quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Green is gay

Drinkin pára produção por falta de CO2 disponível.

O Governo atribuiu ao Fundo Português de Carbono uma dotação financeira de 354 milhões de euros até 2012 para, através da compra de licenças de emissão de CO2, auxiliar Portugal a cumprir as metas definidas pelo Protocolo de Quioto.


Para quem nunca ouviu falar nisto, e para não vos chatear muito com o tema, a coisa funciona mais ou menos da seguinte maneira: o Protocolo de Kyoto estabeleceu uma meta de poluição para os países desenvolvidos, tendo a maior parte deles - mas não todos - aderido ao Protocolo e aceitado limitar o aumento do nível de emissão de CO2 para 2010 - com base nos valores de 1990 - em 27%.

Para tal, foram criados uma série de mecanismos, uns bastante interessantes, outros nem tanto, entre os quais se encontra a atribuição, a nível comunitário, de licenças de emissão de CO2 a certas actividades industriais e do comércio, que funcionam como uma quota de poluição para as empresas abrangidas.

Onde é que está a pedra de toque disto tudo? É que a quota atribuída tende a ser menor do que o total de CO2 que as empresas esperam emitir. Como é que isso se resolve? Fácil, fazendo entrar o Mantorras por volta dos 75 minutos. Isso, ou então criam-se mecanismos super cool que permitem às empresas dos países desenvolvidos e aos Estados praticar acção social noutros países desenvolvidos e - sobretudo - em países subdesenvolvidos, obtendo em troca licenças especiais que podem ser convertidas em licenças de emissão de CO2. Os gajos da União Europeia, talvez por não perceberem muito de bola, preferiram a última opção.

"E caso exista excedente, Rosé Mari..."
"Oh lá, quem és tu?"
"Sou o Ernesto, o teu amigo galhofeiro."
"Desculpa, não te reconheci a voz."
"Tranquilo. Dizia eu, caso exista excedente, também entra o Mantorras?"

Claro que não, estúpido, vê lá se estás com atenção, existe um mercado onde as mesmas podem ser transaccionadas.

"Bolas, isso é formidável". Pois é, pese embora existam algumas falhas que podem originar injustiças mas que, à semelhança da beleza volúvel da Penélope Cruz, terão de ser abordadas em sede própria.

Posto isto, a questão que se colocaria, se as duas notícias estivessem correlacionadas...ora diz lá Ernesto, para ver se estiveste com atenção.

"Será que os ambientalistas curtem Cintra?"
"Epah, foda-se, oh Ernesto".

1 comentário:

Anónimo disse...

Pensei que as nossas conversas ficassem apenas em privado e não viessem para a praça pública.

Estou desiludido contigo...

Abraço
Ernesto