terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Heart of glass

Como dizia e.e. cummings, I carry your heart. Literally.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

She finds Kiev oddly familiar


Mal sabe esta senhora e actriz que o seu nome, algures em Portugal, não só ganha um novo sentido, como serve de pretexto para uma série de aulas de geografia. Chama-se Natasha Kinski e pensa, erroneamente, que nasceu na Alemanha.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Recusada proposta do Manchester United por Di María
INGLESES OFERECIAM 10 MILHÕES DE EUROS MAIS NANI
O Manchester United apresentou esta terça-feira uma proposta de 10 milhões de euros mais o passe de Nani por Di María mas o Benfica rejeitou, adianta a TSF. Os "red devils" prontificavam-se ainda a pagar uma parte considerável do salário do português. De acordo com a TSF, Luís Filipe Vieira recusou a proposta para não enfraquecer a equipa nesta altura da época


Espectacular...isso, e o João Pereira valer mais do que dúzia e meia de castanhas.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

De Portimão para o Mundo


Bem sei que esta pérola audiovisual está também num blog da lista de favoritos deste que agora vêem e, como tal, alguns de vocês já o viram. The thing is, este vídeo tem de ser difundido, por todo o lado e o quanto antes, que agora já é tarde. Isto é boa música. É música honesta, feita por gente séria e trabalhadora. É um grito de revolta do funcionário público portimonense contra o dirigismo estatal. É isto, e muito mais.

Mas é, sobretudo, uma oportunidade única de ver, num mesmo vídeo e sob a mesma canção:

- as (únicas?) três cantoras de gospel algarvias em acção;
- o único funcionário público playboy do mundo - no qual, confesso, me inspirei para a fatiota da minha festa de 21 anos (Marco Emanuel, obrigadão);
- o Quim Barreiros (depois da colecção Berardo, o Governo volta a demonstrar que é seu grande objectivo programático manter o património cultural luso dentro de fronteiras);
- um mini-dueto, curtíssimo, mas eterno, entre o Quim Barreiros e uma das cantoras gospel;
- uma mulher que julga que graças se diz graxas;
- um sujeito, que também pensa que graças se diz graxas, algo tímido ao princípio, mas que se solta à medida que a música vai crescendo e arranca uma prestação, no mínimo, fenomenal; e
- uma performance não menos memorável do staff do som que, já na parte final, faz com que o vocábulo Portimão, proferido por Marco Emanuel, ganhe asas e voe por todo o auditório.

Tudo isto, com uma letra fantástica, plena de musicalidade e sem quaisquer contradições.


(Arrisco dizer que este vídeo é a melhor coisa que já passou por este blog. O que, convenhamos, também não era difícil. Isto deve ter sido, com certeza, uma partida daqueles maganos da Repartição de Finanças de Olhão, esses safadões. A todas as pessoas a quem devia dar presente de Natal e não o vou fazer, aqui está ele, de avanço)

Once in every joint car ride


Daquelas que, quando a lua se cruza com Júpiter e este intersecta o eixo formado pelos anéis de Saturno e a trajectória descrita pelo cometa Halley (Allie para os amigos), pode ser encontrada a tocar na 88.5 FM.

Good (yet not so christmasish) songs

Querem comprar presentes de natal sob a forma de CD e não sabem o que dar?

Experimentem isto:





(Black Kids - Cemetery Lips. Só o jogo entre o nome e a capa do CD é genial e vale a pena sair a correr para comprar o CD)





(o presente não involve mutilações ao nível da rótula. É o novo CD de Los Campesinos - Romance is Boring, responsáveis por um dos maiores - se não mesmo o maior - concertos do Optimus Alive 2009.)

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Religious Babel

Tendo em conta que contratámos para treinador o filho de Deus e para ponta de lança o codificador do Espiritismo, começo a ficar seriamente preocupado com os religious beliefs de Rui Costa. Who's next, Karl Malone e John Stockton?

Sequence

Que siga esta ordem, sff:





Pode ser?

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

New York, I Love You

Visto no outro dia e recomendável, sobretudo para quem, como eu, já tinha visto o Paris je t'aime e se lembra de ter gostado (apesar de já não me lembrar bem do filme em si, o que nem sempre é - normalmente não é - bom sinal). O filme, composto por um conjunto de curtas metragens com o mesmo pano de fundo, a cidade de Nova Iorque, é a prova viva de que o amor é das coisas mais intangíveis e moldáveis que existe e, como tal, presta-se - bem ou mal, não interessa agora - a várias interpretações e manifestações nos seus vários estádios.

O filme ganha também pela escolha da cidade, cuja luz natural é absolutamente única, sobretudo pela maneira como se mistura com o verde dos parques, e ideal - muito melhor do que a de Lisboa - para cinema, parece-me.

