quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

In the Moody's for federalism?



The way I see it, temos dois caminhos: ou avançamos para uns Estados Unidos da Europa, com baseball, Oprah e Thanks Giving, mas tudo em alemão; ou era uma vez a Europa, e passamos a ser um género de Mercosur.

A primeira opção - o intróito já o deu a entender - parece-me a mais interessante. Ao contrário do que se pensa, pode acabar por ser a única maneira de, a manter-se a Europa, salvaguardarmos a nossa identidade, cultura e independência, ainda que numa base assumidamente mais regional. Ou, se preferirmos, federal, que é uma maneira de continuarmos, no papel, a sermos estados, mas com minúscula.

O federalismo, embora sedutor, é, no entanto, o caminho mais perigoso, pela incerteza e potencial explosivo que envolve. Se voltarmos ao que éramos, já todos lá estivemos. Não há grande novidade. Agora, fazer parte da Europa, verdadeiramente, ninguém faz.

Assim, importa dar resposta à seguinte questão: como implementar um federalismo em Estados cujos habitantes não sabem o que é não ser soberanos do seu próprio território?

1 - Através de um referendo? Demasiado arriscado no curto prazo, melhor no médio/longo prazo.

2 - Sem referendo ou qualquer outra forma de legitimação democrática, como aliás a própria União Europeia nos foi imposta? Mais seguro no curto prazo, mas muitíssimo mais arriscado no médio/longo prazo, sobretudo do ponto de vista social. O terrorismo europeu, que aqui e ali vai aparecendo, sem dúvida agradecerá. E se assim for, quem há-de pagar a factura somos nós. Nós, que de jovens adultos passámos nos últimos anos, ao que parece, a "Mexilhões".

Mas uma coisa parece-me certa: como está é que isto não fica. Resta saber se nos levam ou não pela road less travelled by.

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