domingo, 30 de agosto de 2009

Bali

Já há uns dias na Indonésia. Não faço a mínima ideia que dia é hoje, e mesmo que mo digam, sei que daqui a umas horas já não vou saber outra vez. Nem quero. Bali é um paraíso, e digam o que disserem, ainda está em estado bruto, muito pouco lapidado, e ainda bem, à excepção de Kuta e arredores, mas que também não deixa de ter a sua graça, desde que não seja too much. As pessoas são simpáticas, de sorriso fácil e sincero, apesar de às vezes poder parecer que o CD é sempre o mesmo - como é bom, muito bom, mesmo que seja, ninguém se importa com isso. O trânsito é caótico, mas flui, há sinais e pouco mais. Comecei a tentar fazer surf, o que não deixa de ser digno de registo.

O La Joya, hotel onde estou a dormir, é um paraíso, but it could use an extra pair of brown eyes. O frio, esse gajo chato, ainda não descobriu o caminho para cá, acho que já tomei banho na piscina às 3 da tarde e às 3 da manhã.

Certamente ficarão contentes por saber que estou a fazer de Rodrigo Amado um homem. Tem sido uma tarefa árdua, mas acho que é possível. Segue-se Timor Oeste, amanhã.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Ja em Kuala Lumpur. Sem acentos, abafado pelo clima tropical, agarrado a um cheiro e a um dedo que silencia.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Out of the Office

Até ao próximo dia 15 de Agosto estarei ausente do escritório, pelo que não poderei ler a sua mensagem. Se o assunto for urgente, estou contactável através do número de telemóvel + 351 91 x. Muito obrigado,

I will be out of the office until 15 August and therefore will not have access to my e-mail. If the matter is urgent, please contact me on my mobile telephone + 351 91 x. Thank you,

José Maria Júdice

E que bem que sabe carregar no OK.

Rosé Mari on tour

Parto amanhã, durante 21 dias, rumo ao Sudeste Asiático, mais precisamente para visitar Bali, arredores, e Timor, com um cheirinho de um dia, em modos escala, em Kuala Lumpur. Qual é o interesse disto? Para vocês, muito pouco; para mim, muitíssimo.

Tenho uma curiosidade imensa em conhecer Timor. Falam-me da sua enorme beleza natural, para depois me alertarem para a sua pobreza extrema. «É lindo, mas muito pobre, muito primitivo», dizem, fazendo acompanhar o segundo adjectivo de uma carga fúnebre. «Porquê o "mas", a adversativa, a oposição?», penso. Não me parece que as duas realidades sejam incompatíveis, pelo contrário. É uma estranha forma de beleza, a que se faz acompanhar pela pobreza - diferente, mas não menos bela. Tenho também vontade de comparar o lado indonésio com o lado timorense, perceber se a diferença existe, seus contornos e manifestações.
Dizem-me que Bali é turístico. Pelo que investiguei, que foi pouco, percebo que há muito, muito mais para ver em Bali para além do seu lado turístico - espero conseguir encontrá-lo.

Sei que vou escrever durante a viagem, só não sei é se o farei aqui. Mas hei-de pensar muito em vocês enquanto estiver, debaixo de água, a ver peixes que nunca vi na vida, ou num pôr-do sol com uma Bintang gelada como companhia; também é possível que me lembre da vossa existência a ouvir histórias de pessoas que só voltarei a encontrar nas memórias que guardarei delas, ou perdido nos mercados locais, inebriado com o cheiro das gentes e das especiarias, fascinado com um admirável mundo novo. Mas não deixa de ser estranha, inesperada, confusa, esta vontade de ficar.

A malta vê-se em Setembro, mais precisamente no dia 15.

Shakespeare reinvented

A thousand times the better, to want thy light.

domingo, 23 de agosto de 2009

Insiste

BENFICA
GOOOOOLO de Ramires
Livre para o Benfica, depois de Alex derrubar Fábio Coentrão. O mesmo Coentrão levantou e o internacional brasileiro, nas alturas, cabeceou sem hipóteses para Nilson.

