De tudo, meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor ( que tive ):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor ( que tive ):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
Vinicius de Moraes - Soneto da Fidelidade
A prova de que o piroso é relativo e, acima de tudo, é a capa dos infelizes, é que uma Conservadora do Registo Civil a citar isto pode ter o seu quê de romântico e, quase, bonito, não fosse o arraial de porrada que a senhora decidiu dar na estrutura e na respiração do poema. Sobretudo quando 99% das palavras onde a letra "v" marcava presença viram a mesma ser substituída por um nortenho "b", derivado ao facto (nas palavras da própria) de a mesma ser do Norte.
4 comentários:
o mais ridiculo foi a capacidade dela me ter dado s.a.!! loved to have you there
Acho que esta interpretação deve ter sido melhor...
http://www.youtube.com/watch?v=L4ITrBjO3Bc
me too..
primão!! foi quase tão boa como essa hehe. quando chegas? grande abraço
seja como for eh um poema maravilhoso
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