terça-feira, 31 de março de 2009

Estás aqui para ser feliz



Se ele diz, é porque é mesmo assim. Afinal de contas, ele está lá para ver, he can put his money where his mouth is. Não há volta a dar, e que se conformem o quanto antes os cinzentões, que até lá é tempo perdido, e o outro nunca será tão bem aproveitado; infelizmente, al final todo es demasiado corto. O desafio é exactamente esse: fazer o máximo do pouco que nos resta, enquanto senhores do nosso tempo. A próxima Coca-Cola, levantá-la-ei bem alto e direi, ainda que para mim, "À tua, Josep Mascaró".

segunda-feira, 30 de março de 2009

A freaking freak on a freaking leash

Argentina, Japão, Austrália, Peru, Chile, México, Tailândia, Índia, Bolívia (mais Bolívia!), Brasil, Estados Unidos, África do Sul, China, Indonésia, Cambodja, Tanzânia, Jamaica, Rússia, Israel, Nova Zelândia, Colômbia, Tibete,

quando perceber como é que isto se tira desapareço. Até lá, definho.

sábado, 28 de março de 2009

Fraquinho



"Esta é a primeira última capa da Playboy portuguesa"

A capa da Playboy portuguesa seria perfeita, se eu fosse um Flinstone com queda para mulheres que acabaram de ter uma trombose no pescoço. Safa-se a Rute Penedo, que a julgar pela pouco prometedora capa, rapidamente será da Saudade.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Epinephrine



A ironia é tão latente, está tão à flor da pele, que é impossível, é quase uma falta de respeito, negar que Tu existes. Mas digo-Te, meu sacana, andas a divertir-Te à grande com a minha pessoa. És velhaco, biltre e toda uma série de impropérios dignos de um Haddock especialmente inspirado. Sim, és isso e muito mais.

E o pior é que eu sujeito-me, resigno-me, chego inclusivamente a entusiasmar-me e a achar a maior das graças a este estatuto de marioneta com que me presenteaste.

Confesso-Te, a Ti e a mais ninguém, até porque só Tu o perceberás, pelo menos nestes termos, que é e és genial, soberbo, sublime, sem dúvida, da mesma maneira que espero que reconheças que toda a situação é um hino aos requintes de malvadez - sabê-lo-ás melhor que ninguém, até porque, convenhamos, Tu sabes tudo, de forma tão sapiente, aliás, que esta constatação é tão redundante quanto dispensável. Almeja, quanto muito, a adorno estilístico, não mais do que isso.

Reconhecida e assente a genialidade, resta o busílis, que o há sempre, e que reside, já o percebeste (outro adorno, é o último, prometo), no porquê. E isso, meu caro, é que me rói, mói e corrói por dentro, de forma abrasiva. Tens razão, toda a razão, "bela maneira de sacudir a água do capote", cada um sabe de si...mas Tu sabes de todos, o que acaba por fazer de Ti um bode expiatório do caraças. Bem sei não ser esta a boa forma de interpretar o dito, mas olha, tivesses pensado nisso quando o criaste - o que é que se faz antes de entregar um exame? I'll tell what You don't do (percebes inglês? claro que percebes, que estupidez, nem preciso de pôr em itálico que para ti não há estrangeirismos), a nap, that's what you don't do. Da próxima vez lembras-Te de fazer uma revisãozinha antes de ires para o laró, seu preguiçoso. Um domingo inteiro? Criaste o mundo, porreiro, mas revê-lo, tá quieto. Deves ter um ego pequenino, deves. Sabes o que é que isso é?Mimo, muito mimo. Vindo de quem, não sei, mas é só mimo.

(isto não era suposto enveredar por aqui, mas nem sempre as coisas correm como esperamos. Olha o cliché, estás bom? obrigado por teres vindo)

Reality browse

Papelaria Fernandes pede insolvência e vai sair da bolsa

"A empresa sofreu prejuízos de 21,7 milhões de euros em 2008 e fechou o ano com capitais próprios negativos de 22,33 milhões."

