quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Etymology

Olá.
Então.
Como é que te chamas?
(...)
Não me dizes?
Já to disse, tu é que decidiste trocar-me por (...). E então, tás porreiro?
Cada vez melhor, e tu, tás boa?
Depende.
Do quê?
De ti, dos outros, de todos. Não tenho existência própria, mas ao contrário do que pensam, só me materializo de uma maneira.

Pensam, quem?
Tu, os outros, quase-todos.

Eu? Mas só te conheço nem há 2 minutos...
Tens razão. Que sejam então só os outros, os quase-todos.
Fala-me de ti.
Gosto de me fechar a duas chaves. Exteriormente sou dividida, mas por dentro faço todo o sentido.
És um bocado convencida.
Talvez.
Não percebi a história da divisão exterior. Tens algum problema?
Há quem ache que sim. Dependo de um hífen.
Dependes de um hífen? Nunca conheci ninguém que dependesse de um hífen, deves ser especial.
Vais ver que, quando me conheceres, vais ter a sensação que sou única no mundo.
E como é que te conheço?
Pegas em mim, e transformas-me no hífen.
Vou ver isso.

1 comentário:

Anónimo disse...

claramente sob substancias psicotrópicas