Uma das críticas que tinha lido em relação ao filme era que não retratava fielmente a diversidade étnica e cultural que se sente na cidade. Realmente, parece que se esqueceram do Bronx, Brooklyn e Queens, e dos afro-americans (que, por sinal e sem o querer ser, é das designações mais racistas que por aí anda), mas não o filme é muito mais do que um retrato da elite branca nova-iorquina, como tinha lido por aí.


Destaco especialmente a primeira curta-metragem, onde Andy Garcia, em um par de minutos apenas, consegue ser dos maiores bosses que já vi num ecrã de cinema, e a curta-metragem do prom.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Puncta lacrimalia

Há quem não tenha sido feito para chorar. Literally. Pelo menos, é assim que Deus pensa em relação a algumas - poucas, quase nenhumas - pessoas. E a essas pessoas, fecha-lhes, por via das dúvidas e antes de nascerem, aquelas duas pintas pretas que ficam no canto de cada olho, também conhecidas, no meio da óptica, por pontos lacrimais, ou puncta lacrimalia. Porque Deus é omnipresente, mas às vezes está trânsito.

O problema é que os obstetras, quando disso se apercebem, lembram-se logo das lágrimas que derramaram - das tristes, não das outras, vá-se lá saber porquê - e não admitem que haja quem tenha nascido com instruções físicas de Deus para não verter nem uma. Vai daí, e sob um qualquer pretexto médico furado, não hesitam em desfazer o que Deus fez, quais Deus ex Medicus, abrindo os pontos lacrimais que se encontravam divinamente fechados. «Sim, essa pinta preta que têm no canto inferior e superior de cada olho», explicam aos pais, fingindo uma preocupação que mais não é do que inveja.

(ou é isso, ou então acham que a ninguém deve ser vedado o direito de poder cantar num karaoké a inesquecível música de Bonga, Tenho uma Lágrima no Canto do Olho. Se for por isso, até percebo.)

Benfica Michael Jacksoned a little

Nuno Gomes is the new black. Literally speaking.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Amor

Amar, mais não é* do que ter vontade - vontade positiva, e não vontade medrosa - que o nosso destino a todo o prazo - curto, médio, longo ou ad finem - seja definido, não só por nós, mas também, talvez sobretudo, por quem amamos. Seja homem, mulher, ou outra coisa qualquer. É como se entregássemos a essa pessoa, embrulhado (a forma do embrulho variará consoante a pessoa que entrega) num daqueles papéis de seda típicos das lojas de roupa fancy, parte da nossa autodeterminação. No fundo, amar acaba por ser uma declaração tácita, passada por quem ama em nome de quem é amado e que diz, essencialmente, "Faz de mim o que quiseres (e se possível trata-me bem)". E isso não acontece com o desejo, vulga paixão. O desejo termina quando a vontade que temos de outra pessoa é saciada, algo que pode demorar mais ou menos tempo. Normalmente, quanto mais tempo dura, mais se dá a tendência para confundir o simples desejo com amor; mas são coisas diferentes, ainda que aquele se inclua neste: o amor também é desejo, também é vontade da outra pessoa. O movimento, contudo, é inverso. Não queremos que quem amamos venha até nós, mas sim o contrário: queremos ir até essa pessoa, sair de nós mesmos na sua direcção. O movimento é centrífugo, e não centrípeto. Amor será, então, desejo corajoso (d)e entrega do nosso presente e futuro. E o simples passeio de um cão é suficiente para nos apercebermos disso, porque o amor não existe, não se manifesta, apenas nos actos grandiosos.

*claro que é mais, muito mais. Mas já que é para arriscar definir numa frase algo que todos ambicionam sentir mas quase ninguém ousa definir, que seja com alguma - indispensável - dose de bazófia.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

I would need a day (or maybe more)

No Porto, a influência de uma substância psicotrópica, e uma mãozinha dada por Guimarães, takes the optimus to a whole new level. E pode chover, pode até trovejar feio: it may shake, if the storm is really strong, it may need some fixing, but it won't fall.

Adios compañero

Angulo rescinde com Sporting.

Foi, sem dúvida, uma decisão obtusa, se não mesmo grave, de Angulo. Mas ao menos, foi recto. Esperemos que não agudize as coisas.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Portable cities

Stockholm and Kiev are not only portable but also compressable, as they fit perfectly in Lisbon, said Natasha to this fellow she had just met, in her Portuguese accent that immediately, yet surprisingly - judging by her looks - gave her away as another woman coming from Eastern Europe to try her luck in this place.

A tour to this place

O fim-de-semana comprido que passou ficará para a história como aquele em que, pela primeira vez, este blog foi objecto de uma visita guiada. Free of charge. Ficou todo inchado, o gajo.