quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Unorthodox (yet(?) beautiful) wedding: check

De tudo, meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor ( que tive ):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

Vinicius de Moraes - Soneto da Fidelidade


A prova de que o piroso é relativo e, acima de tudo, é a capa dos infelizes, é que uma Conservadora do Registo Civil a citar isto pode ter o seu quê de romântico e, quase, bonito, não fosse o arraial de porrada que a senhora decidiu dar na estrutura e na respiração do poema. Sobretudo quando 99% das palavras onde a letra "v" marcava presença viram a mesma ser substituída por um nortenho "b", derivado ao facto (nas palavras da própria) de a mesma ser do Norte.

4 comentários:

Anónimo disse...

o mais ridiculo foi a capacidade dela me ter dado s.a.!! loved to have you there

El Pibe disse...

Acho que esta interpretação deve ter sido melhor...

http://www.youtube.com/watch?v=L4ITrBjO3Bc

rosé mari disse...

me too..

primão!! foi quase tão boa como essa hehe. quando chegas? grande abraço

El-Gee disse...

seja como for eh um poema maravilhoso