No futebol é 11 para 11, a bola é redonda, e vocês sabem o resto.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

São dicções espectaculares

E é quando um gajo volta a ver e ouvir, por qualquer razão, desenhos animados da infância, que percebe que aquilo devia ser uma panelinha de 4/5 homens e mulheres fechados numa sala a fazer as vozes de tudo o que tivesse bonecada, fosse homem, mulher, ou outra coisa qualquer.

- Então, Mário, tudo bem?
- Está tudo, e contigo, Bruno? O que é que andas a fazer?
- Também. Neste momento, o Songoku, o Ash, o Gonçalo e o Power Ranger amarelo.
- O Power Ranger amarelo? Fogo, isso é fantástico. Como é que é o próximo episódio?
- Desculpa, mas isso não te posso revelar.

São sempre as mesmas, é incrível.

porque é que esta música nunca mais acaba? fuck.

The Kooks - Crazy


Um grande bem-haja a quem insistiu para que eu começasse a frequentar a blogotheque.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

First page shotgun

Como é óbvio não ponho em questão a goleada do Benfica no jogo de hoje, mas se as coisas correrem mal, and just for fun's sake, I call shotgun à capa "Traumatismo ucraniano".

Flashback





quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Vodafone is watching you

Presidência da República teme estar a ser vigiada.

Malta, isso é o Extreme. Muito menos mania da perseguição, faxavore.

Empire of the Sun - Walking on a Dream



É tirar os dois personagens de cena, manter a música e o cenário de fundo, e esta música até é menina para provocar uma ou outra sensação agradável, silenciosa.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

What if

Afinal, talvez, e só talvez, não seja assim tão mau. A ver vamos, como dizia o cego, que também pode dizê-lo, porque não são só os olhos que vêem, that's for sure. Sabe muito, o cego, no seu jeito trocista e esperançoso.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Deixa o menino centrar



No futebol é 11 para 11, a bola é redonda, e centro de Fábio Coentrão é golo. Foi o dogma possível nesta segunda-feira de manhã. E obrigado Chico, o youtube já não faz farinha com o blogger a partir de agora.

Nix no fim-de-semana, fonix na segunda-feira.

Lisbon on reverse

Inverte-se e camufla-se a vista de Lisboa, joga-se às escondidas com a cidade. This is no Bridget Jones. Já faltam poucas páginas. Ainda faltam tantas páginas.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009



Acho que não há problema em responder a The Kooks com isto. Sabem muito, o Roberto e a Laurinda.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Cum grano salis?

Proíba-se o sal no pão, esse crime gritante contra a saúde (e moral!) pública, e multe-se o peixe ao sal, o pretzel, o beijinho ao sal, todo e qualquer tipo de salgado e ainda aqueles que ousarem exibir em público o excesso de sal na pele depois de um dia de praia. Mude-se o nome de Alcácer do Sal para Alcácer do Sal-Mas-Pouco, não vá o nome actual afastar turistas. Ou Alcácer do Sal-Ma-Non-Troppo, para atrair ainda mais.

Mais, criem-se padarias - subsidiadas com dinheiros públicos - especificamente para os portugueses que sofram de hipertensão, com música lounge e umas ganzas para a malta. Já agora, aproveite-se a embalagem, e erradique-se também de vez o açúcar, that sweet nemesis of salt.

São medidas destas, e não o sal, que fazem subir a tensão. What a freaking nonsense.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Tarantino's mind



Para quem gosta de Tarantino, é inacreditável. Para quem gosta mesmo de Tarantino e ainda reconhece Seu Jorge na curta-metragem, é do caralho. Pardon my french, mas é que é mesmo.

Raúl Solnado


Morreu Raúl Solnado, um dos pais da comédia portuguesa. Vale a pena, para quem tiver tempo e vontade, recordá-lo um bocado aqui.

Tive a sorte e o privilégio de o conhecer pessoalmente, ainda muito miúdo, numas férias de Verão passadas no Algarve, e apesar de não ter mais do que 6 ou 7 anos, lembro-me distintamente do senhor, da simpatia que irradiava e do jeito natural de comunicar e fazer rir as pessoas que o acompanhavam. Lembro-me disso, e lembro-me também de um episódio.