Este post é como aquelas imagens dos jornais onde é suposto encontrar as diferenças, só que aqui é suposto encontrar alguma coisa que faça sentido, só isso. Eu começo: 2008.

quinta-feira, 26 de março de 2009

On swooping



"Met her in '48," he said. "I was twenty-two, on the GI Bill at NYU, the navy behind me, and she was eighteen and only a few months in New York. Had some kind of job there and was going to college, too, but at night. Independent girl from Minnesota. Sure-of-herself girl, or seemed so. Danish on one side, Icelandic on the other. Quick. Smart. Pretty. Tall. Marvelously tall. That statuesque recumbency. Never forgotten it. With her for two years. Used to call her Voluptas. Psyche's daughter. The personification to the Romans of sensual pleasure."

Now he put down his cards, picked up the envelope from where he'd dropped it beside the discard pile, and pulled out the letter. A typewritten letter a couple of pages long. "We'd run into each other. I was in from Adelphi, in the city for the day, and there was Steena, about twenty-four, twenty-five by then. We stopped and spoke, and I told her my wife was pregnant, and she told me what she was doing, and then we kissed goodbye, and that was it. About a week later this letter came to me care of the college. It's dated. She dated it. Here—'August 18, 1954.' 'Dear Coleman,' she says, 'I was very happy to see you in New York. Brief as our meeting was, after I saw you I felt an autumnal sadness, perhaps because the six years since we first met make it wrenchingly obvious how many days of my life are "over." You look very good, and I'm glad you're happy. You were also very gentlemanly. You didn't swoop. Which is the one thing you did (or seemed to do) when I first met you and you rented the basement room on Sullivan Street. Do you remember yourself? You were incredibly good at swooping, almost like birds do when they fly over land or sea and spy something moving, something bursting with life, and dive down—or zero in—and seize upon it. I was astonished, when we met, by your flying energy. I remember being in your room the first time and, when I arrived, I sat in a chair, and you were walking around the room from place to place, occasionally stopping to perch on a stool or the couch. You had a ratty Salvation Army couch where you slept before we chipped in for The Mattress. You offered me a drink, which you handed to me while scrutinizing me with an air of incredible wonder and curiosity, as if it were some kind of miracle that I had hands and could hold a glass, or that I had a mouth which might drink from it, or that I had even materialized at all, in your room, a day after we'd met on the subway. You were talking, asking questions, sometimes answering questions, in a deadly serious and yet hilarious way, and I was trying very hard to talk also but conversation was not coming as easily to me. So there I was staring back at you, absorbing and understanding far more than I expected to understand. But I couldn't find words to speak to fill the space created by the fact that you seemed attracted to me and that I was attracted to you. I kept thinking, "I'm not ready. I just arrived in this city. Not now. But I will be, with a little more time, a few more exchanged notes of conversation, if I can think what I wish to say." ("Ready" for what, I don't know. Not just making love. Ready to be.) But then you "swooped," Coleman, nearly halfway across the room, to where I was sitting, and I was flabbergasted but delighted. It was too soon, but it wasn't.'"


Philip Roth, The Human Stain

Há mulheres giras, mulheres feias e mulheres que insistem em ter mais pelos nos braços que eu na cabeça.

terça-feira, 24 de março de 2009

Conselho de amigo


Comprem rapidamente este livro, na condição de gostarem minimamente de filosofia. Vai daí, se não gostarem, comprem à mesma, pode ser que um dia se cruzem com uma filósofa perdida de boa e então lembrar-se-ão de mim e dirão:

- Catita!



Ignorem a letra, o piano, façam tábua rasa inclusive do reco-reco - "até o reco-reco?", sim, até o reco-reco -, e concentrem-se apenas e só na voz de Dionne Warwick e no trompete. Já se escreveram livros por muito, muito menos.

segunda-feira, 23 de março de 2009

How to fill in the blanks

"Não são necessários muitos homens para fazer triunfar uma ideia. Os Apóstolos eram 12 - e o mundo é cristão!"

