sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Thinking out loud

Será que este anúncio, daqui a uns tempos, terá de ser assim?


E será que, se o casamento civil deixa de ser «o contrato celebrado entre duas pessoas de sexo diferente que pretendem constituir família mediante uma plena comunhão de vida», para passar a ser «o contrato celebrado entre duas pessoas de sexo diferente que pretendem constituir família mediante uma plena comunhão de vida», porque é que não pode passar a ser «o contrato celebrado entre duas pessoas de sexo diferente que pretendem constituir família mediante uma plena comunhão de vida». Basicamente, isto:



Que não se retire deste post que sou contra a união entre pessoas do mesmo sexo, porque não sou. Cada um é livre de fazer o que quiser, desde que não me chateie, e faz-me sentido que se dois homens ou mulheres quiserem viver em plena comunhão de vida, têm direito a fazê-lo e a exigir que o Estado lhes reconheça direitos em virtude dessa opção. Agora, com os termos em que a alteração se processou, é que não consigo concordar. E que não se diga que o argumento (visual) utilizado é um reductio ad adbsurdum, mas, como em quase tudo na vida, o tempo encarregar-se-á de o demonstrar. Ao contrário do que as pessoas pensam, e como em tempos me disseram, parece-me que com razão, o problema não é essencialmente constitucional: o problema é político, e gira à volta da definição, pelo Estado, dos referenciais morais pelos quais uma sociedade se deve reger.

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