Um certo dia, à entrada do hotel onde estávamos a dormir, e com o grupo de amigos da minha mãe todo reunido depois de um preguiçoso jantar, Raúl Solnado decidiu oferecer-me uma caixa de Fingers, talvez por achar graça ao puto reguila que eu, o Ia, era. Não tenho dúvidas que a sua intenção era a melhor, só que o problema foi que cometeu a ousadia de me oferecer a variante em chocolate preto, ignorando certamente que só 1 em cada 1.000.000.000 de putos é que gostam desse chocolate feito claramente a pensar nos ditos crescidos. Espero nunca vir a gostar de chocolate preto, há qualquer coisa na sua amargura que me assusta. Voltando à história, claro que aqui o Rosé Mari, para vergonha de sua mãe, fez saber prontamente ao mestre da comédia portuguesa que Fingers de chocolate preto não eram exactamente o seu cup of tea. He had it coming, convenhamos. Mais do que mimo, era sinceridade, e lembro-me que Raúl Solnado respondeu à minha saída com uma, mais uma - de tantas - gargalhada genuína, comprometendo-se prontamente a substituir a dita caixa por outra do meu agrado. Já a minha mãe preferiu adoptar, por momentos, o roxo para a cor de pele.

A questão resolveu-se, no dia seguinte, e depois de uma reprimenda maternal, com a entrega de um arrependido desenho, feito por mim, a Raúl Solnado (sabendo do meu talento para artes plásticas, e apesar de já não me lembrar do desenho, acho que era maior ofensa do que o comentário já proferido, tal era a minha falta de jeito para a coisa). Para minha surpresa, tinha à espera uns Fingers de chocolate de leite.

Partindo do princípio que aí em cima há banda larga, gostava de lhe agradecer, não só pelos Fingers, mas também pelas gargalhadas que dou a ver e a ouvir Gato Fedorento, Bruno Nogueira, Herman José e outros que tal. Sei que não se devem só ao sentido de humor deles, mas também ao seu, que os inspirou e marcou - e marcará - as gargalhadas de várias gerações. Aposto que por esta altura já o Barbas rebola pelo chão agarrado à barriga de tanto rir. Devia estar cinzento, senão Ele não o teria chamado.

Se não há duas sem três e se à terceira é de vez, porque é que três é de mais?

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Monday, bloody Monday.

When there's a road, there's a way

A estrada existe, mesmo que se tenha de ir por Figos de Baixo, Pincho e outras terreolas que tal, atravessando barragens de bravura e desníveis inesperados. E não, não é preciso ir à Panasqueira. Now let's just see how we go.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

So long, farewell

20h40 - De vestidinho branco e longa casaca colorida, Mallu Magalhães atrai algumas dezenas de espectadores para a frente do palco Planeta Sudoeste/Jogos Santa Casa. Ora de banjo eléctrico, ora de violão e até de melódica, a revelação brasileira confessou aos portugueses que "morria de medo" de tocar no Sudoeste TMN. Não é caso para tanto, até porque o escasso público acarinha a jovem namorada de Marcelo Camelo - tal como Camané, a assistir ao concerto - e as suas canções meigas, num doce balancé entre a indie pop, a folk e a MPB.

22h27 - (...) o palco Planeta Sudoeste preparava-se para receber Marcelo Camelo . (...) A primeira canção pop de rasgos dreamy, "Téo e a Gaivota", é servida por um verdadeiro batalhão de músicos e a voz soturna de Camelo, que lá se vai ouvindo por entre as batidas frenéticas do palco vizinho. O público escasso vai aparecendo a conta-gotas para assistir aos experimentalismos instrumentais que servem de pano de fundo à voz açucarada do músico brasileiro, espraiando-se pelo belíssimo "Mais Tarde". O tropicalismo junta-se à receita musical de Marcelo Camelo em "Menina Bordada" e as ancas vão-se mexendo timidamente, com o público ainda não totalmente convencido. "Quase íamos morrendo duas vezes para estar aqui, mas valeu a pena", exclama a dada altura o cantor.

