

Usar, vezes sem conta, esta frase.

Balanço de 2009

Talvez seja simultaneamente estúpido e pretensioso achar que, não só és frequentador assíduo de blogs, como também frequentas este. No entanto, como já dizia Pascal («even though the existence of God cannot be determined through reason, a person should wager as though God exists, because living life accordingly has everything to gain, and nothing to lose»), I've got nothing to lose, so I may as well take the chance.

Não percebo o que fiz para merecer uma convalescença deste calibre, da mesma maneira que não consigo saber se destacas enfermeiras deste gabarito para tratar todos aqueles que ficam doentes. No entanto, e ousando responder à minha segunda dúvida, julgo que não, tenho quase a certeza, é praticamente impossível, porque não existe outra igual.

Continuando na mesma linha surreal - ou seja, que Tu te dás efectivamente ao trabalho de ler isto, ainda que ocasionalmente -, não sei se foi por teres percebido que tinhas exagerado no Teu aviso aos meus wrongdoings e a culpa, essa noção tão católica (o que não deixa de ser irónico), te toldou o juízo mas, a ter sido assim, ainda bem que assim foi; não tenho nada contra. Quer dizer, da próxima vez não precisas de ser tão hiperbólico e teatral - se bem que, no Teu caso, até percebo. Talvez a escolha não tenha sido a mais eficiente, mas foi sem dúvida eficaz: I've learned my lesson.

De qualquer maneira, abstraindo-me dos meios e concentrando-me nos fins (que, neste caso, têm contornos de princípio), gostava de te dizer que, graças aos Teus sentimentos de culpa, ou eu muito me engano - time will tell - ou o ano de 2009, que podia, muito facilmente, ter sido o pior ano da minha vida, acabou por ser o melhor até agora, chegando inclusivamente a roçar o "tipo brutale". Agora, não te admires se eu virar hipocondríaco.

Esta lenga-lenga toda serve, apenas e só, para te dizer isto: obrigado. E que venha 2010. Com o Benfica campeão. Se bem que, com isso, não me preocupo. Afinal de contas, puseste o Teu filho a supervisionar as coisas. Deixa-me que Te diga, foi genial teres-Te lembrado de lhe tirar a barba. Fica irreconhecível. E a manutenção de um ligeiro sotaque hebreu, misturado com o português, também foi bonita.