quarta-feira, 1 de julho de 2009

Pina Bausch



Morreu Pina Bausch, uma das maiores referências da arte contemporânea. Tirando o facto de ser mais um desbloqueador de conversa (então parece que morreu a Pina Bausch?), trata-se de uma perda gigante para o teatro e bailado mundiais. Lembram-se de uma cena, acho que a primeira, fortíssima, do filme Hable con ella, de Almodovar, que não é mais do que um bailado melancólico? Bueno, era protagonizada por esta Senhora, com base no Café Müller, de que falo abaixo. Tive a sorte, o verdadeiro privilégio de assistir por duas vezes a peças por ela encenadas:



Nelken, acho que em 2005, e mesmo com essa idade, lembro-me que a peça me marcou profundamente, pela tragédia, pelo surrealismo, pelo lado cómico que só um génio consegue dar a um bailado repressivo e triste como o da peça.



A outra foi Café Müller, a única (?) peça onde Pina Bausch é simultaneamente coreógrafa e bailarina, que veio a Portugal no ano passado, e que esgotou, não por acaso, em menos de nada. A peça dura menos do que uma hora mas, à semelhança de Nelken, marcou-me indelevelmente. Inspirou Almodovar, Fellini, e certamente muitos outros.

E eu não percebo nada de teatro, muito menos de bailado, que isso para mim é tudo coisa de panisgas, atenção. Mas esta Mulher era um génio.

2 comentários:

Anónimo disse...

Como desbloqueador, nada bate o "o que fazias se ganhasses o euromilhoes?", tal como correctamente identificado por ti neste blog, se não me engano.

rosé mari disse...

hehe, isso ultrapassa o epíteto de mero desbloqueador, é um verdadeiro catalisador de conversa...