segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Simplesmente Bela



Descobri(mos), muito provavelmente, o sítio mais castiço e genuíno de Lisboa. Daqueles que, de tão bom que é, nem apetece partilhar. Não se trata de egoísmo, mas sim afecto.

Na porta, nada chama a atenção. Nem é suposto. Afinal de contas, se turista aqui entrou, entra ou haverá de entrar, não foi, não é e não será certamente chamado. Mas atenção: não quer isso dizer que não seja bem-vindo. Pelo contrário, se por acaso por ali passar e, reparando no tesouro mais bem escondido de Alfama, afortunadamente decidir entrar, será bem recebido como os outros, os do bairro - que compõem maioritariamente a casa, e ainda bem - e os de fora. A única condição? Deixar todo e qualquer pretensiosismo de fora. Porque quem ali entra, aceita Alfama como ela é, respeita-a e rende-se aos seus encantos. E se há coisa de que Alfama não gosta, é que a tentem mudar, ou que dela se queixem, sobretudo no que toca aos seus modos populares e genuínos. "Aguentem um terramoto, e depois venham falar comigo", parece dizer com a sua voz sinuosa.

(a continuar...)

2 comentários:

Anónimo disse...

plz continue...
adoro a pista escondida!
dos melhores jantares da minha vida.. melhor pré dia dos namorados, dos melhores restaurantes, a melhor companhia..!

"oh sua descaradona tira a roupa da janela,
que essa camisa sem dona, lembra-me a dona sem ela"

António disse...

Anónim(a):
melhor frase de 2011 (e ainda vamos em fevereiro).