quarta-feira, 30 de abril de 2008

Back from the (bio)grave

13 dias de ausência? E nem uma mensagem, um carinho, uma palavra de afecto. A culpa não é minha, é daquelas gajas ali ao fundo (essas mesmo), as licenças de carbono.

Só para me desforrar, acho que vou de minha casa até Paço de Arcos em primeira. A fundo. Em homenagem ao petroil.

Triste só e abandonado, gelado

Ice cream headaches.

De modos que sim senhor, ah e tal, parece que sim, dá dores de cabeça comer gelado privilegiando a celeridade. E um gajo ainda tem de se prestar a certos bitaites jocosos.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Obrigado sporting

O resultado de ontem foi uma derrota. Para o Sporting. O resultado é, aliás, sintomático da pequenez do emblema leonino. É que 5-3, não é mais do que um 6-3, manco. É um 6-3 com uma daquelas palas que os putos usam no olho quando não vêem bem. É um 6-3 com borbulhas. Ou com aquelas batatas que vêm mal fritas, a roçar o mole.

Da parte que me toca, até fiquei contente com o resultado. Acho que nunca me tinha lembrado tantas vezes do 6-3, do hat-trick do João Pinto, dos slaloms do Isaías e das incursões de Paneira, em tão pouco tempo.

E o mais grave de tudo, é que levaram 3 golos de uma equipa orientada pelo Chalana.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Roger and Gilias



Gil pode fazer história. Teoricamente, o desafio mais difícil que se lhe colocava era o primeiro, contra Mahut, um dos cabeças-de-série da sua parte do quadro. Ora, ao comer a posição do francês - quando se elimina um cabeça-de-série, é como se se ocupasse a posição dele, supostamente vantajosa - Gil fica com o caminho aberto.

Na ronda seguinte, apanha um qualifier português, que apesar de estar em grande forma, não está tão bem como Gil.

E a seguir? Federer? "Não me digas que também vai ganhar ao Federer. Já agora, porque é que o Gil não é nº1?". A questão é que estar no quadro do Federer, nem sempre é mau, e até pode ser bom, sobretudo se for um torneio que abre a época de terra batida, como é o caso do Estoril Open. Federer veio para o Estoril para ganhar rodagem e para preparar Roland Garros, que é daqui a mais de um mês. Ora, não é de esperar que a) esteja em grande forma e b) queira ir muito longe (para gerir o esforço; antes de Roland Garros ainda há vários torneios de terra batida, como Barcelona, Roma ou Monte Carlo, bastante mais importantes que o Estoril Open).

Por isso, das duas uma: ou é eliminado por Rochus/Hanescu, algo que não seria estranho se acontecesse, ou então chega aos quartos-de-final com 2 jogos + 1 no bucho, satisfeito pela rodagem ganha. Isso quer dizer que vai perder de propósito? Claro que não, mas também, não vai estar para se chatear muito.

Como tal, Gil, se não vacilar nos oitavos-de-final, vai defrontar um Rochus/Hanescu, jogadores melhores em terra batida do que Federer nesta altura do campeonato, mas mais da league de Gil, ou então um Federer refastelado e despreocupado. Em qualquer dos casos, tem todas as condições para fazer história.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Don Silvio



A prova cabal de que o ser humano gosta é de que mandem nele e decidam por ele. Mal ou bem, isso já é outra história. É simples: ao atribuirmos o poder de decisão e coordenação dos nossos desígnios a terceiros, mais não estamos a fazer do que a passar - a esses terceiros - o nosso "fardo decisório", desresponsabilizando-nos e desculpabilizando-nos - interiormente - com isso da maior parte das nossas acções, o que permite, como decorrência lógica, responsabilizar terceiros pelos nossos problemas.

A falácia, aqui, que escapa, ou pelo menos é encoberta pela poeira da despreocupação enganosa, reside precisamente no facto dessa culpabilização alheia ser fundada única e exclusivamente na decisão de desculpabilização. Dito de outra forma, a culpa dos outros, mais não é do que a nossa culpa, disfarçada. Já diz o ditado, pior que o cego, é aquele que não quer ver.

