segunda-feira, 30 de maio de 2011

Pantaleón y las Visitadoras



A história é simples. Pantaleón Pantoja, maniento capitão do exército peruano, conhecido pelo seu estoicismo e pacatez, é destacado para a amazónica Iquitos, povoação distante da urbana Lima. O motivo? Os soldados peruanos que lá se encontram destacados espalham o pânico entre a população, designadamente a feminina (e a restante, por arrasto), revelando sérias dificuldades ao nível do controlo do bacamarte, quando confrontandos com a beleza das loretanas. A solução para este flagelo? Criar um serviço de visitadoras, que é dizer, putas, para saciar as necessidades dos militares; serviço esse que será comandado, como se de um pelotão se tratasse, pelo capitão Pantoja. Pelo meio, a população vai conhecendo ainda o fervor de uma seita que começa a espalhar-se pela região e ameaça pôr em causa a tranquilidade local.

A história, romanceada, tem uma base verídica, e é hilariante do princípio ao fim. A riqueza das personagens e dos diálogos é enorme, mas destaco, acima de tudo, os relatórios de Pantita para o exército a descrever os seus planos e intenções. Não terá sido certamente por este livro que Vargas Llosa ganhou o Nobel, mas deve ter dado um empurrãozito. De puta madre.

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