terça-feira, 13 de maio de 2008

Vencido pelos sinais

Para sabermos se somos ou não pessoas boas, podemos pensar se gostaríamos de viver num mundo em que todas as pessoas fossem como nós. Literalmente. Para não ser tão extremista, se seríamos, ou não, nossos grandes amigos.

E aqui reside a bela da pescadinha. Porque a ser afirmativa a resposta, mais não somos do que uns grande narcisistas. Ora, não me parece que uma pessoa que esteja profundamente apaixonada por ela própria, e seja inteligente ao ponto de se matar por não ser correspondida amorosamente pelo seu próprio reflexo aquoso, seja assim uma grande pessoa. A não ser que fossemos todos iguais à Alessandra Ambrósio. Aí até se percebia.

Eu, por exemplo, se me desse comigo, era chatice pela certa (a menos que fosse a Alessandra Ambrósio). O que não é lá muito animador. Sai o narcisismo, é certo, mas para dar lugar à certeza que puxo para o atrasado mental. E se te considerares uma pessoa, nem boa nem má, mas sim necessária? Pior ainda. Sinal de atrasadice mental, e de arrogância.

E em que é que ficamos? Em nada, nem temos de ficar. Se querem certezas, qual tranquilizador psicológico, aqui ficam duas (três, se contarmos com a Alessandra Ambrósio): não há maior vício que o subjectivismo; a culpa deste post é dos sinais de Lisboa (esta é a segunda certeza). Nomeadamente, dos que estão entre a Praça de Londres - casa da minha namorada - e a minha casa. Eu explicava-vos, mas já são 2 da manhã, e não vão ser vocês que amanhã me explicam a responsabilidade dos administradores. Basicamente, homem que se preze gosta de saber os sinais de cor de um caminho que faz muitas vezes, mas é como se, da Praça de Londres até ao Marquês, os sinais fossem controlados por gémeas siamesas com 20 dioptrias em cada olho - 80 dioptrias no total, portanto - na menopausa. Do Marquês até minha casa, volto a jogar em casa, mas quando aí chego, já está tudo perdido.

1 comentário:

El-Gee disse...

tou aqui a reflectir na tua pergunta e n sei bem o q pensar. acho q seria meu amigo, por um lado, e ia'me rir imenso comigo, mas era capaz de, por outro, achar-me um gajo um bocado chato de vez em quando. tem piada. n sei. n sei mesmo o q ia achar de mim, provavelmente ia achar'me um gajo esperto mas um bocado dificil de conhecer, meio arrogante meio aberto. tem piada isto. e o outro lado da pergunta. se eu, um gajo como eu, me viesse abordar para um bocdo de conversa, sera q eu ia dar'lhe (me) bola?