Prova disso mesmo são as ditaduras. Regra geral, o ditador só salta, ou com a morte, ou por vontade própria. Pense-se Franco, Salazar, Staline, Hitler.

Mas Silvio não se importa. Afinal de contas, to each, its own.

You say macaco, I say indivíduo de tez negra



"Ohlá, alto e pára o baile. Cruz suástica? Mas quem é que falou em cruz suástica? Isto? Isto fui eu a jogar ao galo com o meu tatuador, o Adolfo, Sr. Juiz. Sabe aqueles jogos em que ninguém ganha, e depois há alguém que diz «"Ah, ganhei!», e desenha uma linha na brincadeira? Pois então, eu fiz isso, e gerou-se uma galhofa de tal ordem que a páginas tantas o Adolfo também desenhou uma linha e disse que tinha ganho. Ainda estivemos para lá a rir a bandas despregadas durante um bom bocado."




O líder nacionalista afirmou que o movimento que lidera faz «jogos com palavras» para a comunicação social. «Se não exagerarmos no folclore os jornalistas não pegam. Tal como se fez com o outdoor do PNR, usamos expressões exageradas porque sabemos que vão causar polémica».

Confrontado com outra situação que terá ocorrido em Peniche, e em que Mário Machado é acusado de ter ameaçado o dono de uma discoteca com uma faca, o arguido disse que o queixoso terá visto um telemóvel ou umas chaves e terá pensado que era uma faca.

Confrontado com várias citações constantes no despacho de pronúncia do processo, nas quais Mário Machado é acusado de comparar africanos a "macacos", o líder skin considerou-as "desabafos". "Trata-se de frases que reconheço serem fortes, mas que foram as únicas formas que encontrámos de conseguir atenção mediática", concluiu o líder skinhead.


Se eu mandasse no Mundo, o julgamento seria ao som desta música. Em repeat. E com os Monty Python a tratar da coreografia.

Já agora, o meu nome não é Zé Maria. É João Pedro, e vivo em Alfeizerão.

sábado, 12 de abril de 2008

))<>((



Ponto prévio ao ponto prévio - O ponto prévio - não este, o outro - está de certa forma relacionado com o filme. Ou melhor, com qualquer filme. Com o que fazemos, while we're passing time. Because that's just what we do: we pass time, and while we do so we watch, absorb, judge, grow up and die.

Ponto prévio - É, salvo erro, a primeira vez que o cor-de-rosa é convidado a entrar neste blog. E isto só pode significar que: a) o autor, aqui a escrever na terceira pessoa, opção essa motivada talvez por resquícios de uma frustração de não ser jogador de futebol, decidiu resvalar para a homossexualidade; b) eu - já recomposto do acesso de frustração - estou de tal forma seguro da minha virilidade e sexualidade, que uso o cor-de-rosa como quem usa preto; c) nenhuma das duas, é simplesmente a cor do poster.

Me and You and Everyone We Know. O bom de ir para o Blockbuster sem pressas é que de vez em quando encontram-se filmes destes. O mau de ter de se entregar um trabalho escrito é que fica um bocado difícil estar a escrever sobre contratação pública e passar para a descrição de um filme indie. Mas adiante.

Surpreendente, no mínimo. Fez-me lembrar, a espaços, o Garden State. Um tratado de natureza humana, das relações que estabelecemos, do que procuramos em nós, e sobretudo, nos outros. Cheio de alegorias, de hidden meanings, e de pormenores, muitos, espectaculares. Sobre a maneira como reagimos em resposta ao que nos rodeia, ou melhor, sobre a maneira como crescemos em função das respostas que damos ao que nos rodeia. Talvez o único problema do filme seja esse: é sobre muita coisa, mas essencialmente, é sobre o amor. Daí fazer sentido ser sobre muita coisa, porque amor que se preze, não é coisa pouca.

