segunda-feira, 6 de setembro de 2010

My right side

Eu bem tentei. E nada. Por várias vezes dei por mim a travar bruscamente o carro e a guinar furiosamente o volante para ambos os lados. E nada. Pus a música o mais alto que o meu vetusto rádio permitiu, por entre graves e distorcidas queixas. E nada. Rodei o banco, de forma desesperada, para a direita e para a esquerda, cheguei-o repetidamente para a frente e para trás, subi-o e desci-o vezes sem conta. E nada. Dancei, disse piadas, frases de amor, cantei em falsete, de tudo fiz. E nada. Cheguei, inclusivamente, a praticar respiração boca-a-almofada. E nada. Iludi-me, atirei para os olhos a areia que inconscientemente trazia no carro, numa vã esperança de com isso te trazer comigo e aos dias de férias passados. Só então percebi que não havia volta a dar. Por mais que tentasse, não estavas, não vinhas. Finalmente percebo o porquê de lhe chamarem lugar do morto.

1 comentário:

Anónimo disse...

oh...faltava lá eu nos meus concertos espectaculares!!sentiste a falta da minha voz desafinada a cantar e de te distrair no transito a dançar? melhor co piloto de sp n sou?? aposto que o dakar(?) ficava mais animado cmg :)