21h00 - Há caras conhecidas que se cruzam e cumprimentam efusivamente minutos antes de os National entrarem em palco. (...) Apesar de praticamente jogarem em casa, os autores de Alligator sentiam-se na obrigação de compensar o público do Sudoeste pelo trôpego concerto de há dois anos, no palco secundário. "Da última vez que cá estivemos fiz uma figura de urso", confessou Matt Berninger (no original, "I made an ass of myself). "Mas hoje não, hoje até trouxe um fato". (...) Além da boa música (explosiva nas obrigatórias "Abel" ou, a fechar, "Mr November", íntima em "Fake Empire" ou nos inéditos "Vanderlyle Baby" e "Blood Buzz"), os National beneficiaram do carinho emprestado pelo público das primeiras filas. E retribuíram-no: "Available", por exemplo, foi repescada aos primeiros anos da banda para fazer a vontade ao fã Nuno. (...) A despedida, brusca após a descida de Berninger à plateia durante "Mr. November", deixa os mais afoitos a ansiar por (ainda) mais um concerto deste quinteto-maravilha (ampliado em palco com o violinista e teclista Padma Newsome) em Portugal.

23h19 - O espanhol Macaco está neste momento a fazer a festa possível no palco principal. A sua miscelânea de sons latinos faz dançar timidamente um público que já se transforma numa massa compacta frente ao palco (provavelmente à espera da festa dos Buraka Som Sistema).

00h00 - Um ano para os Buraka Som Sistema corresponde, para o comum dos mortais, a dez anos-luz. Na sua terceira passagem pelo Sudoeste TMN, um dos grupos portugueses mais internacionais do momento entrou em palco ao som de "Diamonds Are Forever", de Shirley Bassey, num claro jogo de palavras com o título do seu aclamado álbum de estreia. Evidente de imediato foi o upgrade de sofisticação daquilo que a banda tem, actualmente, a oferecer em palco.

03h15 - A noite no palco Planeta Sudoeste terminou em beleza, com as prestações de duas senhoras de respeito. A primeira a subir ao palco foi a neozelandesa Ladyhawke, e com um alinhamento directo ao assunto acertou na mouche. O poder do rock rodeado de sintetizadores esteve em perfeita consonância com a voz e o cabelo loiro naturalmente desgrenhado de Brown.

Fonte: Blitz.aeiou.pt

Agora, em uníssono, digam todos adeus ao melhor dia do Sudoeste, a menos que Pow Pow Movement, Marcelo D2, Au Revoir Simone e Basement Jaxx decidam puxar dos galões.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

The Stillness is the Move



Stillness is the Move, música dos Dirty Projectors, do álbum Bitte Orca. Recomenda-se forte e feio. É diferente, bom, e a fanfa tem pinta, de voz.

E o melhor é que a miúda com a melhor voz da banda, Angel Deradoorian, mal se faz ouvir. É o melhor porque é sinal que as músicas deles ainda podem melhorar.

Lembranças da Bolívia, à pala do lama. Lembranças de outras coisas, à pala de outras coisas.

(este display do vídeo é mesmo para lixar o blogger, irra.)

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

The wedding entrance



Visto aqui, é genial. Mas Tó, que falta de originalidade a destes gajos, não é? Onde eles iam com a farinha já tu estavas com o bolo!

O meu casamento vai ter de ter uma entrada deste género no copo de água. Senão, não caso. Ou caso, mas faço beicinho.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Estava pronta para ir ao forno

Sporting Caicedo.

Dom Casmurro

Claro que já fiz batota e fui ver rapidamente à Wikipedia o resumo do Dom Casmurro, obra-prima de Machado de Assis, escritor brasileiro da segunda metade do século XIX. Pensei, se eu já sabia a história toda d'Os Maias e mesmo assim fiquei completamente rendido ao livro, porque não fazer o mesmo com este?

Infelizmente, ao que parece a segunda metade da história não tem a inocência, a beleza e a escrita de descoberta da primeira, razão pela qual pondero seriamente fazer-me de casmurro, como o livro, e ficar-me por aqui. É que a primeira metade deste livro é das coisas mais bonitas que me tem passado pelas mãos. Das mais bonitas, não a mais bonita. Mas das mais bonitas, certamente.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Chegado de férias, estou...

claramente a precisar de férias.