E isso não é problema, é tarefa. É ter de ver o filme outra vez. Back and forth. Este é um deles. Aliás, este, e qualquer filme digno de registo. Filme que só se tenha de ver uma vez, não é filme, é telenovela, e sem o "previously on".

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Da terceira travessia sobre o Tejo*

A melhor solução?

Simples. Ligar Chelas ao Barreiro, mas fazer uma rotunda no meio da ponte, com uma saída - única - para o Tejo.

Isso, ou uma esfinge, como a de Tebas, em cada um dos lados da ponte, a fazer perguntas de português, matemática, e cidadania.

Só que aí o trânsito ia ser chato, e de certeza que passado uns tempos vinha logo o sindicato das esfinges exigir melhores horários de trabalho e o pagamento de horas extra a partir aos fins-de-semana e feriados. É melhor a rotunda. A Quercus é que era capaz de não achar muita graça.

Hum...se calhar, o melhor mesmo é não se fazer a ponte. Faça-se só a rotunda. A maior da Europa, mesmo no meio do rio, com espaço para uma árvore de Natal, para que se possa circular no Terreiro do Paço durante o mês de Dezembro.

E inaugure-se com uma feijoada. Das boas, repleta de chispe, entrecosto e orelha de suíno. Nacional, nada de merdas espanholas. Mas sem courato, por causa da ASAE.


*ou Da sociedade portuguesa

Coisas giras para se fazerem com uma rotura de ligamentos no tornozelo e um bocado de água

1 - Transportar - acreditem, é muito mais do que simplesmente levar, implica toda uma logística e metodologia de fazer inveja à mais reputada empresa de transportes - uma couvette de gelo, acabada de encher, do lava-loiças até à gaveta do congelador.

Go extreme: Repetir o procedimento, mas sem antes ter aberto o congelador.

2 - Transportar um copo com água, de uma divisão para qualquer outra da casa, sem entornar pelo menos metade do conteúdo.

Go extreme: Repetir o procedimento com muletas nas duas mãos.


Assim que descubra mais coisas giras, I'll let you know.

domingo, 6 de abril de 2008

Longe, bem longe

Assim de repente, parece que ninguém foi campeão. Deve ser para isto que Erasmus realmente serve. Obrigado, Erasmus.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Mental note



Must not wear this t-shirt to the gym, ever again.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Mero prognóstico



(Fim de Junho, calor abrasador, sala de um professor qualquer)

Zé Maria, um 6*?Mas afinal, o que é que se passou com o seu exame?
Senhor Professor, a culpa não é minha..
Não? Então é de quem? Não vai dizer que é minha?
Também não..
Então, homem, diga lá de quem é, raios.
Sara Tancredi, Nika, e Michael Scofield, por esta ordem.

*n.d.b.: A minha prestigiada instituição decidiu, no último semestre do meu curso, converter a escala de avaliação de 0 a 6, para 0 a 20. E que não se diga que não teve em conta os melhores interesses dos alunos, visto que, no primeiro semestre, para que estes não estranhassem tão súbita mudança, achou por bem passar de 0 a 6, para 0 a 7. E ainda há quem diga que isto é despotismo. Se o for, é iluminado, e muito.

A rally requirement



Got me playing in the distance,
Said they got me playing in the distance,
Said they got me playing in the distance,
And then they told me i could offer no resistance.

We're not caving in


Se algum dia pensar em entrar numa manifestação, e se a minha vontade for resoluta ao ponto de não se deixar abalar por umas quantas pauladas de sensatez auto - ou como ultima ratio, hetero - infringidas, que seja ao som desta música. Pode parecer um bocado apanascado/wannabe cool, "ah...sim, sim, quero ir para a rua entoar cânticos de protesto no meio de gente, cartazes e bifanas, desde que os Grand National me façam companhia", mas a culpa não é minha, é dos Grand National. Said they got me, playing in the distance.

Ekantonomics

The world would be a whole lot happier place if everyone acted according to the law of diminishing returns.