sexta-feira, 22 de julho de 2011

Faíscas, just to let you know that you should be really careful. You have got some serious competition going on.

terça-feira, 19 de julho de 2011

It takes two to tango

- Olha...que lugar é este?
- Sou o ser que odeias, mas que gostas de amar...
- João Pedro, o que estás a fazer aqui? Isso nem sequer faz sentido.
- Desculpa, é que eu moro aqui ao lado. Vou-me já embora.
- Obrigado. Mas afinal, que lugar é este? Não te conheço, nunca te vi, mas ao mesmo tempo parece que esperei por ti a minha vida inteira.
- Quem sou eu, perguntas? A resposta a essa pergunta depende de ti.
- Depende de mim? Agora tem a mania que é esfinge, se calhar. Como é que depende de mim, se eu nunca aqui estive. A menos que...és mesmo tu?
- Não, sou a esfinge. Claro que sou eu.
- Já me tinham falado de ti, mas achei que eras mentira.
- Não és o primeiro a dizer-me isso. Já me disseram que não existia...
- Mas isso fui eu.
- E existo ou não existo?
- Existes, e cheiras tão bem.
- Mas não foste o único a duvidar de mim. Outros houve que acharam que eu não era real, que era inventado, como aquela miúda de
olhos castanhos
de encantos tamanhos
pecados de alguém,
(meus!)
estrelas fulgentes,
brilhantes, luzentes,
caídas dos céus,
(mas eles existem)
como aqueles olhos risonhos
que são mundos, são sonhos,
cruzes de alguém,
(minhas!)
que são raios de luz.
(são os mesmos)
- Mas esses olhos existem.
- Eu sei que existem. Já passaram por aqui uma vez, há uns tempos; mas vinham fechados, mal os vi. Só agora, depois de os ter visto bem, é que percebi que realmente existem. Aliás, acho que estão ali ao virar da esquina à tua espera.
- E não me disseste nada até agora?
- Precisavas que eu o fizesse?
- Claro que não. Isto é só género. Parece difícil acreditar que existam, não é?
- A quem o dizes.
- A ti.
- Era retórica, estúpido.
- Ah, desculpa. Mas pelos vistos, se eu sei que eles existem e se me dizes que eles estão aqui, é porque tu também existes. Mas, e agora?
- Agora o quê?
- Para onde é que eu vou? Qual é o caminho? Achei que havia umas placas.
- Segue-os. They can do no wrong.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Easy like Saturday night

Quando a expressão "digidi, digidi" nos deixa de queixo caído, alguma coisa está certamente certa.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Supé Bock Supé Rock

Hoje, isto:



um cachorro e qualquer coisa que empurre, e tal, e depois isto:



Segue-se um cheirinho a uma loira do Norte, com olhos na morena do Sul.



Se tudo correr mal, ainda haverá oportunidade para isto (mas avisem-me que já é tarde):



E já agora, se me virem aqui:



digam-me para ir para casa.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Thai quase

Por mais que jogue ao Jumanji, por mais que tente enfiar a cabeça no monitor para chafurdar com o nariz na areia das praias, por mais comida picante que coma, por mais repelente que ponha, por mais que apanhe o Transtejo ida e volta, por mais Malarone que tome, por mais que esteja sozinho contigo, por mais budas que compre...


todos os dias parecem 25, mas nunca mais é dia 25.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Hobby em tempo de crise

Mouth blowing. It's cheap, it's fun, and it feels so damn right.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Canção da cacofonia


O tempo passa, e estes gajos continuam a ser responsáveis por ter posto a bitola do humor português num nível onde só Bruno Nogueira, a espaços e porque é alto, consegue chegar. E o Futre, mas esse é por causa daquele movimento de braços. Que rénios.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

I am not in the Moodys for more cuts

Ao contrário da esmagadora maioria dos economistas e dos neo/pseudo-economistas (nos quais orgulhosamente me incluo, juntamente com 99% da população portuguesa), não vejo com maus olhos, ou pelo menos com olhos fatalistas, o mais recente corte da Moody's ao rating da dívida portuguesa.

Call me crazy, mas acho que este corte constitui uma oportunidade, não por razões económicas, mas por razões sociológicas, para dar um empurrão ao país.

É que se é verdade que a capacidade do Estado, dos bancos e das empresas em se financiarem no exterior, depois de mais este corte, tem uma pujança parecida com a voz de um forcado que entra na arena com um pitbull agarrado à tomateira, também o é que se há coisa de que os Portugueses não gostam, é que duvidem deles e das suas capacidades. Poucos sabem, mas o Português é o melhor underdog do mundo (excepto quando lhe atribuem esse estatuto).

Ponham um português no pedestal, atribuam-lhe o favoritismo de alguma coisa, e lá vai ele pela ladeira abaixo. Agora, desconfiem das suas capacidades, digam a um português que é um menino e não consegue atravessar o Tejo debaixo de água em pleno Inverno com chumbos atados aos pés, e é vê-lo na Trafaria em menos de nada, roxo, é certo, mas do outro lado. Mas por pouco tempo, porque logo a seguir mete-se outra vez a nado para o lado de cá para esfregar o feito na cara de quem dele teve a ousadia de desconfiar.

Consta, aliás, que os Descobrimentos só correram bem porque um andaluz sugeriu ao Infante D. Henrique, andava este por Cádiz a banhos, que levasse consigo braçadeiras de couro quando o viu a dirigir-se para o mar.

Pois bem, Passos Coelho pode e deve usar esta oportunidade para desviar as atenções do plano de austeridade, mobilizando os portugueses para a cabal demonstração, às agências de rating e outros que tal, que não somos tão maus como nos pintam. Pois se o corte é inevitável e temos de aprender a viver com ele, mais vale usá-lo em nosso proveito.

Trata-se, no fundo, de mobilização de massas (no duplo sentido do termo), de convencer os portugueses de que não estamos a fazer tudo isto porque o FMI, a Comissão Europeia e o BCE assim o exigem, mas sim para mostrar àqueles larilas das agências de rating that this is no motherfeta Greece.


segunda-feira, 4 de julho de 2011

Mastermind publicitário

Anda por aí a passear nas estações de rádio deste país, de forma totalmente incólume, diga-se, um anúncio a uma marca da área da construção civil, que acaba com o nome da dita, seguido de um precioso esclarecimento:

"Syka/sika/cika/cyka, escreve-se com kapa"

Nunca tinha visto ninguém começar um jogo de mastermind com um anúncio. Acabei de ligar para a empresa, arrisquei cyka, e disseram-me que tinha três letras certas. Quem disse que a construção civil não andava de braços dados com o humor? Seus galhofeiros.

Post liberatório

Confesso que nutro alguma estima pelo Kapinha. Andava aqui entalado já há uns tempos. Kapinha, estimo-te. Pronto, está dito. Nunca mudes.