quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Prognóstico

Fechado o mercado de Verão, posso dizer que me sinto bastante confiante para a época que se avizinha.

O porto tem apenas um Kléber ainda demasiado verde para o ataque, precisando por isso de um Iturbe e/ou de um James explosivos para compensar a saída de Falcao, porque Hulk é bom mas não faz tudo sozinho. Para além disso, alguns jogadores chave e potencialmente titulares chegam tarde (Defour, Mangala e o próprio Iturbe). Se não fraquejarem nas próximas três/quatro jornadas, o que admito que possa muito bem acontecer, podem ser um caso sério.

Já o sporting, ao contrário do que é costume, só vai acordar depois do Natal, altura em que perceberá que o fez tarde demais. Reforçou-se bem, mas foi buscar jogadores (Schaars, Wolfsfksisn...desisto, Rinaudo, Bojinov, Capel) a demasiados campeonatos (demasiado) diferentes, o que leva a que tenham de passar por um inevitável período de adaptação à equipa e ao futebol que se pratica por estas bandas. Por outro lado, não deixa de causar alguma estranheza que vendam no último dia de transferências, por valores que estão longe de ser significativos, dois jogadores que mereciam a confiança do treinador - demonstra, no mínimo, alguma falta de sintonia entre quem treina e quem dirige.

E o Benfica? Ora bem, apesar de continuarmos a ser comandados pela personificação futebolística do Tazmanian devil, a política de contratações pareceu ser acertada e reveladora de alguma estratégia, manifestada, sobretudo, na manutenção de Rodrigo e Nélson Oliveira, na colocação dos excedentários ora num campeonato próximo e mais competitivo que o nosso (Granada), ora no campeonato português (Urreta), em detrimento de recambianços em massa para Peñarols, Flamengos e afins (desta vez foram só o Airton e Eder Luiz, sendo que este último já lá estava, vá lá). As contratações de Witsel (à semelhança do que aconteceu com Bryan Ruiz para o Fulham e de Defour e Mangala para o dragão, demonstra que o mercado do benelux tem das melhores relações preço-qualidade que para aí andam, sobretudo quando o Brasil e a Argentina já não são o El Dorado que eram), Artur, Garay, Nolito, Matic, Bruno César e Enzo denotam também preocupação em colmatar algumas lacunas gritantes da equipa, e permitem enfrentar os grandes jogos, onde temos vindo a claudicar na era Jesus, com outras soluções. O plantel é equilibrado, Aimar está lançado para a sua melhor época ao serviço do Benfica, e as únicas coisas que me tiram o sono são a ausência de um terceiro central promissor e o recente folhetim Capdevilla.

Alea jacta est. E carrega Benfica.

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