sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Gogol Bordello


ou dos concertos que mais quero ver nos próximos tempos. Manu Chao with a gipsier, punk, blasted mechanism twist.

terça-feira, 28 de agosto de 2007

A toques de concertina lendários

Fim-de-semana novo. Mais de 700 km, tudo vale a pena se a alma não é pequena. Presenteia-se o estômago com uma francesinha e um prego escondidos, como há poucos, que a noite quer-se longa. As festas, diz quem sabe, fazem lembrar as de Ponte de Lima há uns anos atrás, com a concertina como cartão de visita, bilhete de identidade das gentes de Ponte da Barca e arredores, seja no toque, seja na voz, seja na dança, que não é para quem quer, é para quem consegue. Ou para quem se quer divertir. É na rua, a festa, e dura até de manhã, popular nas entranhas, sencilla no festejo, mas sentida e vivida como poucas. And when you thought it couldn't get any better, um Outeiro refrescante.

Segue-se Fontão, aldeia de boa e hospitaleira gente, que nos faz sentir em casa passado menos que nada. A procissão, no último dia, é levada com o devido respeito e reverência que a fé e a tradição exigem, em que todos são, e gostam de ser -menos alguns ombros- parte integrante. Mesmo quem não entra, entra à mesma, orgulhando-se. O ar austero e religiosamente protocolar rapidamente dá lugar à fanfarra, acompanhada de palmas e sorrisos, audíveis desde Viana, terra da melhor bola de berlim do mundo, e de uma Santa Luzia vigilante da cidade.

Nos entretantos e nos durantes, algo que melhora a cada degrau. Ficam coisas para ver: praia, caracóis, palmas. Fica a desculpa, que o convite já foi feito, e ainda bem, para voltar. Muito obrigado.

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Só bolas na trave

O tempo começa a escassear. Manuel Cajuda já esgotou as substituições enquanto Camacho espera pelos últimos minutos. Bergessio ou Adu aquecem

in Record


Com muita pena minha, só por um milagre este Benfica será campeão. Saída de dois jogadores fulcrais, com quem (erradamente) se planeou a pré-época, mudança de treinador com inevitável troca de sistema e filosofia de jogo, entrada de uma equipa nova (Butt, Luís Filipe, Zoro, Díaz, Di Maria, Adu (ou?) Bergessio, Coentrão, Tacuara, Maxi Pereira, Cristían Rodriguez), fora juniores. Tudo muito rápido, contratações aparentemente sem muito critério, metade delas a pensar num sistema em losango, a outra num 4x3x3 com extremos. Juntando a isto a habitual massa adepta benfiquista, fechada a sete chaves da palavra paciência, prevejo o pior.

Que o milagre se chame Camacho, que este ano adivinha-se de sofrimento. Haja confiança. Venga Benfica.

Summer internship II

Quando um gajo dá por ela e tá a ver os vídeos do Diário de Sofia de Verão, sem som, então aí é que percebe mesmo que tá sem nada para fazer.

Pera aí que me chamaram agora para ir ver um processo. Espectacular, quem é que precisa de praia, amigos, jantaradas, copos, noitadas, pores-do-sol (e de lua), terraços em obras ou aplausos divinos em jeito de fogo de artifício quando tem um litígio sobre o pagamento de quotas à Ordem dos Notários, esse baluarte da burocracia?

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Conditio sine qua non

Qualquer romance lamechas que se preze tem de ter um nome ainda mais lamechas. O conteúdo até pode ser lamechas, eles podem morrer todos e as páginas até podem vir meio ensopadas com as lágrimas de quem o imprimiu, tão comovente que a obra era, mas se o título do livro não atinge níveis de lamechice consideráveis, então sabe um bocado a batatas fritas sem sal. É como se o nome do livro constituísse certificado de lamechice, conditio sine qua non para ser comprado por uma mulher. Vai-se a ver, e realmente não poderia haver melhor palavra para descrever algo lamechas do que o próprio vocábulo lamechas. Desconheço a etimologia, mas dou os parabéns a quem de direito. É a mesma treta do espectacular. Para enfatizar, palavra enfática por excelência, e clarificar, palavra essa que é tudo menos clara, lamechas é uma palavra espectacularmente lamechas.

(In)justiça retributiva

Faz todo o sentido. Quando nos batem, temos que bater, e não tem que ser, não o é na maior parte dos casos, nessa mesma pessoa. E essa outra pessoa, quando leva, por não perceber porquê, acaba por bater, mais tarde ou mais cedo, em alguém. Por não perceber porquê. É a chamada (in)justiça retributiva.

Como dizia outro dia uma esgroviada que tive a sorte, mais do que o prazer, de conhecer, "está provado cientificamente que o violador já foi violado". Bem hajam as esgroviadas, porque delas é o reino da assadice.

quarta-feira, 8 de agosto de 2007