Eça, A Capital


Para mim é simples: à falta de inspiração, suga-se a de aqueles que a têm para dar e vender, e decora-se, cita-se, re-cita-se e recita-se, na esperança de que o génio alheio nos contagie e por meio de um fogacho repentino a Musa apareça inesperadamente; porque no fundo, tudo se resume à busca da Musa, mais do que da inspiração - a inspiração é um meio, um meio para chegar à Musa. Digo que é simples porque me parece que somos primeiro sentidos, depois razão; somos experiência, livros, músicas, filmes, viagens, abraços, cheiros, choques e mais uma parafernália de coisas que os nossos sentidos captam e a nossa razão processa e usa para se educar e educar os sentidos, para que a Musa resulte mais nítida no meio desta confusão toda a que alguém chamou, decididamente de forma leviana, vida.

domingo, 22 de março de 2009

Meia-maratona É de Parvo



Passagem aos 7,5 km: 00:47:03
Passagem aos 17,5 km: 01:36:13
Passagem aos 20 km: 01:49:46
Passagem na meta: 01:54:46
Tempo de chip (ou seja, o tempo que efectivamente demorei desde que comecei a prova na ponte até "cortar" a meta): 01:52:30
Classificação escalão (Seniores): 840º (1466)
Classificação geral: 2829º (5504)

Só para confirmar que sobrevivi. Dados oficiais arriba, mais sobre isto amanhã depois do exame que tenho de fazer.

Ah, e this just in, tou contente para cacete, eu e a Clotilde - bolha que o meu pé esquerdo decidiu adoptar algures na Infante Santo. Não só corri, como ainda deu para fazer um bocadinho de acção social, saldo claramente positivo.

sábado, 21 de março de 2009

Meia-maratona É De Parvo


"Não te esqueças de cortar as unhas dos pés, kamikaze-san."


Ao que parece, amanhã pelo fim da manhã, quem quiser vai poder ter a oportunidade de ver as minhas esguias pernas a arrastarem-se pelas ruas de Lisboa. Ideia de loucos, sobretudo para quem estiver a par do meu regime de treinos, que incluiu um estágio de 5 dias em praga, entre outras routines típicas de qualquer atleta queniano de fundo, but a man's gotta do what a man's gotta do.

Desde já agradeço os inúmeros conselhos que me foram dando ao longo desta última semana, sobretudo o que versou sobre o comprimento das minhas unhas dos pés.

E já agora, d'homem era ser recebido na recta da meta por uma cerveja fresquinha. À vossa consideração.

domingo, 15 de março de 2009

Old Napoli was the shit

quarta-feira, 11 de março de 2009

Aqui também há actualidade

Dois amigos à conversa e um pergunta, num tom informado:

- Viste que a CGD e a Sonangol assinaram um MoU para a criação de um banco de investimento?

- Por acaso não. Viste o jogo do Sporting? - responde o outro, ferrenho de um clube qualquer e de futebol em geral, mais para fugir à sua falta de preocupação com o que se passa no mundo do que para ofender o amigo, ciente contudo do seu sportinguismo cinzento e interesse genérico pelo desporto-rei. Davam-se bem, apesar das diferenças, unidos numa ténue linha de interesses comuns.

- Não, estava a trabalhar. Vi só os golos, na RTP 1. Acabou lá para as 5:30 da manhã - atira o amigo interessado, paredes meias com um largo bocejo.

Intercâmbios

A pergunta que se impõe, depois da visita de José Eduardo dos Santos a Lisboa, é simples: quantos pontos fez o Rui Patrício na Fantasy?

terça-feira, 10 de março de 2009

Champions

Granda Villareal, pah. Só para lançar o tema de conversa.

quarta-feira, 4 de março de 2009

The ultimate ambition

- E tu, quando fores grande, o que é que queres ser?
- Simples.

terça-feira, 3 de março de 2009

Não foi dito mas teria graça

Qualquer dia já dá para fazer uma equipa de futebol de 5.

segunda-feira, 2 de março de 2009

El puto amo de partido



Este vídeo demonstra que os melhores jogos de futebol do ano, já há coisa de uns tempos para cá, são sem dúvida os barça-atleti. Increíble.

domingo, 1 de março de 2009

Claudite jam rivos, pueri, sat prata biberunt.